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“O Esqueleto” é um dos novos telefilmes do projeto “Trezes”

Foto: Ângelo Pola (Direitos Reservados)

Com o sucesso de uma primeira leva de histórias, a estação pública avança para mais uma linha de telefilmes que trazem para o ecrã adaptações de contos menos conhecidos de autores de renome da literatura nacional. O Esqueleto de Camilo Castelo Branco é uma das novas obras da segunda temporada do projeto Trezes, contando com realização de João Roque.

A aposta da RTP volta a reunir alguns talentos promissores da nova geração de atores portugueses para dar corpo à adaptação que Miguel Simal e João F. Félix construíram a partir do clássico. As gravações decorreram já em 2021, com a produção a cargo da Marginal Filmes, não sendo ainda conhecida a data de estreia do projeto. Os novos telefilmes juntam-se a títulos como O Tesouro, A Morte do Super Homem ou As Cinzas da Mãe, exibidos o ano passado, durante a primeira leva de episódios.

O adultério e o amor entre pessoas com idades distantes são o ponto de partida da obra original publicada em 1865 por Camilo Castelo Branco. O romance acompanha a jornada de Nicolau que aos quarenta anos deixa a sua amante, que trouxe de Paris, para se entregar ao amor por Beatriz, sua prima de dezasseis anos. Na versão que chegará aos ecrãs da RTP, a história terá uma releitura mas promete manter-se fiel à base que alicerça o livro.  

“Esta é uma história macabra e sombria. Com personagens estranhas que se vão destruindo umas às outras”, avança Miguel Amorim ao Fantastic. Na trama, o ator será Simão, que como o próprio descreve é um jovem “boémio e divertido, mas muito alheado, pouco preocupado com o outro”, refere garantindo que vai existir um contraste entre o lado mais negro da narrativa e tudo o resto.

Vera Moura, Carlos Malvarez e Miguel Amorim são três dos nomes do elenco que gravaram a adaptação de O Esqueleto para o pequeno ecrã, cumprindo a promessa da estação pública de continuar a produzir ficção em português em formatos que a distinguem dos canais privados. “A grelha da RTP1, dedicará espaços regulares, em horário nobre, à emissão de séries, procurando uma cada vez maior aproximação da audiência aos conteúdos de ficção nacional de qualidade. Além da distribuição linear, as séries, os filmes, os telefilmes ou os documentários, ficam também disponíveis na RTP Play”, garante a administração do canal estatal.

A aposta em ficção original será para manter, assim como o apoio dado à indústria cinematográfica portuguesa que, tal como em todo o mundo, sofreu repercussões trazidas pela pandemia do novo coronavírus. “Pretendemos reforçar a ligação deste serviço de programas à produção de filmes e telefilmes nacionais. O cinema recebeu um impacto profundo da pandemia – rodagens interrompidas, salas fechadas, projetos suspensos -, o que vai obrigar a um significativo esforço de recuperação de públicos, tarefa na qual a RTP deverá desempenhar um papel ativo", explicam ainda.