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Fantastic Entrevista | Teresa Caetano


Teresa Caetano é uma apaixonada assumida pela escrita e considera que o faz de forma "simples, clara e acessível", escrevendo sobre grandes emoções. Já editou cinco livros - Não Desistas do Amor, Espreitar a Fama, O Caminho da Felicidade, O Hábito do Amor e O Amor Não é Cego. O Fantastic esteve à conversa com a escritora para falarmos sobre o seu percurso neste mundo.

Como surgiu a paixão pela leitura e pela escrita?
Surgiu na fase da adolescência quando comecei a ler os livros que eram recomendados pelos professores, pois de "obrigação" depressa passou a paixão. Além disso, também escrevia todos os dias o meu diário onde relatava os acontecimentos da minha rotina, acrescentando sempre as emoções que sentira.

Quando é que percebeu que gostaria de publicar o seu primeiro livro? O processo foi demorado? Porquê?
O sonho de publicar um livro vem também da adolescência, mas comecei a pensar seriamente no assunto há 4 anos atrás, pois com o passar do tempo fui percebendo que devemos tentar realizar os nossos sonhos, sem medo de falhar. Tentar já é uma realização. O processo não foi muito demorado, pois assim que escrevi o primeiro romance, pesquisei sobre as alternativas de publicação e arrisquei, sentindo que seria o momento certo.

De que forma procura desenvolver as histórias? Cria primeiro as personagens, pensa nas acções ou tudo tem origem a partir de um espaço? Ou depende da narrativa?
Eu começo por pensar em alguns temas que gostaria de abordar, depois penso nas personagens e, à medida que vou escrevendo, surgem as ações mais específicas e até surgem novos temas que não tinha pensado inicialmente. Gosto muito desse processo criativo.

Em O Caminho da Felicidade, este caminho é abordado através de três perspectivas diferentes: amor, saúde e dinheiro. Qual delas considera que, actualmente, será também a escolha de grande parte das pessoas?
Eu penso que atualmente a saúde será a escolha de grande parte das pessoas. Mas obviamente que também acho que a maioria luta por conciliar as três coisas e esse é o grande desafio.

Qual tem sido, para a Teresa, o caminho da felicidade?
Aproveitar intensamente os momentos bons da vida, ser grata e posso dizer que o caminho da escrita me tem proporcionado muita felicidade.

O envelhecimento leva a que muitas vezes, as pessoas decidam, por vontade própria, optar por viver num lar. Na sua opinião, fazem falta, em Portugal, mais instituições como este “Lar da Felicidade” de que fala a história?
Sim, eu idealizei o lar da felicidade como aquilo que considero o que deveriam ser este tipo de instituições. Tenho a certeza absoluta que teríamos todos uma última fase da vida mais bonita, tranquila e com o respeito merecido.

Na trama, a personagem Luís, já numa idade avançada, redimiu-se de muitos dos seus erros e acções (ou falta delas). Acredita que, no mundo real, essa redenção poderia acontecer, ou as pessoas têm ainda muita dificuldade em admitir os erros, pedir perdão, e mudar de atitude?
Penso que algumas pessoas são capazes disso e serão certamente as que viverão mais em paz consigo mesmas e com a vida. Mas também tenho consciência de que existem outras que não terão essa capacidade, pois acho que ainda há muita dificuldade em lidar com emoções. 

Na sua opinião, o que leva a que as pessoas, tantas vezes, tenham receio de deixar entrar a felicidade nas suas vidas, quando ela surge, apesar de ser o que mais desejam
Acho que a maior dificuldade é, por vezes, perceberem o que as faz verdadeiramente felizes. Nem sempre conseguem reconhecer o que é a sua felicidade e só mais tarde, ao olharem para trás, entendam que afinal era mais simples do que imaginavam.

Temos vivido uma época de incertezas, devido à pandemia que atravessamos. Acredita que a leitura poderá ser uma boa forma de viajarmos para outras realidades e superar esta fase menos boa? Porquê? 
Para mim, qualquer altura é boa para a leitura, pois é algo tão mágico por conseguirmos sentir as emoções através das personagens e viajar naquelas vidas e locais. Mas claro que, nesta fase em particular, pode ajudar a refletir, a divertir, a emocionar, a esquecer alguns problemas ou a identificar-se com eles...ou seja...ajuda a viver.

Para além de escritora, a Teresa tem outra atividade profissional? Como é conciliar as duas? 
Sim, sou professora do 1º ciclo há 17 anos e nem sempre é fácil conciliar, pois gostaria de ter mais tempo para a escrita. Tenho de ser muito regrada para conseguir dar o meu melhor nas duas atividades.

Já tem em mente uma nova história? O que podemos esperar da mesma?
Sim, uma história já está em processo de publicação e a outra estou a começar a escrever. Só posso dizer que ambas falam de emoções que são comuns a todos nós e que o amor, nas suas várias formas, está sempre presente, com o melhor e também o mais difícil que este sentimento nos pode trazer. Escrevo ficção de uma forma muito real, pois gosto que os leitores se consigam rever facilmente nas histórias.

Se lhe pedíssemos para eleger um livro, um álbum de música e um filme, que todos devessem ler, ouvir e ver, quais seriam?
Bom, para além dos meus livros, claro, que num deles até estão escritas letras de músicas e que considero que os três dariam bonitos telefilmes, eu aconselharia a leitura do livro que mais me marcou na adolescência, O amor de Perdição; um álbum de música dou destaque ao Diogo Piçarra que me tem inspirado muito, pois escrevo muitas vezes a ouvir as músicas dele; adorei o filme " Viver depois de ti" pelas fortes emoções que me transmitiu.

Se quiseres ficar a conhecer melhor o trabalho de Teresa Caetano ou adquirir algum dos seus livros, poderás fazê-lo através da sua página oficial no Facebook, em www.facebook.com/Teresa-Caetano-Autora-10390321139788

Fantastic Entrevista - Teresa Caetano
Julho de 2020
Por André Pereira e Marta Segão

Fotografias: Facebook (Teresa Caetano)