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Dia Mundial do Teatro | 5 peças para ver gratuitamente na RTP Palco

Hoje, dia 27 de março, celebra-se o Dia Mundial do Teatro, um dia que é festejado desde 1961, tendo sido criado pelo Instituto Internacional do Teatro. Para assinalar a data, o Fantastic sugere-te cinco peças de teatro que estão disponíveis online de forma gratuita, através da plataforma RTP Palco. Hamlet de William Shakespeare, 112 - O Jantar está mesmo quase, Eu Sou Clarice, Júlia e Nunca Visto são as nossas propostas.


Hamlet de William Shakespeare | CLICA AQUI PARA VERES

Escrita entre 1599 e 1601 Hamlet, talvez a mais célebre peça de William Shakespeare e uma das mais icónicas personagens da literatura é, à primeira vista, uma tragédia de vingança que se inicia quando o Príncipe da Dinamarca descobre que o pai foi assassinado pelo tio, Cláudio, usurpador do trono e agora casado com Gertrudes, mãe de Hamlet. Mas há algo de muito mais profundo neste texto que fala sobre a natureza humana e, sobretudo, sobre a vida e a morte, em duelos verbais que Hamlet mantém com as outras personagens ou em auto-reflexões sobre ele próprio, ou melhor, sobre nós, porque mesmo a mais de 400 anos de distância a alma humana, tal como a grandeza da peça, não se alterou.


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12 - O Jantar está mesmo quase | CLICA AQUI PARA VERES

112, como o nome indica, aponta para uma urgência. Neste caso, para a urgência de três atores, mais especificamente, três recém-licenciados, que gostavam de acreditar que há um Mundo de oportunidades à sua espera, mas, que, no entanto, estão sistematicamente a ser confrontados com o contrário: não há emprego, não há dinheiro e, pior que isso, não há sinais de mudança. Cruzam-se histórias, intersetam-se frustrações e ambições e colocam-se todas num espaço de convívio desprovido de pretensão. Falamos de um ambiente simples, confortável e acolhedor que vai perdendo a forma à medida que os minutos correm e os atores agarram as zonas mais recônditas da memória. Falamos de um espaço que "mirra" à medida que as palavras sugam o ar, os gestos consomem o vazio e a ficção e a realidade se fundem numa só.


Eu Sou Clarice | CLICA AQUI PARA VERES

Rita Calçada Bastos propõe-se criar um objeto teatral a partir da vida e obra de Clarice Lispector, escritora que sempre a intrigou. Esse objeto teatral resulta do eco que essa escritora maior tem na sua visão da vida. A primeira vez que tomou conhecimento da sua obra foi há cerca de 20 anos, com o livro "A Hora da Estrela". "Sempre me interessou saber quem é a pessoa por detrás de um livro: quais as suas inquietações, qual a sua experiência de vida e o seu entendimento da mesma... no caso de Clarice, isso esteve muito presente. A matéria da sua escrita é intemporal porque vem da condição humana, desta coisa de ser pessoa", diz Rita Calçada Bastos, que descreve Clarice Lispector como "a estranha, a estrangeira, a hermética, a mulher dona de casa, a escritora, a mãe, a pessoa capaz de ir morrendo por aqui e por ali para conseguir ser". Em que medida a fronteira entre a biografia e a própria obra se vai desvanecendo? Não é o ser humano objeto de profunda inquietação? E o que faz com isso? É a partir destas interrogações que a encenadora cria "Eu Sou Clarice", solo interpretado por Carla Maciel. "Clarice escrevia de uma forma avassaladora sobre a humanidade, via com o seu olhar de criança tudo aquilo que só se consegue ver quando se morre, e aí, e só assim conseguia ver a beleza da vida", acrescenta Rita Calçada Bastos."Eu Sou Clarice" é o segundo espetáculo da trilogia que se iniciou com "Se Eu Fosse Nina", que cruzava a personagem Nina de "A Gaivota" de Tchekov com a biografia da própria encenadora, e terminará com "À Procura de Chaplin".


Júlia
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Peça de teatro a partir de "Menina Júlia" do dramaturgo sueco August Strindberg, com Teresa Tavares e João Villas-Boas, sobre o desejo, o amor e as relações entre os seres humanos. Interessa refletir sobre o ser humano, ele próprio, na sua promiscuidade, na sua intimidade, na sua totalidade. Despir o Jean e a Júlia como forma de nos despirmos todos para nos permitirmos olhar para o fundo de nós, sem saber o que iremos encontrar e como reagiremos a essa revelação. Interessa o motor dessa paixão, o desejo bruto que nos atrai uns para os outros como animais ferozes e quebra todas as barreiras, para chegarmos ao outro e para chegarmos a nós próprios. O desejo que é febril e no qual nos perdemos. Pelo qual nos entregamos. No qual nos revelamos da forma mais crua.


Nunca Visto - Companhia Cepa Torta
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Num dado momento do tempo, duas pessoas encontram-se num vale, em Marvila. Ou talvez na beira mar do Mar da Palha, na porta de um palácio antigo, à sombra de uma figueira, no átrio de um prédio... São muito diferentes, nunca se viram antes e têm um caminho para seguir. Naquele momento, entre o cruzar e o esconder do olhar tímido, e num ato de coragem inesperado, dizem olá. Percebem que são seres únicos com passados fascinantes, alguns remontando a histórias de livros de teatro. O planeta colocou-as ali, naquele instante, frente a frente, e agora a única possibilidade de avançar é conhecerem-se, saberem das dores e alegrias um do outro e criar algo novo. Este foi o ponto de partida para uma exploração alternativa deste lugar chamado Marvila e conta com a participação de atores profissionais e intérpretes locais, residentes em Marvila, num projeto desenvolvido em conjunto. Usa como base a experiência dos diferentes envolvidos: histórias pessoais e projeções sobre o passado e o futuro da vida na cidade e nos bairros.

Fotos: Direitos Reservados