"A Serra" é a nova aposta da SIC que puxa "pelas nossas raízes, paisagens, cultura, língua e tradições"
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A trama conta a história de Fátima
Neto (Júlia Palha), uma jovem da Serra da Estrela que conhece Tomás Folgado
(José Mata), um socorrista de montanha que acaba de chegar dos Alpes. Os dois
criam uma ligação de imediato, só que Fátima não faz ideia de que Tomás está
noivo da sua rival de adolescência, Mariana Pereira Espinho (Carolina Carvalho).
Esta não é bem a intenção de Tomás, mas está a ser chantageado pela futura
sogra (Carlota Pereira Espinho) para se afastar de Fátima e manter a relação
com Mariana.
Há, no entanto, um grande passado
e tradição que liga todas estas famílias. A protagonista, Fátima, é uma
personagem simples e genuína, que produz farinha num moinho que herdou da mãe.
Ela vai ter de lidar com esta paixão difícil, mas pelo meio vai deparar-se com
um enorme mistério: um crime coletivo que é um segredo muito bem guardado pela
comunidade.
Para o Diretor de Programas da SIC,
Daniel Oliveira, “a novela é um género que funciona muitas vezes como um
espelho da sociedade, e tem que ter a capacidade de sentir a sociedade em cada
momento”, razão pela qual deve trazer às nossas vidas “esse sopro de liberdade
(…) que ambicionamos voltar a ter muito em breve.”
A Serra conta com uma história “recheada
de segredos”, que “consegue conjugar na mesma cena registos diferentes,
registos dramáticos e de comédia” e apresenta “uma teia de enredo nos diferentes
personagens e nos diferentes núcleos”, tendo a autora procurado “abrir o
espectro a diferente núcleos, precisamente porque a história se passa numa
aldeia onde todos se conhecem, todos têm algum tipo de relação uns com os
outros, e isso é muito diferente do ponto de vista narrativo”, conta Daniel Oliveira.
O diretor acrescenta ainda o facto de nesta novela, os vários elementos serem “também
personagens, como o pão, os cães, o queijo, a serra, a neve, a montanha … tudo
isso importa uma portugalidade muito rica”.
Foto: SIC |
Protagonizada por Júlia Palha,
Carolina Carvalho, João Mata e Sofia Alves, esta produção marca o regresso de
Sofia à televisão que, questionada acerca deste regresso, afirma não ter “percebido
que tinha assim tantas saudades (…) foi uma forte emoção.”. Daniel Oliveira
afirma que “o texto da Inês Gomes ajudou muito”, tendo a personagem sido pensada
para a Sofia Alves "que fez poucas vilãs, e, portanto, foi construído um papel à
sua imagem para este regresso”. Ainda de acordo com o diretor, Carlota Pereira
Espinho (Sofia Alves) é “uma vilã que vamos amar odiar, porque a perfídia dela
em algumas cenas é cativante para o espectador, porque nos instiga e nos interpela
em cada momento. E acredito que a Sofia está no sítio certo, com a equipa
certa, e a forma como tem dado tanto a esta novela, que é uma novela exigente
com muitas cenas e muita carga horária, é a prova viva de que a Sofia é uma
extraordinária atriz, uma das melhores da sua geração, e, portanto, estamos
muito satisfeitos. O que nós fizemos foi aquilo que tinha que ser feito, trazer
a Sofia de volta à televisão.”.
A atriz encontra-se, assim, encantada
com esta oportunidade de regresso, defendendo que “a SP é uma casa que recebe lindamente", uma casa onde se sente "à vontade". "Ter um homem
como o Daniel Oliveira ao leme deste barco, e ainda por cima jovem, super
dinâmico, super trabalhador, que não descansa, que é preocupado, tenta
proteger-nos, que nos deixa constantemente mensagens de incentivo e está sempre
presente todos os dias a dar o seu melhor para nos animar, é algo raro que
nunca aconteceu, pelo menos não me lembro nunca de haver alguém tão presente
como um amigo", revela a atriz.
Também o público tem oferecido à
atriz um feedback muito positivo, que refere ser “uma mola” para si, para “se
levantar todos os dias e fazer o melhor e contribuir para que haja um pouco
desse viajar e dessa longa caminhada” para que o público possa fazê-la também e
estar do lado dos atores, “porque é feito com o coração e é feito com amor.”.
