Sete Filmes por Semana | De 15 a 21 de julho de 2020
Todas
as semanas, o Fantastic sugere-te uma lista de sete filmes para ver ao
longo de sete dias. Será um filme por dia, com sugestões para todos os
gostos.
Das
longas às curtas-metragens, passando pelo cinema americano ou europeu,
com géneros tão vastos como a ação, o drama ou a comédia, muitas são as
propostas que iremos trazer até ti. Aceitas o desafio?
Semana de 15 a 21 de julho de 2020
Rua da Vergonha
de Kenji Mizoguchi (1956)
Realizado por Kenji Mizoguchi, Rua da Vergonha é um dos mais importantes filmes sobre a prostituição no Japão do pós-guerra. As angústias da experiência feminina são um tema constante nos filmes do mestre japonês. Em Rua da Vergonha, última obra do cineasta, Mizoguchi faz um retrato da condição feminina e mostra a ligação da prostituição à pobreza e o estigma social que representa. Mas a opressão das mulheres não existe apenas na prostituição e o filme mostra diferentes formas de exploração feminina.
Breakfast on Pluto
de Neil Jornal (2005)
Patrick "Pussy" Braden é travesti numa pequena cidade da Irlanda. Filho
de um relacionamento entre uma doméstica e o padre local, depois de
abandonado pela mãe Patrick foi criado por Ma Braden, que não suporta o
seu jeito afeminado. Juntamente com seus amigos Charlie, Irwin e
Laurence, Patrick decide sair de casa e partir à procura da sua mãe
verdadeira.
13th
de Ava DuVernay (2016)
O
documentário centra-se no sistema carcerário e étnico no país de origem
do filme - Estados Unidos. O título, 13th, é uma referência à décima
terceira alteração na Constituição dos EUA que, segundo o filme, foi uma
forma de manter trabalhos pesados mesmo após a abolição da escravidão. A
Décima Terceira Emenda à Constituição dos Estados Unidos afirma que
"não haverá, nos Estados Unidos ou em qualquer lugar sujeito a sua
jurisdição, nem escravidão, nem trabalhos forçados, salvo como punição
de um crime pelo qual o réu tenha sido devidamente condenado". As
filmagens do documentário foi feita em segredo e as suas informações só
foram divulgadas após ser anunciado como filme de abertura do Festival
de Cinema de Nova Iorque.
Insónia
de Christopher Nolan (2002)
Will Dormer (Al Pacino) é um detective veterano da Polícia de Los Angeles que viaja até uma pequena cidade do Alasca, com o colega Hap (Martin Donovan) para investigar o estranho assassínio de uma rapariga de 17 anos. O principal suspeito é um romancista recluso chamado Walter Finch (Robin Williams). Mas durante uma perseguição, numa praia rochosa e cheia de nevoeiro, Finch desaparece. Contra a loucura que provoca a claridade permanente, Dormer é forçado a entrar num jogo psicológico do gato e do rato contra o brilhante e malévolo Finch.
A Vida é Bela
de Roberto Benigni (1997)
Em
1938, na região italiana da Toscânia, o simpático judeu Guido
apaixona-se por Dora, um professora que está noiva de um funcionário
local. Guido, porém, não desiste até ao momento do casamento de Dora que
acaba por fugir, em plena cerimónia, com o seu "delicioso cavaleiro
andante". Durante cinco anos vivem felizes na companhia do seu delicioso
filho Giosuè até que as medidas de perseguição e detenção aos judeus
são implementadas na Itália. Guido e Giosuè são deportados para um campo
de concentração e Dora decide acompanhá-los. Pai e filho ficam juntos e
durante todo o tempo de prisão Guido, de forma engenhosa e com o
auxílio dos outros prisioneiros, convence o garoto que estão num campo
de férias a jogar um longo e emocionante jogo.
Altas Cidades de Ossadas
de João Salaviza (2017)
Karlon, nascido na Pedreira dos Húngaros e pioneiro do rap crioulo, fugiu do bairro onde foi realojado.Noites de vigília, sob um febril calor tropical.Entre as canas de açúcar, um rumor. Karlon não parou de cantar.Altas Cidades de Ossadas é um tateio inquisitivo e imaginativo às suas memórias, ao cerco institucional, e às histórias submersas de um tempo sombrio.
Dor e Glória
de Pedro Almodóvar (2019)
Salvador Mallo, um cineasta em fim de carreira, relembra a sua vida: mãe, amantes, atores com quem trabalhou. Dos anos sessenta numa pequena aldeia em Valência, aos anos oitenta em Madrid, ao presente, quando sente um vazio imensurável diante da sua mortalidade, da incapacidade de continuar a filmar, da impossibilidade de separar a criação da sua própria vida. No meio de tudo isto, a necessidade de narrar o seu passado pode ser a sua salvação.
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