ICA revela títulos das primeiras dez produções nacionais para a Netflix
Iniciado em abril, o concurso promovido pelo Instituto do Cinema e do Audiovisual em parceria com o serviço de streaming promete ser a porta de entrada para as primeira obras originais do nosso país chegarem a um dos maiores catálogos do mundo. Entre os vencedores estão sete produções de ficção, podendo tratar-se de filmes ou séries, e três documentários que depois de uma revisão de trabalhos com os executivos da plataforma deverão receber o selo de originais Netflix.
A divulgação de resultados foi divida em duas categorias, coincidindo com a proposta inicial. O primeiro grupo de cinco produções receberá um verba de 25 mil euros para o arranque da produção. Neste leque encontramos Finisterra, projeto de ficção assinado por Guilherme Branquinho e Leone Niel, este último esteve envolvido em várias curtas metragens e na série Sara da RTP, que contou com a direção de Marco Martins. O Chef Jacob é outras das narrativas selecionadas, e conta com João Lacerda Matos, responsável pelas telenovelas Mundo ao Contrário e O Beijo do Escorpião, e Raquel Palermo, que esteve na equipa de A Espia e Filha da Lei, como argumentistas.
André Szankowski, Diretor de Fotografia das longas-metragens Cinzento e Negro, Mistérios de Lisboa e mais recentemente de Variações junta-se a Marcos Castiel e Augusto Fraga para lançar Rabo de Peixe, que deverá ter a ilha dos Açores como pano de fundo. Dinis M. Costa que em 2019 venceu dois galardões do CinEuphoria com a curta-metragem Yellow Country, é a figura por detrás de Victoria, que encerra os produtos de ficção do primeiro grupo de cinco que conta, ainda, com Sofia Pinto Coelho, reconhecida jornalista da SIC, que avança com o desenvolvimento do documentário My Name is Jorge: A Redemption Story.
No segundo conjunto, Alexandre Farto aka Vhils promete expandir para o streaming o seu trabalho com o graffiti que tem colorido o mundo, no documentário Paredes Brancas, Povo Mudo, criado em parceria com André Costa, Catarina Crua e Ricardo Oliveira. This is Not a Kanga encerra a lista de documentários com o apoio do ICA, com João Nuno Pinto, realizador de Mosquito que está disponível na HBO Portugal, Fernanda Polacow e Bruno Morais Cabral envolvidos neste projeto.
Luís Filipe Rocha, nome maior do cinema nacional que assinou os argumentos de Cinzento e Negro ou de A Outra Margem, apresenta Barranco de Cegos, enquanto Luísa Costa Gomes, que neste momento trabalha com Edgar Pêra em The Nothingness Club - Não Sou Nada, assina Paradoxa. A lista de projetos ficção encerra com Cleptocracia de João Brandão.
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