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"Esqueci-me que Tinha Medo": Alunos da Lusófona promovem angariação de fundos para produzir filme

Foto: Direitos Reservados

Esqueci-me que Tinha Medo é o nome da curta-metragem que está a ser produzida por uma equipa de 40 alunos do curso de Cinema, Vídeo e Comunicação Multimédia, da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. A curta-metragem experimental explora o conceito de medo a partir da história de um homem que tem fobia de cores e é confrontado com todas elas dentro de uma cesta de fruta, depois de muito tempo a viver num ambiente a preto e branco. O realizador Diogo Bento assim como a restante equipa promoveram agora um crowdfunding a fim de criar condições económicas para terminar a produção de Esqueci-me que Tinha Medo.

"A história tem o propósito de caricaturar as nossas inseguranças, hiperbolizar os nossos medos e gratificar o facto de que, com dedicação, todos nós somos capazes de superar qualquer obstáculo". Esta é a mensagem que o realizador Diogo Bento deixa na nota de intenções enviada ao Fantastic. A verdade é que a narrativa nasce a partir do percurso pessoal do realizador, que foi desde sempre caracterizado pelo medo, sobretudo por terrores noturnos. "A maioria das minhas noites são atormentadas e assombradas por monstros, palhaços sangrentos e caras mutiladas, entre outros", refere em comunicado.

Muitas horas ficaram por dormir entre medos e inseguranças que teimavam em permanecer na vida de Diogo Bento. Aos problemas noturnos juntou-se o bullying, que marcou algumas fases da infância do finalista da Universidade Lusófona, para além de ter contribuído para o desenvolvimento de desconfianças e receios. Ainda que o jovem tenha aprendido a viver com estes medos, a história que procura retratar na curta Esqueci-me que Tinha Medo pode ser uma forma de "incentivar aqueles que sofram do mesmo problema a libertarem-se dos seus medos e «fobias esquecidas» de modo a poderem exceder o limite da sua vida e vivê-la ao máximo", avança na nota de intenções.

Foto: Direitos Reservados
A curta-metragem aborda o percurso de um homem de 43 anos, que, depois de viver muito tempo num cenário a preto branco, esquece-se de que tem medo de cores. Contudo, um dia, este homem é confrontado com todas as cores dentro de uma cesta de frutas e recorda o seu medo bem como os efeitos desta fobia na sua vida. No fim da narrativa, Bruno descobre que está curado da sua fobia e pode sair da "prisão sem cor". O realizador Diogo Bento refere inclusivamente, em comunicado, que todo este processo de superação leva as pessoas a "escapar das suas prisões a preto e branco e a serem guiadas pelas cores do mundo".

De momento, a equipa que integra a produção do filme está a promover uma angariação de fundos que tem como objetivo juntar um total de 800 euros para que a curta-metragem possa ser inteiramente concebida. Carrega aqui para apoiar este projeto, que pode servir também no futuro para ajudar aqueles que, à semelhança do realizador, estejam a lutar para sair das suas "prisões" porque "o mundo é muito mais bonito pintado a cores do que numa rotina a preto e branco". 

Podes ver aqui o trailer da curta-metragem Esqueci-me que Tinha Medo, que apresenta imagens que remetem para a nossa infância. O autor sublinha em comunicado que o recurso aos desenhos animados, gestos exagerados e mundos fantásticos justifica-se pelo facto de o realizador querer "trazer um lado mais leve e engraçado de forma a criar um espaço seguro onde podemos lidar com este tema que tem uma força tão possante sobre tantos de nós".