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Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada juntas em novo livro sobre igualdade de género

Foto: Direitos Reservados.

A Imprensa Nacional lançou o desafio de escreverem um livro sobre igualdade de género a Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, ao que as duas autoras aceitaram o desafio desde logo e escolheram como protagonista uma rapariga que quer ir para a Força Aérea. As escritoras escolheram uma rapariga que decide entrar para a Força Aérea para protagonista de um livro sobre "a igualdade de direitos e oportunidades" entre mulheres e homens. O livro será lançado neste dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, num evento de acesso livre, às 16:30, transmitindo em 'live streaming' através do site do iGen.

As duas autoras aceitaram o desafio da Imprensa Nacional, em parceria com o iGen-Fórum de Organizações para a Igualdade, para escreverem um livro sobre o tema e escolheram como protagonista uma rapariga que quer ir para a Força Aérea.

Em entrevista à Lusa, Isabel Alçada considera que "A melhor forma de as pessoas pensarem sobre os assuntos é colocarem-se na pele de personagens, sobretudo os jovens, e equacionarem o problema, não de uma forma abstrata, mas numa situação concreta" 

"Somos diferentes, homens e mulheres, e vamos continuar a ser", constatou Ana Maria Magalhães. "Falta o mais difícil: o preconceito que existe dentro de nós (...). São séculos de história e isso não se apaga por decreto", sublinhou.

"Mesmo as pessoas mais evoluídas" têm "preconceitos que nem sabem que têm", continuou Ana Maria Magalhães. "Tivemos de analisar a nossa própria visão destas questões para poder escrever o livro de uma forma o mais possível isenta. Não queremos endoutrinar, de maneira nenhuma, queremos, sim esclarecer, para que as pessoas pensem no assunto e vejam onde está a justiça das situações", realçou Isabel. "De facto, ainda não há igualdade de género", resumiu. "Se não fizermos nada, é mais difícil que as pessoas pensem que não é assim que deve ser", defendeu.

"Estamos muito melhor, mas a igualdade não existe ainda. E a primeira coisa para conseguir melhorar a situação da mulher é ter consciência de que ela não existe", frisou Isabel, considerando ainda que, "houve uma mudança abissal." As duas autoras, professoras de Português que já publicaram juntas mais de uma centena de livros, ressalvam que sempre incluíram protagonistas femininas capazes e determinadas nas suas histórias para crianças e jovens.

A série Uma Aventura, por exemplo, conta com duas raparigas "aventureiras e despachadas", inspiradas em duas alunas "reais", que "eram do século XX, mas já estavam no século XXI". Consciente de que, na prática, ainda há áreas vedadas às mulheres, Isabel Alçada contrapôs que noutras é preciso "apoiar sobretudo os rapazes", como é o caso da leitura.

Dirigido a adolescentes, rapazes e raparigas, o livro O longo caminho para a igualdade-mulheres e homens no século XXI tem duas partes: uma história de ficção e um conjunto de dados e informações reais.

O livro será lançado esta segunda-feira, 8 de março, Dia Internacional da Mulher, num evento de acesso livre, às 16h30, transmitido em 'live streaming' através do site do iGen.