IndieLisboa regressa à capital com a maior "competição nacional de longas" de sempre
Foto: Direitos Reservados |
O Festival Internacional de Cinema IndieLisboa está de regresso às salas do Cinema São Jorge, Culturgest, Cinema Ideal, da Cinemateca Portuguesa e Biblioteca Palácio Galveias, de 28 de abril a 8 de maio. A 19ª edição do festival que celebra a 7ª arte tem prevista a exibição de cerca de 250 filmes. Depois de dois anos atípicos, o regresso do evento ao calendário habitual vai ficar marcado pela realização da maior Competição Nacional de Longas da história do IndieLisboa.
Mostrar "obras que se encontram fora do radar da regular circulação de filmes" é um dos principais pilares do IndieLisboa. Se, para alguns cineastas, este festival é a primeira oportunidade de se darem a conhecer ao público, para outros, trata-se de um evento onde podem mostrar aquilo que têm feito de novo e reforçar a sua posição no mercado.
O realizador português, Pedro Neves Marques, faz parte deste segundo grupo mais experiente que leva a sua curta-metragem Tornar-se um Homem na Idade Média à 19ª edição do IndieLisboa. A concorrer na Competição Nacional de Curtas, a película que conta a história de dois casais que estão a tentar constituir família, saiu vencedora da última edição do Festival de Cinema de Roterdão.
Foto: Filme Tornar-se Um Homem na Idade Média, de Pedro Neves Marques (Direitos Reservados) |
Entre as novidades do evento que chega a Lisboa a 28 de abril está a maior Competição Nacional de Longas de sempre. Vão estar em prova nove longas-metragens. São elas: Atrás Dessas Paredes, de Manuel Mozos; Mato Seco em Chamas, de Adirley Queiroz e Joana Pimenta; O Trio em Mi Bemol, de Rita Azevedo Gomes; Super Natural, de Jorge Jácome; Frágil, de Pedro Henrique; Via Norte, de Paulo Carneiro; Rua dos Anjos, de Mariana Roxo e Renato Ferraz; Viagem ao Sol, de Susana de Sousa Dias e Ansgar Schaefer; e ainda Águas de Pastaza, de Inês Alves.
Na secção IndieMusic, o destaque vai para o filme Meet Me in The Bathroom, de Will Lovelace e Dylan Southern, que dá aos espectadores uma ideia de como era a Nova Iorque antes do 11 de setembro. As memórias do regime salazarista vão também ser exploradas, desta vez nas Sessões Especiais. Os filmes A Vida e o Tempo de Sita Valles, de Margarida Cardoso, assim como a película Um Nome Para o que Sou, de Marta Pessoa, contam a história da militante comunista morta em 1977 e dão a conhecer a condição das mulheres durante o regime salazarista, permitindo ao público recordar através do cinema a realidade que se vivia no país durante o Estado Novo.
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