"Wonder Woman 1984" terá estreia simultânea no cinema e no streaming

Chegou ao fim a novela de adiamentos que acompanhou aquela que é uma das maiores apostas da Warner Bros. para o ano de 2020. Desde março que Wonder Woman 1984, a sequela do primeiro filme protagonizado por Gal Gadot no universo DC, procura um espaço no calendário numa fase menos agressiva da pandemia do novo coronavírus. Quase um ano depois, chegou a hora da gigante de Hollywood bater o martelo e avançar com uma iniciativa inédita que poderá reformular a industria cinematográfica como a conhecemos até agora. A Mulher Maravilha chega dia 25 de dezembro às salas de cinema e ao HBO Max.

«Chegou a hora, em algum momento teríamos de dividir todo amor e alegria e deixar de lado tudo o resto. Nós amamos o nosso filme e amamos os nossos fãs, por isso esperamos que este filme traga alguma alegria e seja um escape nesta época natalícia». Foi com este comunicado que Patty Jenkins, a diretora do projeto e uma das vozes que mais se mostrou contra o lançamento direto de Wonder Woman 1984 no streaming acabou por confirmar os rumores de que com o agravamento da pandemia ao redor do mundo o projeto acabaria por ganhar uma plataforma diferente.

Contudo, a realidade do lançamento digital não será global. De acordo com a mesma publicação da realizadora na Rede Social Twitter e com a revista Variety, em alguns países o filmes chegará pela habitual via dos cinemas, países que sejam abrangidos que a Warner Bros. entende que o risco de contágio não será tão elevado. Não se sabendo, ainda, se Portugal será um deles ou se teremos um lançamento simultâneo do projeto a 100% nos cinemas e no serviço de streaming da HBO Portugal, a plataforma nacional equivalente à HBO Max no nosso país.

A aposta no streaming tem-se revelado, cada vez mais, uma das soluções mais viáveis para apresentar ao público os novos projetos dos grandes estúdios de Hollywood. Depois de atrasar todo o cronograma, também a Disney optou por aproveitar os projetos em carteira para assegurar um maior número de inscritos na sua recente plataforma, o Disney+, que com o atual estado pandémico saiu como a "casa mãe" de Artemis Fowl, do live action de Mulan, e de Soul, a nova aposta da Pixar que será lançado globalmente, também, dia 25 de dezembro em exclusivo. 

Do lado da Warner Bros., a maioria dos enredos que estavam anexos a 2020 também foram reprogramados para 2021, sobretudo depois do lançamento de Tenet nos cinemas. O mais recente filme de Christopher Nolan provou-se um fracasso de bilheteria e será, em breve, uma das apostas do HBO Max, que promete encurtar ainda mais as distâncias do lançamento de filmes no cinema e no streaming depois de Wonder Woman 1984 ser lançado.