"Madrugada Suja": RTP adapta livro de Miguel Sousa Tavares para série

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O escritor Miguel Sousa Tavares vai ver o seu livro Madrugada Suja ser adaptado para série. O projeto é da responsabilidade da produtora Maria & Mayer e a realização é de Sebastião Salgado. Rafael Morais, Victória Guerra e Gonçalo Waddington assumem os papéis principais da série financiada pelo Instituto do Cinema e  Audiovisual (ICA), Turismo de Portugal e RTP, cujas gravações já tiveram início. A data de estreia não é conhecida.

A RTP já não é uma novata no que toca a adaptações de livros para o formato de série. Se ainda há uns dias foi anunciada a passagem do papel para o ecrã da obra de José Rodrigues dos Santos, Códex 632, agora é a vez de Miguel Sousa Tavares ver um elenco dar vida às personagens de Madrugada Suja. Filipa Cabrita de Sousa foi quem assumiu a adaptação do livro do ex-jornalista, que vai dar origem a uma série de seis episódios. Os protagonistas serão Rafael Morais, Victória Guerra e Gonçalo Waddignton, contudo, Iris Cayatte, Lia Carvalho, Adriano Carvalho, Paulo Pinto, Manuel João Vieira, José Pimentão, Sandra Faleiro, Maria João Falcão e Francisco Froes também integram o grupo de atores.

A narrativa de Madrugada Suja começa precisamente por ilustrar o título da obra. Falamos, portanto, de uma noite de álcool de estudantes que acaba num pesadelo que vai perseguir os seus protagonistas ao longo de toda a trama. Com o ano de 1988 a marcar o tempo em que decorre a ação, num outro plano acompanhamos o percurso de Filipe Madruga, um dos dois habitantes que vive numa despovoada aldeia do Alentejo. O seu avô é o outro morador. Da infância na aldeia para uma vida construída enquanto arquiteto municipal, idealista e ambientalista, as circunstâncias do trabalho de Filipe vão fazê-lo "tropeçar num caso de corrupção política", tal como avança a sinopse. O seu passado é posto em cima da mesa, assim como a Madrugada Suja, que marca o princípio da história.

Em nota de imprensa, a série de seis episódios é definida pela produtora como "um drama negro e sarcástico, entre o passado e o presente, o cinismo e o idealismo, a política, a economia e a vida privada, mais tarde ou mais cedo, todos acabaremos por ser corrompidos - seja fisicamente ou moralmente".