Header Ads

"A Serra" é a nova aposta da SIC que puxa "pelas nossas raízes, paisagens, cultura, língua e tradições"

Foto: Direitos Reservados

Estreou esta segunda-feira, dia 22 de fevereiro, na SIC, a mais recente aposta da SIC na ficção nacional, A Serra, que conta com a autoria de Inês Gomes. A nova telenovela das noites do canal tem como narrativa principal um drama familiar que se desenrola entre Lisboa e a Serra da Estrela, tendo como música oficial do genérico o tema Liberdade, na voz de Rita Guerra.

A trama conta a história de Fátima Neto (Júlia Palha), uma jovem da Serra da Estrela que conhece Tomás Folgado (José Mata), um socorrista de montanha que acaba de chegar dos Alpes. Os dois criam uma ligação de imediato, só que Fátima não faz ideia de que Tomás está noivo da sua rival de adolescência, Mariana Pereira Espinho (Carolina Carvalho). Esta não é bem a intenção de Tomás, mas está a ser chantageado pela futura sogra (Carlota Pereira Espinho) para se afastar de Fátima e manter a relação com Mariana.

Há, no entanto, um grande passado e tradição que liga todas estas famílias. A protagonista, Fátima, é uma personagem simples e genuína, que produz farinha num moinho que herdou da mãe. Ela vai ter de lidar com esta paixão difícil, mas pelo meio vai deparar-se com um enorme mistério: um crime coletivo que é um segredo muito bem guardado pela comunidade.

Para o Diretor de Programas da SIC, Daniel Oliveira, “a novela é um género que funciona muitas vezes como um espelho da sociedade, e tem que ter a capacidade de sentir a sociedade em cada momento”, razão pela qual deve trazer às nossas vidas “esse sopro de liberdade (…) que ambicionamos voltar a ter muito em breve.”

A Serra conta com uma história “recheada de segredos”, que “consegue conjugar na mesma cena registos diferentes, registos dramáticos e de comédia” e apresenta “uma teia de enredo nos diferentes personagens e nos diferentes núcleos”, tendo a autora procurado “abrir o espectro a diferente núcleos, precisamente porque a história se passa numa aldeia onde todos se conhecem, todos têm algum tipo de relação uns com os outros, e isso é muito diferente do ponto de vista narrativo”, conta Daniel Oliveira. O diretor acrescenta ainda o facto de nesta novela, os vários elementos serem “também personagens, como o pão, os cães, o queijo, a serra, a neve, a montanha … tudo isso importa uma portugalidade muito rica”.

Foto: SIC

Protagonizada por Júlia Palha, Carolina Carvalho, João Mata e Sofia Alves, esta produção marca o regresso de Sofia à televisão que, questionada acerca deste regresso, afirma não ter “percebido que tinha assim tantas saudades (…) foi uma forte emoção.”. Daniel Oliveira afirma que “o texto da Inês Gomes ajudou muito”, tendo a personagem sido pensada para a Sofia Alves "que fez poucas vilãs, e, portanto, foi construído um papel à sua imagem para este regresso”. Ainda de acordo com o diretor, Carlota Pereira Espinho (Sofia Alves) é “uma vilã que vamos amar odiar, porque a perfídia dela em algumas cenas é cativante para o espectador, porque nos instiga e nos interpela em cada momento. E acredito que a Sofia está no sítio certo, com a equipa certa, e a forma como tem dado tanto a esta novela, que é uma novela exigente com muitas cenas e muita carga horária, é a prova viva de que a Sofia é uma extraordinária atriz, uma das melhores da sua geração, e, portanto, estamos muito satisfeitos. O que nós fizemos foi aquilo que tinha que ser feito, trazer a Sofia de volta à televisão.”.

A atriz encontra-se, assim, encantada com esta oportunidade de regresso, defendendo que “a SP é uma casa que recebe lindamente", uma casa onde se sente "à vontade". "Ter um homem como o Daniel Oliveira ao leme deste barco, e ainda por cima jovem, super dinâmico, super trabalhador, que não descansa, que é preocupado, tenta proteger-nos, que nos deixa constantemente mensagens de incentivo e está sempre presente todos os dias a dar o seu melhor para nos animar, é algo raro que nunca aconteceu, pelo menos não me lembro nunca de haver alguém tão presente como um amigo", revela a atriz.

Também o público tem oferecido à atriz um feedback muito positivo, que refere ser “uma mola” para si, para “se levantar todos os dias e fazer o melhor e contribuir para que haja um pouco desse viajar e dessa longa caminhada” para que o público possa fazê-la também e estar do lado dos atores, “porque é feito com o coração e é feito com amor.”. Assim, acredita que “as pessoas estão muito entusiasmadas com esta novela (…) é uma novela clássica e é muito importante nós puxarmos pelas nossas raízes, as nossas paisagens, a nossa cultura, a nossa língua portuguesa, as nossas tradições, esta novela tem os componentes todos.”

