Header Ads

Media Capital com ganhos de 4.1 milhões no semestre

A Media Capital registou no primeiro semestre resultados líquidos de 4,1 milhões de euros, menos 58 por cento do que em igual período do ano passado. Se no 1º trimestre os resultados tinham sido negativos, já no segundo trimestre, o resultado líquido foi de 5 milhões de euros, ainda assim 36 por cento abaixo do registo no período homólogo, anunciou em comunicado enviado à Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários, o grupo que detém a TVI.


No mesmo documento, o grupo anunciou proveitos operacionais consolidados de 90,9 milhões de euros, o que corresponde a uma queda homóloga de 23 por cento, sendo que no trimestre o recuo face ao mesmo período em 2011 foi de 21 por cento. O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e depreciações) consolidado recuou 26 por cento para os 16,6 milhões de euros. 


O resultado operacional (EBIT) do grupo registou uma queda de 34 por cento, atingindo os 10,9 milhões de euros no período em análise, (9,5 milhões de euros no segundo trimestre), enquanto o resultado líquido alcançou os 4,1 milhões de euros, que compara com 9,8 milhões de euros no primeiro semestre de 2011, penalizado por encargos financeiros (juros) suportados, indicou o grupo. 


“A Media Capital está a adaptar-se num ambiente económico muito difícil, em que os resultados foram penalizados pela quebra de receitas publicitárias”, indicou à Lusa fonte oficial do grupo. “Mesmo assim, fruto do trabalho desenvolvido, consegue manter uma margem EBITDA semelhante do ano precedente, resultado do enorme esforço desenvolvido a nível do corte de custos e dos ganhos de eficácia que têm vindo a ser obtidos nas suas diversas empresas”, acrescentou a mesma fonte. 


“É evidente”, considera finalmente o dono da TVI, que “a manter-se – tal como previsível – o actual cenário económico com o mercado publicitário em contínua contracção, não é aceitável a penalização por via legislativa que a nova Lei do Cinema e Audiovisual vai introduzir, nem a anunciada privatização da RTP, que vai enfraquecer e fragilizar, ainda mais, a viabilidade das empresas de media”. 


Os proveitos do grupo com publicidade recuaram 18 por cento (percentagem idêntica para o trimestre), muito por força do comportamento do segmento de Televisão, que caiu 21 por cento (variação igual no trimestre). Já no segmento de Rádio, a queda ficou nos 2 por cento (-3 por cento no trimestre), e no segmento Digital e Outros ficou em menos 9 por cento em relação aos primeiros seis meses do ano anterior (-12 por cento no trimestre). 


O grupo estima que a queda global no mercado de publicidade esteja próxima de 19 por cento até maio, sendo que os valores de Junho estão ainda por apurar. Também a rubrica de outros proveitos recuou 30 por cento relativamente ao ano mesmo período do ano anterior (-25 por cento no trimestre), devido sobretudo ao desempenho dos segmentos de Produção Audiovisual e Entretenimento. Entre Janeiro e Junho, os resultados financeiros passaram de -2,1 milhões para -4,6 milhões de euros, em consequência do aumento do custo de financiamento decorrente da “expansão de ‘spreads’” e outras contingências de mercado, segundo a empresa. (Lusa)