Sandra Santos: "Uma telenovela é uma maratona, onde todos os turning points têm de ser bem pensados"
Foto: Direitos Reservados
Sangue Oculto é a nova novela da SIC, que pode ser vista desde esta segunda-feira, dia 19 de setembro, em horário nobre. “Duas gémeas que nunca se viram, descobrem que foram separadas
à nascença. Mas a busca da verdade é um caminho de surpresas e desencontros.” é
o mote lançado pela SIC para a novela protagonizada por Sara Matos. O Fantastic
esteve à conversa com Sandra Santos, a escritora responsável pela história.
Sara Matos será Carolina e Benedita. Duas gémeas separadas à
nascença que se voltam a encontrar 3 décadas depois. Carolina é uma enfermeira
que vive em Londres, com a mãe Teresa (Sofia Alves) e a filha Ana (Maria
Marques). Já Benedita vive com os pais, as personagens de Luana Piovani e
António Pedro Cerdeira, é médica cirurgiã e namora com Tiago (João Catarré) .
A ideia terá partido da SIC, que tinha já “um esboço do que
queria para a história”. Sandra Santos foi então desafiada pelo canal para
redigir a história e, conforme confidencia a escritora ao Fantastic “depois de
algumas reuniões”, acertaram “no conceito com que se sentiram confortáveis”,
tendo posteriormente montado a história e começado a escrever. Da sua equipa fazem ainda parte Pedro Barbosa da Silva, Manuel Mora Marques, Sara Cardoso, Andreia Vicente Martins, Joana Andrade e Pedro Cavaleiro.
No entanto, conta-nos Sandra, a trama ainda se encontra em
processo de escrita. “Vamos sensivelmente a meio”. “Os desafios são diários, a
começar pela extensão da história. Não é fácil manter uma cadência de
acontecimentos suficientemente interessante para prender o espectador ao longo
de centenas de episódios. Uma telenovela é uma maratona, onde todos os turning
points da história têm de ser bem pensados. Mas isto já não assusta, está
enraizado, fazemo-lo há anos.”, confidencia.
Nesta novela, prometem-se “temas muito atuais”, dado que “a
modernidade de pensar é importante e devemos defendê-la com unhas e dentes, sob
perigo de retrocedermos como sociedade”.
Sendo Sandra uma “autora que privilegia o character driven”,
confessa a própria, este é um projeto que lhe levanta um desafio muito
particular: “trabalhar uma história de gémeas desempenhadas apenas por uma
atriz.”, o que a impede de pensar “só na narrativa” e a obriga a considerar a
“disponibilidade da atriz, que vai ter não uma, mas duas personagens para
trabalhar; a própria produção, que não pode sobrepor planos de gravação com ela
e tem de fazer uma espécie de puzzle para conseguir encaixar todas as cenas; a
produtividade, já que as cenas em que aparecem as duas demoram mais tempo a
gravar, etc.”. “Tudo tem de ser pensado ao pormenor.”, acrescenta.
Neste sentido, Sandra foi “obrigada a criar vários motores
da história”, razão pela qual optaram por ter “multi protagonistas, com a Sofia
Alves, a Luana Piovani e o António Pedro Cerdeira a partilharem a
responsabilidade de carregar a história.”.
No que diz respeito às expetativas, a escritora espera
obviamente que este seja mais “um sucesso”. “Às vezes, as histórias não
funcionam, pelos mais variados motivos. Mas creio que todos damos o nosso
melhor e acreditamos até ao fim nos projetos. Tem de ser assim. É um trabalho
demasiado difícil para fazer sem amor.”, finaliza.
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