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Ator e encenador João Mota anuncia a sua despedida dos palcos

Actor e encenador João Mota despede-se dos palcos no papel de Freud contra  o nazismo | Teatro | PÚBLICO

Após 64 anos de carreira, o ator, encenador e professor anuncia que se vai despedir dos palcos com a peça Freud e o Visitante, com estreia marcada para dia 27 de março em S. João da Madeira, no âmbito do 14º Festival de Teatro da cidade e, posteriormente, será retomada no Teatro da Comuna, em Lisboa.

Em Freud e o Visitante, João Mota irá interpretar o psicanalista Freud, cuja filha foi presa pela polícia secreta Gestapo, sendo que quando este chega a casa já de noite e muito agoniado, recebe uma visita enigmática que lhe entra pela janela. Ao longo da peça de autoria do dramaturgo franco-belga Eric - Emmanuel Schmitt, Freud procura descobrir quem é aquele visitante - se um louco, ou um mágico ou até uma personagem com a qual sonhou.

Com versão cénica de João Mota, a peça de 1993 conta com interpretações de Carlos Paulo, Hugo Franco e Maria Emília Castanheira. 

Recorde-se que João Mota tem agora 78 anos e estreou-se na representação aos 14 na Companhia Rey Colaço/Robles Monteiro, no Teatro Nacional. Ao longo da sua carreira trabalhou como ator, encenador, professor, foi diretor do Teatro D. Maria II, fundador e diretor do Teatro da Comuna e ainda assumiu o cargo de presidente da Escola Superior de Teatro e Cinema.

João Mota despede-se então dos palcos com a interpretação de uma personagem que é contra o nazismo, numa peça que se desenrola ao longo de 17 atos e "apresenta um diálogo filosófico vivo e estimulante que permite ao espetador entrar nos meandros do pensamento de Freud e refletir sobre as grandes questões da existência", pode ler-se na sinopse de Freud e o Visitante.