Assim, acredita que “as pessoas estão muito entusiasmadas com esta novela (…) é
uma novela clássica e é muito importante nós puxarmos pelas nossas raízes, as
nossas paisagens, a nossa cultura, a nossa língua portuguesa, as nossas
tradições, esta novela tem os componentes todos.”
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Júlia Palha, que se estreia com
este projeto na ficção da SIC, refere que ser protagonista “tem uma outra
intensidade, porque é uma personagem que tem muito mais incidência e acaba por
ser como que um limbo emocional diário e é uma responsabilidade fazer isso
bem, porque não é fácil todos os dias passar por tantas emoções. E se já é uma
responsabilidade fazer uma protagonista, fazer uma protagonista tendo sido uma
aposta como eu sei que fui para o Daniel, faz com seja uma responsabilidade
acrescida.”. De forma a corresponder a essa responsabilidade, e “para além de
toda a preparação individual que um ator faz sempre que tem um projeto novo”,
Júlia refere ter tido a sorte de "ter as mais variadas formações: formação
de pastoreio, formação de moinho de água”, estando “a aprender toda uma data de
tradições que jamais aprenderia se não fosse este papel”.
Também José Mata, com a sua
personagem Tomás, socorrista de montanha, teve “uma preparação gigante de
escalada de rapel, não só técnica, mas depois também no local também.”, o
que considera “fundamental” e uma das muitas vantagens da sua profissão, no
sentido em que vão “beber um bocadinho a todos os lados”.
Sendo José Mata e Júlia Palha o
par romântico da trama, o ator considera ser “muito importante esta relação que
se cria com o par romântico, com a pessoa com quem contracenamos mais, com a
pessoa com quem temos cenas mais delicadas ou complicadas, acho que
rapidamente percebemos qual era a zona do Tomás e da Fátima e o porquê daquele
fogo e daquela paixão, e estas cenas tornam-se mais fáceis porque nós próprios
também fazemos por isso e depois o resultado sente-se.” No mesmo sentido, Júlia
refere que José, “além de ser um ator incrível e além da sua entrega em
cena, fora de cena está-se a tornar um amigo e isso depois reflete-se na
cena”.
No que diz respeito à sua
personagem, Sofia Alves refere estar “apaixonada” por esta vilã, referindo que “foi
um grande desafio e um reto maravilhoso que o Daniel me fez, eu gosto imenso
destes desafios onde saio da minha zona de conforto, e é sempre arriscar mais,
e é um tipo de papel que me apetecia realmente fazer, e o Daniel parece que
adivinhou isso e, portanto, caiu aqui na perfeição.”. É um desafio que confere
a atriz a “possibilidade de fazer vários tipos de composição dentro de uma
personagem só”, no sentido em que a personagem “não é só má e terrível, é real:
ela ama, ela odeia, ela ri, ela chora, … ela tem uma profundidade e todo um
passado que está envolvido em muito mistério, em muito segredo”, sendo esses
segredos alguns “dos ingredientes-chave nesta produção, há muito mistério,
há muitas coisas que resolver, e nada é o que parece, nem a Carlota é
exatamente aquilo que o publico pensa que ela é.”.
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Sofia Alves refere ainda ser “muito bom trabalhar com a
Carolina, porque ela é uma miúda intensa, é uma miúda que é muito esforçada, é uma
miúda cheia de talento e é muito bom quando trabalhamos olhos nos olhos, a
generosidade dela, a concentração dela, a preparação diária dela e o esforço que
faz.”
O elenco inclui ainda nomes como Ângelo
Rodrigues, João Mota, Custódia Gallego, Carla Andrino, Manuela Couto, Tiago
Teotónio Pereira, Dânia Neto, João Jesus, Fernando Luís, Virgílio Castelo, Ana
Marta Ferreira, Laura Dutra, António Camelier, João Maneira, Maria João Abreu,
Ana Lopes, Vítor Silva Costa, Cristina Homem de Mello, Márcia Breia, Oceana
Basílio, Maria Eduarda Laranjeira, Soraia Chaves, Jorge Corrula, João Carvalho,
Margarida Serrano, Pedro Laginha e Isabela Valadeiro. Os telespectadores
poderão, então, acompanhar toda a trama diariamente na SIC.
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