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Companhia de Atores leva a peça "TARANTATA" ao Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Lisboa

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Foto: Direitos Reservados

TARANTATA é o nome do novo espetáculo em cena no Teatro Municipal Amélia Rey Colaço, em Lisboa. Promovida pela Companhia de Atores, a peça parte do conceito de tarantismo, uma doença nervosa do tipo histérica que foi epidémica na Itália da Idade Média e que se atribuía à mordida da tarântula. A peça estreou em Lisboa a 4 de março e ainda estão marcadas sessões para os dias 11 e 12 deste mês, pelas 21h.  

O Fantastic esteve à conversa com os intérpretes Eduardo Molina e Érica Rodrigues para nos darem a conhecer mais alguns detalhes sobre o espetáculo que procura debater o sofrimento e a dor enquanto aspetos que integram o quotidiano do ser humano, promovendo a sua normalização.

Quantas vezes tentámos esconder a nossa dor e o sofrimento? O ser humano tem a capacidade de arranjar soluções para fugir a esse tipo de sentimentos mais negativos, mas a verdade é que, citando o criador e intérprete de TARANTATA, Eduardo Molina, "sofrer faz parte da vida, possibilita o autoconhecimento e precisa a forma como nos relacionamos com o mundo". Esta é uma das mensagens que o espetáculo que chegou ao Teatro Municipal Amélia Rey Colaço no passado dia 4 de março procura passar. O criador acrescenta ainda em declarações ao Fantastic que o espetáculo se trata de uma "celebração das nossas dores ao invés de abafar ou ocultar a angústia".

O tarantismo, enquanto doença nervosa do tipo histérica, assim como o papel do sofrimento nas nossas vidas são os pontos de partida para o enredo da peça. Em entrevista ao Fantastic, a intérprete Érica Rodrigues destaca "o vício de se mascarar a tristeza e a dificuldade que é, numa sociedade onde impera o positivismo, confrontarmo-nos com as dores e dar-lhes espaço sem nos sentirmos absolutamente excluídos ou fora de tom". TARANTATA vem mostrar aos espectadores que é possível conviver com a dor e que ela faz parte de nós, pelo que não há necessidade de a disfarçar ou ocultar.

Eduardo Molina faz um apelo para que as pessoas venham assistir a TARANTATA, na medida em que é um espetáculo que "nos lembra que a dificuldade em coexistir com o sofrimento nos ajuda a prevalecer como seres humanos". O palco do Teatro Municipal Amélia Rey Colaço acolhe este projeto, que numa fase inicial tinha por base o tarantismo mas, a partir daí, os criadores foram ao "encontro de outros materiais que aproximam ou afastam a forma como cada um observa as suas próprias máscaras ou profundezas", tal como adianta ao Fantastic Érica Rodrigues.

Com interpretação de Eduardo Molina e Érica Rodrigues, TARANTATA apresenta-se como uma fusão entre o teatro e a performance. O desenho de luz é assinado por Teresa Antunes e a composição musical ficou a cargo de Mestre André. Os bilhetes têm o custo de 10 euros e podem ser adquiridos aqui