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Curtas-metragens com cunho português marcam presença na 37ª edição do Kurzfilm Fest

Fotos: Direitos Reservados

Há quatro títulos portugueses ou de coprodução portuguesa a marcarem presença na 37ª edição do Kurzfilm Fest, o festival de curtas-metragens que se realiza entre os dias 1 e 7 de junho em Hamburgo, na Alemanha, que à semelhança de outros eventos do mesmo género terá uma disponibilização bipartida entre o online e a versão presencial nas salas de cinema. Na competição intencional há quarenta e dois filmes a concurso, entre os quais películas de Welket Bungué, Diogo Costa Amarante, Olga Lucovnicova e Catarina de Sousa com Nick Tyson.

Mudança, o primeiro título da carreira de Welket Bungué como realizador partiu de um convite do Teatro do Bairro Alto em Lisboa e tem somado destaques na sua exibição em circuito fechado, contando com a colaboração da deputada Joacine Katar Moreira. “A figura nuclear desta história foi a Joacine, enquanto trabalhadora essencial. Mas, como eu trabalho muito a performatividade no meu cinema, as outras pessoas que iriam interagir com a Joacine ao longo da história são no fundo também pessoas que têm outras atividades que não a atuação em cinema”, avançou o artista à agência Lusa. 


Já Diogo Costa Amarante continua a levar o seu Luz de Presença mais longe depois de já ter exibido a curta-metragem em Berlim. O novo processo do cineasta é desenvolvido a partir do título O Verde do Jardim que o próprio apresentou no Festival Curtas de Vila do Conde, conforme avança a Lusa. O Porto é o grande cenário de fundo para a história de Luz de Presença que relata o encontro entre a transexual Diana e um motociclista que sofreu um acidente. 


Deixando as curtas-metragens com cunho inteiramente nacional partimos para a narrativa de Nanu Tudor, vencedora do Urso de Ouro em Berlim e que é um dos frutos do programa europeu de mestrados DocNomads, levado a cabo pela Universidade Lusófona. O trabalho é da responsabilidade da cineasta moldava Olga Lucovnicova. Por fim, Porto e a América juntam-se na confluência de talentos de Catarina de Sousa e Nick Tyson que dão mais uma viagem ao seu Tracing Utopia depois do lançamento mundial em Roterdão, nos Países Baixos. A curta-metragem conta um retrato de uma comunidade de jovens queer no Queens e pretende quebrar estereótipos enquanto mostra uma realidade dura.