"Grandes Histórias - Último Verão" amanhã na RTP (com fotos)
Amanhã, à noite, depois de "Viagem ao Centro da Minha Terra", a RTP1 emite o oitavo telefilme da rubrica mensal "Grandes Histórias - Toda a Gente Conta". Um filme escrito por Francisco Moita Flores, realizado por Lourenço de Mello e que conta com Rita Martins, Tiago Barroso e Frederico Barata, entre outros.
Na história, Ricardo,Carlos e Margarida festejam a sua entrada na Universidade. Margarida está no 2.º ano de Jornalismo. Ricardo é militar e Carlos, licenciado em Direito, acompanham-na na celebração de passagem de ano lectivo.. A festa decorre numa discoteca. Cerveja, uns comprimidos, alegria. Quando saem estão embriagados e bem dispostos. Um deles cai para cima de um carro e percebem que tem as portas abertas. Carlos diz que aprendeu a fazer ligações directas. Desafiam-no a experimentar. O carro começa a trabalhar. Aplausos.
Depois decidem ir dar uma volta. O
passeio levanta outras hipóteses de aventura. Ir ás cervejas numa das
caravanas que, durante a noite, se espalham pela cidade. Mais cerveja e a
ideia de aproveitarem o carro e irem até ao Algarve. Está calor.
Dormirão na praia. Porém, Carlos lembra-se que não têm dinheiro para
comer. Mas a euforia manda mais. Decidem assaltar um restaurante.
Eufóricos, partem.
No dia seguinte, acordam na praia. Ressacados.
Ricardo explica que o melhor comprimido contra a ressaca é a cerveja.
Gastam o último dinheiro em cerveja e o entusiasmo regressa. Mas estão
tesos. Têm fome. Vão almoçar a um restaurante na praia e fogem sem
pagar. Entram no carro e percebem que estão sem gasolina.
Repetem o
golpe numa gasolineira, fugindo sem pagar. É então, que são abordados
pela polícia. Voltam a fugir e, de repente , são confrontados com a
situação. Em menos de vinte e quatro horas, cometeram meia dúzia de
crimes. Deixaram de ser jovens com esperança de sucesso. Estão a ser
perseguidos como criminosos.
E começa a exigência interior de
regressarem a casa. Só que o automóvel está ‘queimado’. Não têm
dinheiro. O regresso só é possível roubando outro carro. Numa vivenda
próxima, percebem que um homem e uma mulher saíram a correr numa acção
de ‘jogging’ . Deixaram a porta aberta. A vivenda tem garagem.
Está lá
um automóvel. Margarida, Ricardo Carlos não resistem á ideia. Será o
último disparate e decidem realizá-lo para que regressem definitivamente
ás suas casas. Entram na vivenda. Procuram o acesso á garagem quando um
grito os sobressalta. Está uma velhota dentro de casa. Na perturbação,
desorientam-se. Não conseguem encontrar as chaves do carro que,
entretanto a velhota guardou nas próprias mãos.
Decidem, então, fugir
dali. Mas é tarde. A polícia cercou a vivenda. No meio do pânico,
confrontados com a vergonha, cometem outro erro. Em vez de se
entregarem, tomam a velhota como refém.E a partir daqui, já não crimes
de pouca importância. São confrontados com os erros, a liberdade e a
prisão, a responsabilidade e a culpa. A negociadora da Polícia, chama-se
Patrícia. Começa as negociações, enquanto a televisão emite o cerco
policial e o caso. Conseguem que eles aceitem trocar a velhota por ela
própria como refém. Vai desarmada. O confronto cresce. Explicam-se,
revoltam-se, barafustam. Patrícia não lhes pode prometer outra coisa que
não seja a prisão.A tensão aumenta. É que as expectativas de vida
parecem entrar em derrocada.
Em vez de uma profissão desejada, parece
esperá-los a cadeia.Culpam-se e desculpam-se. Os culpados são eles.
Noutros momentos, são os copos. Noutro momento, os donos do carro e da
vivenda que deixaram as portas abertas convidando ao crime. E o que
pensarão os pais, que ainda ontem estavam tão felizes com os seus feitos
académicos? É Patrícia que vai mediando a catarse. Fala das aventuras
juvenis de verão que acabam em tragédia, mas também fala da esperança.
Do descuido e da euforia das férias. Da vida. Acaba por convencê-los a
entregarem-se.
É o escândalo televisionado. São presentes ao juiz que os
despacha para a liberdade provisória mas com uma monumental
descompostura pelo comportamento irresponsável. Percebem que passaram o
limite de todos os perigos. Estará nas suas mãos um destino mais seguro e
mais feliz.
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