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Segunda temporada de “O Clube” estreia hoje na OPTO SIC

FOTO: NashDoesWork / Divulgação SIC / Santa Rita Filmes

Depois de duas semanas de ausência, O Clube volta a reabrir hoje na OPTO SIC. O primeiro episódio da segunda temporada já está disponível para consulta na aplicação do serviço de streaming, fazendo da série produzida pela Santa Rita Filmes no primeiro produto de ficção com selo de original da plataforma a conquistar uma sequência. Margarida Vila-Nova, Filipa Areosa, Vera Kolodzig, Luana Piovani, Sharam Diniz e Sara Matos estão de volta para darem continuidade aos eventos que ficaram suspensos no último capitulo. O Fantastic esteve à conversa com o autor, João Lacerda Matos, e com o ator Gonçalo Botelho, que nos levantam um pouco do véu sobre a nova leva de episódios.

Com um possível novo crime prestes a acontecer e uma nova aliança a formar-se, O Clube despediu-se no último dia 5 de fevereiro, deixando os fãs em suspenso. De acordo com João Lacerda Matos, as emoções fortes não se ficarão por aqui e nos novos capítulos tudo estará novamente à flor da pele. As ameaças continuam a rodear o Clube e as pessoas que lá trabalham. A Martina e o Bastos não são pessoas com quem se pode travar uma guerra sem sofrer baixas”, refere o autor, avançando que apesar da embarcarmos numa nova temporada, continuaremos, à semelhança do que aconteceu no epílogo, a despedir-nos de algumas das caras do elenco.

Porém, dentro do crime, nem só de mortes se continuará a contar a ação de O Clube. As irmãs Andreia e Jéssica parecem ter trocado de posições no último episódio, e as consequências dos atos irrefletidos de Jéssica vão ser sentidas já no arranque da nova season. “O destino de Jéssica é incerto.  Tomou o lugar de Andreia e foi vendida a um milionário, mas será que consegue sobreviver? E Andreia? Quem é de verdade? E o que pode fazer para salvar a irmã? Todas as personagens vão ter novos desafios e novas histórias que as vão levar ao limite”, afiança João Lacerda Matos ao Fantastic

Andreia, a personagem de Sara Matos, é neste ponto da narrativa, um autêntico mistério para os espectadores que apenas conhecem a sua personalidade pelas descrições e flashbacks de Jéssica. A partir de agora, os papéis invertem-se e vamos entender como é que a jovem acabou na rede de tráfico de Martina. Contudo, esta não será a única figura que vamos ver introduzida nesta temporada. “Temos a chegada de uma nova mulher ao clube. O que vai baralhar a relação de força entre as mulheres que ali trabalham. A personagem Cátia vai ter um papel chave no desenlace da trama”, caberá à atriz Matilde Reymão vestir esta nova personagem, que promete não facilitar a vida a Vera, mas muito menos a Michelle e Maria.

O erotismo é um dos fios condutores de O Clube, contudo, o argumento explora outras temáticas que prometem trazer à tona assuntos pouco discutidos ou que precisam de novas plataformas para serem falados. O tráfico de mulheres assume destaque nesta nova fase da série, com o autor do argumento a basear-se em factos verídicos para desenvolver este arco. O tráfico de mulheres com o fim de as colocar na prostituição e mesmo de as vender a milionários é, infelizmente, muito mais real do que temos percepção. O tema surgiu durante a pesquisa, através de algumas reportagens realizadas pelos media portugueses e europeus, que citavam relatórios internacionais. Essa pesquisa foi essencial para ter uma noção do que de facto se passa nesse mundo e poder construir uma narrativa ficcionada baseada em factos reais”, revela em conversa com o Fantastic.

Nos capítulos finais da primeira temporada, enquanto alguns personagens se despedem da trama, há outras figuras que ganham destaque. É o caso de Carlos Graça, personagem de Gonçalo Botelho, que traz para a história de O Clube, um homem homossexual rodeado pelo grupo de mulheres sensuais que trabalham no espaço nocturno de Lisboa. O Graça é um tipo perfeitamente normal - barman de profissão - mais um entre tantos que vive da noite Lisboeta e que procura o amor, esteja ele onde estiver”, conta-nos Gonçalo Botelho, apresentando um pouco mais sobre o seu personagem, que no final da primeira sequência de episódios iniciou uma relação pouco convencional com Cláudio, personagem de Diogo Mesquita.

A história do Graça ainda agora começou. O mais importante nesta linha narrativa não é a orientação sexual do Graça, mas a forma como alguém que trabalha num Clube onde o sexo e o dinheiro estão intimamente ligados consegue ou não gerir as expectativas daqueles que se aproximam, e as ideias preconcebidas que podem ter sobre ele”, vinca João Lacerda Matos. No entanto, apesar de este não ser o principal arco do personagem, Gonçalo Botelho reafirma a importância desta abordagem: Infelizmente acho que sim. É estranho que numa sociedade em pleno séc XXI, ainda seja necessário lutar pela representatividade de minorias que são alvo de preconceitos por parte de uma maioria desinformada. Produções como a do Clube são importantes porque confrontam o quotidiano do espectador com realidades diferentes e pessoas reais, como o Graça”, confessa o ator.

Filipa Areosa, Luana Piovani, Margarida Vila-Nova, José Raposo, Vera Kolodzig, Ana Cristina Oliveira, Vítor Norte, Fábia Rebordão, Tiago Felizardo, Sandra B., Gonçalo Diniz, Duarte Grilo, Luciano Gomes, Carlos Oliveira e Sílvio Nascimento são algumas das caras confirmadas neste regresso que volta a contar com a realização de Patrícia Sequeira. Sobre uma eventual terceira temporada de O Clube, João Lacerda Matos refere apenas que “ainda ficaram muitas histórias por contar”, não excluindo a hipótese de criar novos desenvolvimentos para a série da OPTO SIC.