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Tempo de Leitura | "Os Maias", de Eça de Queirós

 


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PORQUE ESCOLHI ESTE LIVRO

É curioso ver como, apesar de tantos anos passados, a sociedade actual não é assim tão diferente daquela que é retratada no romance de Eça de Queirós.
O que mais salta à vista é o uso constante de estrangeirismos, a corrupção, futilidade e falta de interesse da alta burguesia em fazer algo de útil pelo país, uma juventude na qual se depositava a esperança, a mudança, e o futuro da sociedade, mas que se revelou uma decepção, preferindo uma vida boémia, o adultério e, como não poderia deixar de ser, romances proibidos, como o de Carlos e Maria Eduarda.


SINOPSE

Os Maias encerra uma crónica de costumes, retratando, com rigor fotográfico e muito humor, a sociedade lisboeta da segunda metade do século XIX.
Trata-se da obra-prima de Eça de Queirós, publicada em 1888, e uma das mais importantes de toda a literatura portuguesa.
Vale principalmente pela linguagem em que está escrita e pela fina ironia com que o autor define os caracteres e apresenta as situações. É um romance realista (e naturalista), onde não faltam o fatalismo, a análise social, as peripécias e a catástrofe próprios do enredo passional.
A obra ocupa-se da história de uma família (Maia) ao longo de três gerações, centrando-se depois na última geração e dando relevo aos amores incestuosos de Carlos da Maia e Maria Eduarda.
Mas a história é também um pretexto para o autor fazer uma crítica à situação decadente do país (a nível político e cultural) e à alta burguesia lisboeta oitocentista, por onde perpassa um humor (ora fino, ora satírico) que configura a derrota e o desengano de todas as personagens.


DETALHES

Ano de edição ou reimpressão: 09-2020
Editor: Porto Editora
Idioma: Português
Páginas: 720
Coleção: Clássicos Porto Editora
Classificação Temática: Livros  >  Livros em Português  >  Literatura  >  Romance


SOBRE O AUTOR

Eça de Queiroz nasceu a 25 de novembro de 1845 na Póvoa de Varzim e é considerado um dos maiores romancistas de toda a literatura portuguesa, o primeiro e principal escritor realista português, renovador profundo e perspicaz da nossa prosa literária.
Entrou para o Curso de Direito em 1861, em Coimbra, onde conviveu com muitos dos futuros representantes da Geração de 70. 
Em 1872 iniciou a sua carreira diplomática, ao longo da qual ocupou o cargo de cônsul em Havana, Newcastle, Bristol e Paris. Foi, pois, com o distanciamento crítico que a experiência de vida no estrangeiro lhe permitiu que concebeu a maior parte da sua obra romanesca, consagrada à crítica da vida social portuguesa e de onde se destacam "O Primo Bazilio", "O Crime do Padre Amaro", "A Relíquia" e "Os Maias", este último considerado a sua obra-prima. 
Morreu a 16 de agosto de 1900, em Paris.