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Miúdos que já São Graúdos - Miguel Guerreiro


Foi em 2008 que Miguel Guerreiro venceu a 1ª edição do programa A Tua Cara Não me É Estranha, da TVI. Com apenas 10 anos, tornou-se popular junto do público português, tendo participado ainda em Morangos com Açúcar - Férias de Verão 6. Mas foi no Japão que o jovem de Setúbal se transformou num verdadeiro fenómeno de popularidade. Regressado a Portugal, participa em Pequenos Gigantes como mentor e, já em 2021, foi um dos jurados de All Together Now. Com um novo projeto musical a começar agora, o cantor que agora tem 23 anos, é o nosso convidado nesta edição do "Miúdos que já são Graúdos".

Tornas-te conhecido do grande público ao venceres um programa de talentos da TVI, em 2008. Quais são as melhores memórias que tens da tua participação em Uma Canção Para Ti?
Trago muitas memórias dessa experiência, mas a que me marcou mais, e que até agora ainda se fala, é a de uma gala em que me perguntaram o que e que eu queria para prenda de Natal. Eu respondi que queria um telemóvel e de seguida o Manuel Luis Goucha questionou-me o porquê de eu o querer. E eu respondi que era para ligar às garinas. E a partir daí fiquei o "menino das garinas".

Logo a seguir à tua vitória no formato, acabas por ser reconhecido na rua por todos os portugueses, dado o grande sucesso do programa. Como é que lidaste com tudo isso, ainda por cima sendo tão pequeno na altura?
Por ser tão novo acho que foi mais fácil de lidar, porque com 10 anos não tinha a noção do impacto que tinha criado nos portugueses. E os meus pais também sempre me ajudaram nesse sentido. Por isso posso dizer que lidei bem.

Foste convidado para participar nos Morangos com Açúcar. Como foi para ti participar numa série juvenil como esta?
Foi mais um desafio que eu tive a oportunidade de experimentar. Na altura, nunca tinha feito nada na área da representação. Ainda para mais representar num formato que todos os jovens assistiam e era um grande sucesso nos ecrãs portugueses, foi muito gratificante.

Sentiste, em algum momento, que a tua carreira poderia passar também pela representação? Ou sempre quiseste dedicar-te em exclusivo à música? Porquê?
A representação surgiu como algo inesperado, foi boa a experiência, adquiri muito conhecimento mas na altura tinha 10 anos e a ideia de ter que ficar muitas horas à espera, quando podia estar a jogar à bola com os meus amigos não me agradou muito (risos). No entanto, hoje em dia penso de outra forma e todas as oportunidades são bem vindas, porque apesar de tudo amei a experiência.

Pouco depois, tornas-te um fenómeno de popularidade internacional. Como é que se proporcionou a tua oportunidade no Japão?

O Japão surgiu através de um casting para um anúncio publicitário em que eu tinha que cantar. Consegui ficar selecionado e desde aí fui crescendo nesse mesmo mercado, conseguindo então conquistar o coração do povo japonês.

Sentes que foste mais valorizado fora do país, nomeadamente no Japão, do que em Portugal?
Sendo muito sincero, sinto que neste momento sou mais valorizado lá do que cá. No entanto isso também aconteceu pelo facto de ter ido logo para lá e de me ter afastado durante muito tempo, como artista, de Portugal.

Como foi para ti, tão novo, vencer um Globo de Ouro por Melhor Anúncio Publicitário no Japão?
Foi um grande privilégio, porque é sinal que o povo japonês valorizou o meu trabalho, compensando-me com um Globo de Ouro. 

Em 2016, foste um dos capitães de equipa do programa Pequenos Gigantes, da TVI. Como foi para ti ajudar outras crianças a tentar conquistar um lugar no mundo da música?

Fazer parte do Pequenos Gigantes foi incrível! Voltarem a trazer um programa para a televisão portuguesa que envolvia as crianças foi magnífico. Poder fazer parte do leque de jurados e ajudar os meus pequenos gigantes é algo que eu vou levar para o resto da minha vida! Para mim foi bastante complicado ajudar todos, pois nem todos cantavam e havia mais áreas envolvidas, mas sempre tentei ajudar da melhor maneira possível dando-lhes motivação. Antes de eles entrarem em palco dizias-lhe sempre: "O mais importante não é vencer mas sim desfrutarem do momento".

Já em 2021, fizeste parte do leque de jurados do programa All Together Now. Como foi voltar à televisão, neste papel de avaliador? E o que achaste deste formato de talentos da TVI?
Ser jurado do All Together Now foi outra das experiências que me deu mais gozo fazer, num programa com um formato inovador onde os concorrentes tinham que tentar conquistar o voto de 100 jurados!
O meu papel enquanto jurado era importante, mas na prática para cada concorrente o meu voto em 100 podia não fazer a diferença. Ali, tínhamos que tentar estar todos em sintonia o que por vezes era difícil.

No final de 2020, lançaste um single que marcou o regresso ao teu país, Nunca Páras. Que importância é que este teve para ti, enquanto cantor?
Este single foi o primeiro depois de tanto tempo desaparecido de Portugal, por isso só pode ser muito especial. Esta música veio mostrar um novo Miguel, com uma onda musical diferente da que o público estava habituado a ouvir.
 

Em outubro de 2021, foi a vez de Volto ao Passado, um tema com letra de SYRO, Miguel Guerreiro, Diogo Guerra e David Silva. O que podemos esperar desta tua nova fase, a nível musical?
Este tema incluiu muitas pessoas no seu desenvolvimento e para mim é um das minhas melhores musicas até hoje. Neste momento estou a pensar ir lançando single a single e ver o feedback e carinho que o público português me vai proporcionar. Enquanto músico e cantor não vou delinear um estilo musical próprio, vou fazer aquilo que sinto no momento. Tudo a seu tempo.

Com que cantores gostarias de colaborar? E quais as tuas maiores inspirações na área?
Os cantores com os quais mais me identifico são o Agir, o Diogo Piçarra e o Slow J. Eu inspiro-me em tudo o que é musica, ouço de tudo um pouco e daí nasce a minha inspiração.

Em 2021, completas 23 anos. Ainda estás a estudar? Em que área?
É verdade como o tempo passa (risos). Tirei o curso de produção de tecnologias da música e tenciono tirar mais cursos ligados a área.

Como te imaginas daqui a 10 anos?
Daqui a 10 anos imagino-me a pisar os maiores palcos de Portugal e a produzir para vários artistas.

Que diferenças há entre o Miguel Guerreiro “miúdo” e o “graúdo”?

O Miguel "graúdo" não desperdiçava oportunidades que o Miguel "miúdo" recusou por ser tão novo. Sou um Miguel com mais maturidade e com os meus objetivos e sonhos mais definidos e vincados.

 

 Miúdos que já são Graúdos

Outubro de 2021

Por André Pereira e Joana Sousa

  Fotos: Direitos Reservados