"A Metamorfose dos Pássaros" estreia nos cinemas portugueses em outubro
Foto: Direitos Reservados |
A Metamorfose dos Pássaros,
de Catarina Vasconcelos, já tem data de estreia oficial no circuito comercial em Portugal. Será a 7 de outubro que o multipremiado filme chega às salas portugueses, mais de um ano depois de o filme ter sido apresentado no festival IndieLisboa em 2020.
A
Metamorfose dos Pássaros teve estreia mundial em fevereiro do ano
passado, no Festival Internacional de Cinema de Berlim, , onde conquistou o Prémio da Crítica Internacional, tendo já passado
por mais de seis dezenas de festivais, nos quais já arrecadou mais de
20 prémios atribuídos pelo júri, pela crítica e pelo público. O festival IndieLisboa, marcou a sua estreia nacional em festivais, onde conquistou o Prémio de Melhor Realização para Longa-metragem Portuguesa e o Prémio do Público.
Catarina Vasconcelos, 33 anos, precisou de seis anos para criar este filme, depois de ter feito a primeira curta-metragem, Metáfora ou a Tristeza Virada do Avesso", em contexto académico, em Londres. Os dois filmes aproximam-se em aspetos formais e temáticos, e interligam-se porque Catarina Vasconcelos filmou a família, abordando a relação dos pais e a morte da mãe, na curta-metragem, e a história de amor dos avós e a morte da avó paterna - que nunca conheceu -, na longa-metragem.
"Eu queria que [o filme] fosse sobre esta família, mas que pudesse falar com outras pessoas. O tempo que ele demora é quase o tempo que eu demoro a conseguir sair de mim para chegar aos outros. Consegui libertar-me da minha família e do medo de inventar sobre eles, para poder inventar à vontade. Isso foi muito importante", contou em entrevista à agência Lusa.Sobre este filme, a realizadora Catarina Vasconcelos fala de "um processo altamente íntimo e pessoal", na conjugação da montagem de som e imagem, devedora de uma relação que a realizadora tem com as artes plásticas e descrita como "uma coisa muito analógica, de bricolagem".
A Metamorfose dos Pássaros foi produzido por Pedro Duarte e Joana Gusmão, com apoio financeiro do Instituto do Cinema e do Audiovisual, da RTP e da Fundação Calouste Gulbenkian. O filme trata-se de uma produção da Primeira Idade, com distribuição internacional da Portugal Film – Agência Internacional de Cinema Português.
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