Especial “Quero é Viver” | Helena Isabel, Filipa Pinto, Rita Ribeiro, Diogo Carvalho, Catarina Campos Costa, Lita Pedreira
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A nova novela da TVI, Quero É Viver, estreou esta segunda-feira, 3 de janeiro. O projeto conta com Joana Seixas, Sara Barradas, Fernanda Serrano e Rita Pereira enquanto protagonistas, no papel de irmãs, numa história escrita por Helena Amaral a partir de um original chileno, Casa de Muñecos. O Fantastic esteve à conversa com seis dos atores da trama: Helena Isabel, Filipa Pinto, Rita Ribeiro, Diogo Carvalho, Catarina Campos Costa e Lita Pedreira.
A ação começa quando a matriarca
de uma família, Ana (São José Lapa), descobre que está com Alzheimer e decide
escondê-lo, separar-se após cinquenta anos de casamento e começar a viver
plenamente o tempo que lhe resta de lucidez. A doença acaba também por afetar
todo o meio familiar, em particular ao seu marido Sérgio (Fernando Rodrigues) e
às suas quatro filhas: Natália (Fernanda Serrano), Irene (Joana Seixas), Maria
(Rita Pereira) e Olga (Sara Barradas), que começam a questionar a aparente
felicidade e estabilidade em que vivem.
Helena Isabel enfrenta, neste projeto, “um papel muito
diferente” e que desde logo lhe agradou, por representar “um desafio” às suas
capacidades. Em declarações exclusivas ao Fantastic,
a atriz contou que Graça, a sua personagem, “é uma mulher de trabalho, com dois
filhos adultos, [Raúl (Isaac Alfaiate) e Rómulo (João Nunes Monteiro)], que ela
trata como crianças. Mora num bairro social e trabalha numa casa há muitos
anos, tantos que quase já faz parte da família.” Para si, esta telenovela
“distingue-se por ser uma novela de mulheres, com histórias de mulheres com as
quais muitas de nós nos identificamos.”, adaptada por uma autora que a atriz
admira bastante.
Filipa Pinto será Lili, “uma rapariga meiga, sensível e
muito generosa. De coração aberto e que num caloroso abraço sabe bem
reconfortar os que ama. Por eles, é capaz de correr mundo. O que na verdade não
lhe custa, pois desde cedo está habituada a correr atrás do que quer e a fugir
do que não quer. Vive com a tia Lúcia (Leonor Seixas) e com o primo Fernando,
quem considera ser a sua verdadeira família.”
Ao Fantastic,
Filipa confessou que, desde logo, a ideia de que o projeto “era inspirado numa
novela chilena que estaria a ser adaptada para Portugal pela autoria de Helena
Amaral” lhe “falou ao coração”, dado que foi também Helena uma das autoras
responsáveis pela projeto-estreia da atriz em 2017, “com uma personagem
marcante”. Assim, ficou muito feliz com o convite para Quero É Viver porque é,
para si, uma forma de “reconhecimento.”. “Sendo este o meu quarto projeto na
TVI e, portanto, já tendo tido a hipótese de dar a conhecer o meu trabalho, o
facto de continuarem a surgir oportunidades leva-me a acreditar que estou no
caminho certo. No entanto, não deixa de ser um voto de confiança e, por isso,
uma responsabilidade.”, acrescenta.
Para a atriz, esta novela é uma “lufada de ar fresco”,
contando com uma “frescura que caracteriza não só a história mas também muitas
das personagens (...) cada personagem tem as suas camadas e nenhuma é
apenas uma coisa só, mas há uma leveza e até um humor que cativam
desde o primeiro episódio.”.
Em declarações exclusivas ao Fantastic, a atriz Rita Ribeiro conta que faz também uma participação especial nesta telenovela para desempenhar “um papel diferente, com outras características” que a sua última personagem não tinha, situação que a atriz considera ser “uma grande vantagem, dado que lhe permite mostrar a sua versatilidade.”
Rita Ribeiro será Vera, “uma mulher sedutora e interessante”, que, “apesar de não ser totalmente correspondida na sua paixão” por Sérgio (Fernando Rodrigues), manteve-se “muito fiel a esse amor e, à primeira oportunidade, aparece outra vez na vida de Sérgio.” Além disso, Vera decidiu “viver a sua vida para si própria, para os seus pacientes, sendo uma médica psiquiatra bem disposta, muito assertiva e determinada.”
Nesta produção da TVI, Diogo Carvalho será Tomás que, conforme confidenciou o ator ao Fantastic, “é muito carinhoso, afetuoso, mas também firme e decidido nos momentos em que o tem de ser.”. “Há uma certa maturidade que é visível na personagem e é através dessa maturidade que lida com todas as situações e desafios que vão surgindo no seu percurso. A personagem encontra-se numa fase de vida mais estável que lhe permite ser um porto seguro para aqueles que o rodeiam. As suas vivências passadas são um grande aliado na forma como aborda os temas do presente.”, conta-nos Diogo Carvalho.
