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Jessica Córes sobre “Cidade Invisível”: “Eu vibro muito com os efeitos especiais da série”

Estreou no dia 5 de fevereiro a mais recente produção brasileira com o selo original da Netflix. Cidade Invisível junta o folclore da cultura do país com um drama de mistério que promete surpreender o público. Sereias, fantasmas, e até figuras tão conhecidas como o Saci, o Curupira e a Cuca são algumas das personagens que compõem o enredo da trama realizada por Luís Carone e Júlia Pacheco Jordão. Jessica Córes, que se deu a conhecer ao público português na série da RTP, País Irmão, é uma das atrizes do elenco e revela um pouco desta experiência em conversa com o nosso site.

Na pele de Camila, a Jessica Córes dá vida a uma sereia que vive uma verdadeira montanha russa de emoções no desenrolar dos sete episódios que compõem a primeira temporada da série. Contudo, a intérprete quis descolar-se das habituais representações das figuras que encantam os mares e que atraem os homens para o fundo do oceano, dando-lhe novas nuances e traços de personalidade que tragam maior representatividade. “Normalmente as sereias são representadas por mulheres brancas. A Camila é uma mulher preta e a Iara no folclore brasileiro. Eu busco trazer a força e a coragem da mulher preta e brasileira nesta construção da personagem”, refere em conversa com o Fantastic, a jovem que se aventura novamente nas produções de streaming depois de ter feito parte do elenco de Brasil Imperial, da Amazon Prime.

Já todos nós ouvimos em algum momento das nossas vidas histórias sobre sereias, contudo não foram as memórias da infância que ajudaram Jessica Córes a desenhar a sua personagem em Cidade Invisível. Na verdade foram as experiências pessoais da artista que moldaram alguns detalhes da construção desta figura mística. “Acho que o fato de eu ter sido escoteira me ajudou construir a personalidade da Camila. A competitividade do esporte também, que o vôlei me trouxe. Me sentia uma heroína quando vestia o uniforme e entrava na quadra pra disputar um jogo”, avança ao nosso site. Na trama, Camila começa por se posicionar de um lado da história, mas a personalidade obstinada fá-la defender outros princípios no decorrer da narrativa, tornando-a uma das personagens com maior dualidade e que mais defende as suas próprias causas e princípios.

“Apesar do grande poder que possuem, as entidades só podem confiar nelas mesmas e vivem de forma discreta na Cidade Invisível. Mas o encontro da Camila e do Eric quebra essa barreira, quando são capazes de realmente olhar através do outro com mais empatia e menos resistência. O desafio talvez seja esse, romper o medo do desconhecido”, diz-nos. Camila passa a primeira leva de episódios num constante crescimento dentro deste drama, acabando por se aproximar do protagonista, vivido por Marcos Pigossi, numa relação improvável que coloca em causa a própria vida várias vezes.


Sem confirmação oficial de uma segunda temporada, a atriz não poupa elogios à produção e não esconde a vontade de voltar a abraçar um novo guião e explorar um pouco mais desta releitura do folclore brasileiro. “Queria vivenciar mais esse universo das profundezas do oceano, queria ver mais a sereia. Eu vibro com os efeitos especiais da série. E fico curiosa também pra saber como vai se desenrolar essa relação do Eric e Camila”, apesar da Netflix não ter dado um parecer sobre a sequência, Cidade Invisível tem feito um percurso respeitável conquistando o oitavo lugar entre os conteúdos mais vistos dos Estados Unidos da América, algo difícil no país que por norma não consome conteúdos falados noutras línguas, e figura no TOP10 de quarenta e oito países ao redor do globo.


Em Portugal, Jessica Córes tornou-se numa cara conhecida dos espectadores, depois de ter dado vida a Thaís na série País Irmão, em 2017, que resultou de uma co-produção entre Portugal e Brasil. “Foi muito especial pra mim este projeto, País Irmão foi a primeira série que rodei fora do Brasil. De lá pra cá, ficou a amizade com parte do elenco e direção, além da vontade enorme de retornar pra Portugal. Quero muito fazer um novo trabalho em Portugal!”, revela a intérprete ao Fantastic. A história da RTP contou com a assinatura de Hugo Gonçalves, João Tordo e Tiago R. Santos, os mesmos autores de Até Que a Vida Nos Separe, a nova produção da estação pública que tem novos episódios todas as quartas-feiras na antena do canal um e no serviço de streaming RTP Play.