Foto: SIC

Júlia Palha, que se estreia com este projeto na ficção da SIC, refere que ser protagonista “tem uma outra intensidade, porque é uma personagem que tem muito mais incidência e acaba por ser como que um limbo emocional diário e é uma responsabilidade fazer isso bem, porque não é fácil todos os dias passar por tantas emoções. E se já é uma responsabilidade fazer uma protagonista, fazer uma protagonista tendo sido uma aposta como eu sei que fui para o Daniel, faz com seja uma responsabilidade acrescida.”. De forma a corresponder a essa responsabilidade, e “para além de toda a preparação individual que um ator faz sempre que tem um projeto novo”, Júlia refere ter tido a sorte de "ter as mais variadas formações: formação de pastoreio, formação de moinho de água”, estando “a aprender toda uma data de tradições que jamais aprenderia se não fosse este papel”.

Também José Mata, com a sua personagem Tomás, socorrista de montanha, teve “uma preparação gigante de escalada de rapel, não só técnica, mas depois também no local também.”, o que considera “fundamental” e uma das muitas vantagens da sua profissão, no sentido em que vão “beber um bocadinho a todos os lados”.

Sendo José Mata e Júlia Palha o par romântico da trama, o ator considera ser “muito importante esta relação que se cria com o par romântico, com a pessoa com quem contracenamos mais, com a pessoa com quem temos cenas mais delicadas ou complicadas, acho que rapidamente percebemos qual era a zona do Tomás e da Fátima e o porquê daquele fogo e daquela paixão, e estas cenas tornam-se mais fáceis porque nós próprios também fazemos por isso e depois o resultado sente-se.” No mesmo sentido, Júlia refere que José, “além de ser um ator incrível e além da sua entrega em cena, fora de cena está-se a tornar um amigo e isso depois reflete-se na cena”.

No que diz respeito à sua personagem, Sofia Alves refere estar “apaixonada” por esta vilã, referindo que “foi um grande desafio e um reto maravilhoso que o Daniel me fez, eu gosto imenso destes desafios onde saio da minha zona de conforto, e é sempre arriscar mais, e é um tipo de papel que me apetecia realmente fazer, e o Daniel parece que adivinhou isso e, portanto, caiu aqui na perfeição.”. É um desafio que confere a atriz a “possibilidade de fazer vários tipos de composição dentro de uma personagem só”, no sentido em que a personagem “não é só má e terrível, é real: ela ama, ela odeia, ela ri, ela chora, … ela tem uma profundidade e todo um passado que está envolvido em muito mistério, em muito segredo”, sendo esses segredos alguns “dos ingredientes-chave nesta produção, há muito mistério, há muitas coisas que resolver, e nada é o que parece, nem a Carlota é exatamente aquilo que o publico pensa que ela é.”.

Foto: SIC
Também Carolina Carvalho ganha enorme relevância na trama, interpretando Mariana Pereira Espinho, filha de Carlota Pereira Espinho (Sofia Alves) e de Fernando Pereira Espinho ( António Pedro Cerdeira). A atriz refere a importância de “criar uma química familiar”, sobretudo “num projeto tão longo”, o que exige que seja feito um trabalho que, “com a Sofia e com o António Pedro Cerdeira foi uma coisa muito imediata” e, por isso, “foi uma família que ficou com uma química incrível”.

Sofia Alves refere ainda ser “muito bom trabalhar com a Carolina, porque ela é uma miúda intensa, é uma miúda que é muito esforçada, é uma miúda cheia de talento e é muito bom quando trabalhamos olhos nos olhos, a generosidade dela, a concentração dela, a preparação diária dela e o esforço que faz.”

O elenco inclui ainda nomes como Ângelo Rodrigues, João Mota, Custódia Gallego, Carla Andrino, Manuela Couto, Tiago Teotónio Pereira, Dânia Neto, João Jesus, Fernando Luís, Virgílio Castelo, Ana Marta Ferreira, Laura Dutra, António Camelier, João Maneira, Maria João Abreu, Ana Lopes, Vítor Silva Costa, Cristina Homem de Mello, Márcia Breia, Oceana Basílio, Maria Eduarda Laranjeira, Soraia Chaves, Jorge Corrula, João Carvalho, Margarida Serrano, Pedro Laginha e Isabela Valadeiro. Os telespectadores poderão, então, acompanhar toda a trama diariamente na SIC.