Para o ator, a notícia de que iria integrar o elenco desta
produção deixou-o um pouco incrédulo, “por ter percebido através do casting (…)
que se tratava de um grande desafio em termos de personagem (…)”, dado que “tem
muitos traços de personalidade diferentes” dos seus, situação que o deixou
feliz dado que considera que “para um ator, uma das melhores notícias que se
pode receber, é saber que irá ter a oportunidade de construir uma personagem
diferente daquilo que é como pessoa”.
De acordo com Diogo, “esta novela aborda temas controversos
da nossa sociedade, e muito atuais, mas de uma perspetiva menos habitual nas
novelas «clássicas» (…) retrata o peso que o amor tem em cada decisão tomada na
vida das personagens, sem nunca retirar a importância da liberdade pessoal, da
escolha individual (…) há um empoderamento feminino que demonstra que a solução
para um equilíbrio emocional em qualquer relação de afetos, implica que as
partes possam «Viver» sem que exista qualquer tipo de retração.”
Assim, este projeto é algo “inovador”, que passa por “recontar
a história de uma novela já escrita, com uma perspetiva feminista e um sentido
de humor mais aguçado do que o guião original (…) dois pontos que marcam a
diferença desta produção e que vão ser mais notórios para o espectador no
resultado final.”, conta-nos Diogo Carvalho.
Catarina Campos Costa será Cláudia, uma personagem
“misteriosa e sempre simpática”, mas com “imensos segredos dentro de si.”,
conforme nos confidenciou a atriz. “Ela é a assistente principal da agência [de
publicidade], portanto sabe tudo de toda a gente. (…) uma pessoa assim tem
imenso poder. Há um risco enorme de um dia ela «endoidecer» e começar a
destruir a vida de todos.”, continuou. “É importante haver conflito dentro das
personagens como em nós, na vida. Mesmo sem conflitos externos, existem os internos.
Então, por agora, a Cláudia é profissional e mantém uma boa relação com todos.
Engole imensos sapos do patrão, não só porque depende daquele trabalho para
sobreviver, mas também porque admira o Dr. Sérgio e, no fundo, sente pena dele,
e sente empatia pelo que ele está a passar e pelo seu sofrimento.”
Ao Fantastic, a atriz contou que o projeto lhe foi
apresentado “como uma comédia que gira em torno de uma mulher na casa dos 70
anos que decide dar um «grito» de liberdade e mudar de vida”, situação que logo
à partida lhe despertou interesse dado que considera haver “um certo «vício na
juventude» na indústria do entretenimento”, com “histórias de pessoas na casa
dos 30, 40 anos, recém-casados, pais-jovens, ou até vidas de adolescentes como
nos Morangos com Açúcar.” Já em Quero é Viver, é-nos contada “a história de uma
pessoa que mesmo estando numa fase diferente da vida, não deixa de ter dilemas
parecidos: «Quem sou eu?» «Qual o significado da vida?», «Serei livre?».”
Destacando estar “orgulhosa por fazer parte desta história” e querendo “ajudar a contá-la”, considera este um projeto especial para si dado que a sua personagem “não faz parte do núcleo principal” pelo que “não havia, à partida, muita informação sobre ela”, situação que lhe concedeu “uma liberdade enorme de escolhas no processo de criação do personagem.”. “Eu pude decidir tudo: Onde nasceu? Que tipo de educação teve? Que tipo de amiga é? Que tipo de profissional é? Porque é que trabalha ali? Quais os seus sonhos? Quais as suas inseguranças?”.
Lita Pedreira fará também parte do elenco desta novela, desafio que acolheu “com o entusiasmo renovado e genuíno de quem ama verdadeiramente o que faz e a vontade de contribuir, juntamente com toda a equipa, para o sucesso deste projeto”, cuja história “parte da temática do amor e do empoderamento feminino” e onde “o amor é explorado nas suas múltiplas dimensões e sob diferentes perspetivas, convidando a uma reflexão profunda sobre a condição humana: quem somos e o que queremos.”
Conforme conta a atriz em declarações ao Fantastic, esta novela “questiona as convenções sociais e convida a assumir a responsabilidade pessoal de redefinirmos o caminho, de forma a vivermos alinhados com a nossa verdade”, bem como a “olhar para dentro, com coragem e honestidade, e a refletir sobre o nosso quadro de valores, as nossas necessidades e as nossas escolhas.”, levando-nos a questionar se “vivemos de acordo com o que somos e o que queremos” e a concluir que “o resultado deste movimento introspetivo é a consciência do papel limitador e desviante de um conjunto de crenças que nos afastam da nossa essência e da vida que queremos verdadeiramente abraçar.”
Lita será Mafalda, secretária no consultório de psicologia de Gabriel (psicólogo clínico), interpretado pelo ator Thiago Rodrigues. Conforme nos confidenciou a atriz, “a Mafalda é uma profissional dedicada, eficiente, com uma atitude proactiva, cuja prioridade é assegurar o adequado funcionamento do consultório. Esta tarefa torna-se particularmente desafiante quando os conflitos pessoais de Gabriel começam a ser trazidos para o seu local de trabalho. A relação de Mafalda e Gabriel é baseada numa grande cumplicidade, confiança e discrição.”
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