Terra Nova chega às salas de cinema em 2021
Com Joaquim Leitão em terra e
Artur Ribeiro no mar, a RTP prepara-se para lançar a primeira parte desta aventura
que adapta a história de O Lugre de Bernardo Santareno. A série que vai
mostrar as famílias em terra e o que se passou antes do embarque, chega à
antena do canal no dia 3 de junho, enquanto a edição em longa-metragem que
aborda os conflitos em mar só deverá chegar às salas de cinema em janeiro de
2021. Paulo Manso é uma das caras que esteve a bordo desta aventura e conta-nos
como foi gravar esta história.
Ao contrário do que nos habituou
com outros projetos, desta vez a trama contada nos ecrãs da estação pública
será um complemento para os eventos que vão acontecer no filme, e vai entregar
algum contexto aos dramas que vão existir a bordo do bacalhoeiro Terra Nova.
Paulo Manso avança-nos que a aposta num contexto histórico da época foi
fundamental para que tudo fosse fielmente retratado. «Tudo muda em terra porque
as campanhas podiam demorar entre seis e nove meses, dependendo das quintas, a
medida de peso ou volume de Bacalhau, para poder dar lucro ao estado, lucro
para os armadores e ainda conseguir pagar aos pescadores», avança o ator ao
Fantastic.
Já na realidade do filme e a
bordo do navio Santa Maria Manuel, o elenco de treze atores partiu para o alto
mar da Noruega e sentiu na pele parte da realidade do filme. Ao nosso site,
Paulo conta que lidar com tudo isto foi fundamental para que quem assiste sinta
a verdade dos factos. «No primeiro dia de filmagens, o tempo mandou um dóri com
o Rodrigo Tomás ao fundo. Ele foi imediatamente recolhido, mas começamos a
entender que ali quem ia mandar era o mar. Nas filmagens, nós apanhamos
tempestades, enjoos, frio, tudo», conta-nos o intérprete que nesta trama
dará vida a Manuel Cruz, um escalador.
«O Manuel foi primeiro
sargento na Primeira Guerra Mundial. Ele sabia acatar ordens. Em conjunto com o
Ti João, personagem do Vítor Norte, eles ficavam dentro do barco a escalar o
bacalhau, e vão poder ver isso, nós a escalarmos o bacalhau. Há muito bullying
dentro do barco, mas o Manuel nunca foi alvo, tem uma postura e porte físico que
não o tornavam alvo. Nos conflitos que vão existir a bordo ele fica do lado dos
oficiais», revela o ator que nos garante que «muita gente se vai identificar
com isto, quem vir a série vai querer mesmo ver o filme».
Nos dois meses de filmagens, as
peripécias uniram o elenco e Paulo confirma-nos que há ligações que não se vão
perder. «Este filme marcou-nos para a vida, a mim e à equipa. Juntou-nos
como uma família, nós temos um grupo no WhatsApp com os treze atores e o
realizador e estamos sempre em contacto. Bastava uma mensagem do Artur Ribeiro
e embarcávamos de novo, era só preciso serem as mesmas pessoas. Foi um momento
ótimo em que conseguiram reunir as pessoas certas e isso vão poder perceber»,
termina o artista.
Janeiro de 2021 marca a estreia
de Terra Nova no cinema, um projeto que nasceu em 2016 num desafio feito
por Nicolau Breyner. Além de Paulo vamos encontrar Miguel Borges, Virgílio
Castelo, Vítor Norte, João Catarré, Rodrigo Tomás, Vítor D’Andrade, Ricardo Sá,
Miguel Melo, João Craveiro, Pedro Lacerda, João Reis, Manuel Sá Pessoa e Miguel
Partidário, nesta coprodução luso-alemã.
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