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"A Grande Escavação": Descoberta arqueológica dá mote a novo filme da Netflix

Foto: Ralph Fiennes e Carey Mulligan em A Grande Escavação / Direitos Reservados
A nova produção da Netflix,
A Grande Escavação (The Dig, no original), estreou a 29 de janeiro e é uma adaptação cinematográfica de acontecimentos reais. O drama histórico transporta os espetadores à escavação arqueológica de Sutton Hoo, em Inglaterra, em 1938, em vésperas do despontar da Segunda Guerra Mundial. Realizado por Simon Stone, o filme é baseado no livro homónimo de Jonh Preston.

Edith Pretty (Carey Mulligan) casou-se com Frank Pretty, militar, e juntos compraram a propriedade de Sutton Hoo, localizada no sul de Inglaterra, em 1926. Nove anos depois, Frank morreu e Edith continuou a viver fascinada pelo local, com um instinto de que havia algo especial escondido por de baixo dos seus pés. Segundo a National Geographic, Edith abordou o museu de Ipwich para começarem as escavações, em 1937. Foi assim que conheceu o arqueólogo Basil Brown (Ralph Fiennes), o principal responsável pelos trabalhos de escavação e descoberta do património, tal como o filme mostra.

A paisagem aberta com o céu constantemente nublado, o rio e os caminhos de terra batida entre as árvores, os silêncios (muitas vezes) subentendidos que se instalam entre as personagens, os fragmentos das várias histórias que se vão revelando aos poucos, como se de artefactos se tratassem, revelados por aqueles que vão retirando pacientemente as camadas de terra que os cobrem. Tudo isto completa A Grande Escavação, drama de época que chegou recentemente à plataforma de streaming Netflix e é a adaptação cinematográfica de The Dig, de John Preston (Viking Press, 2007), obra que faz o relato ficcionado da descoberta de uma necrópole anglo-saxónica (séculos VI e VII) na localidade de Sutton Hoo, Suffolk.

Carey Mulligan, Ralph Fiennes e Lily James fazem parte do elenco deste filme de Simon Stone, dando espaço à criatividade.

Stone prefere deter-se na relação de respeito mútuo e de uma certa cumplicidade de espírito que se estabelece entre a determinada Edith e o resiliente Basil – e na diferença de classes que essa relação condena. Pelo meio, A Grande Escavação tem também espaço para denunciar a subalternização da mulher – Peggy Piggott é sempre vista como a acompanhante do seu marido, um investigador que esconde a sua homossexualidade, e não como uma académica por direito próprio.

Assiste ao trailer: