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“Nomadland” vence Melhor Filme na 93ª edição dos Oscars, onde Anthony Hopkins foi a grande surpresa

A Union Station, em Los Angeles, foi o palco escolhido para a cerimónia deste ano dos Oscars, que apesar de marcada pela pandemia que despiu o evento do habitual glamour, continuou a ser presencial. A noite arrancou com Regina King que comparou a realização do certame às gravações de um filme e que por esse motivo, todas as regras adoptadas para manter os sets de filmagem seguros foram transpostas para aquele espaço, onde todos os convidados e intervenientes foram testados várias vezes. Numa noite sem grande surpresas e sem um filme que domine os prémios, Anthony Hopkins foi a grande surpresa ao vencer o último galardão da cerimónia.

Num ano em que a pandemia dominou por completo a indústria do entretenimento e deixou encerradas várias salas de espetáculos, adiando a estreia de algumas longas-metragens que partiam como favoritos a figurar na premiação, o streaming foi a plataforma que mais lucrou com as novas regras. A Netflix, que tinha como candidatos The Trial of Chicago 7 e Mank, arrecadou sete estatuetas incluindo Melhor Design de Produção e Melhor Cinematografia para a película realizada por David Fincher. Na concorrência, a Amazon Prime Video conseguiu múltiplas indicações para o seu representante, Sound of Metal, que também trouxe para a plataforma dois Oscars em Melhor Som e Melhor Edição de Filme. Encerrando a viagem pelos estúdios, a Disney conquistou, também, duas distinções com a mais recente animação da Pixar, Soul, que venceu nas categorias de Melhor Filme de Animação e Melhor Banda Sonora.

A meio do evento foi revelada a vitória de Chloé Zhao como Melhor Realizadora, tornando-se a primeira mulher asiática a conseguir um Oscar na categoria. A realizadora foi a responsável por Nomadland, o grande favorito da noite, e que trouxe para casa o aguardado prémio de Melhor Filme, e deixou nas mãos de Frances McDormand o terceiro Oscar da carreira da atriz. Seguindo na interpretação, Yuh-Jung Youn consagrou-se como a grande vencedora na categoria de Melhor Atriz Secundária pela sua atuação em Minari, enquanto na categoria de Ator Secundário a vitória sorriu a Daniel Kaluuya, que conquistou um dos dois galardões da noite para Judas And Black Messiah, que conquistou, ainda, o prémio de Melhor Canção Original com o tema Fight For You.

Promising Young Woman venceu logo no arranque da noite com Melhor Argumento Original deixando o prémio entregue a Emerald Fennell, que entre as gravações de The Crown e enquanto atingia os sete meses de gravidez, filmou o seu argumento em apenas vinte e três dias. Já em Melhor Argumento Adaptado, o francês Florian Zeller, cumpriu o sonho recebendo o Oscar por The Father, que acabou por se revelar a película com a maior surpresa da noite. Anthony Hopkins destronou o favorito à vitória Chadwick Boseman, e venceu a última estatueta da noite na categoria de Melhor Ator, tornando-se o ator mais velho a conquistar o troféu.