"Diálogos Depois do Fim" será o novo filme de Tiago Guedes

Foto: Direitos Reservados

O realizador Tiago Guedes está a preparar uma nova longa-metragem intitulada Diálogos Depois do Fim. Trata-se de uma adaptação da obra Diálogos com Leucó, de Cesare Pavese. A produção da APM - actions per minute - em parceria com a Leopardo Filmes terá os Açores como pano de fundo, no entanto, as gravações só irão decorrer em novembro e dezembro. Para já, está aberto um casting para os habitantes das Ilhas do Pico e Faial que queiram participar no projeto. Não há requisitos físicos nem de idade. Apenas o desejo de fazer parte do novo filme do cineasta português.

Tem 51 anos de vida e mais de duas décadas de ligação ao cinema. O realizador de Herdade (2019) e da primeira série portuguesa para a Netflix, Glória (2021), está a preparar um novo filme intitulado Diálogos Depois do Fim. As paisagens do Ribatejo são agora trocadas pelas ilhas do Pico e Faial, que servem de cenário para a longa-metragem. O filme é uma adaptação da obra Diálogos de Leucó, de Cesare Pavese, e "é constituído de vários diálogos, que funcionam como pequenas fábulas, curtas-metragens, que captam figuras da mitologia grega". A informação é avançada pela produtora numa publicação na sua página oficial de Instagram. 

As gravações estão previstas para os meses de novembro e dezembro. Está agora aberto um casting destinado aos habitantes das duas ilhas açorianas em que decorre a ação. A idade não é um fator limitativo. O casting para fazer parte do projeto está aberto a todos. Os interessados terão apenas de enviar uma selfie de cara sem sorrir para o endereço de email dialogosdpoisdofim@gmail.com. Por enquanto ainda não há qualquer previsão de data de estreia de Diálogos Depois do Fim.

De salientar que o mais recente filme de Tiago Guedes, Restos do Vento, vai estrear a 22 de setembro nas salas de cinema nacionais. O cineasta português viu também a longa-metragem ser escolhida pelo Instituto do Cinema e Audiovisual para representar Portugal na luta pelo prémio de Melhor Filme Europeu na edição de 2023 dos Prémios Goya. O argumento foi escrito pelo realizador em parceria com Tiago Rodrigues, o diretor do Festival de Avignon. A sinopse avança que a produção de Paulo Branco fala sobre "uma tradição pagã numa vila do interior de Portugal", que deixou marcas num grupo de jovens adolescentes. "25 anos depois, ao reencontrarem-se, o passado ressurge e a tragédia instala-se", lê-se ainda.