Atores Portugueses na Netflix, Sabe Onde Encontrá-los! [PARTE 8]
Nesta edição, a
viagem pelo catálogo vai desde um original da Netflix ao qual pouca gente ficou
indiferente até uma série da NBC que tem distribuição nacional através da
plataforma de streaming. São três atores em destaque nesta oitava edição
que fala sobre séries que têm o crime como pano de fundo. Três atores e as suas
experiências na continuação deste especial Fantastic.
PEPÊ RAPAZOTE
em NARCOS
«Uma
conjugação de astros irrepetível», é desta forma que Pepê Rapazote define a
sua participação numa das séries com maior legião de fãs da Netflix. Estreada
em agosto de 2015, Narcos foi um sucesso de público e crítica e
tornou-se numa das séries originais mais populares da plataforma, com direito a
exibição num canal de televisão dos Estados Unidos da América.
Pablo Escobar e
a sua carreira como narcotraficante que propagou cocaína por toda a américa
através do Cartel Medelín foram transformadas em obra de ficção e chamou a
atenção de todos pelo rigor com que os factos históricos foram trabalhados pela
equipa de produtores onde se inclui José Padilha.
Pepê Rapazote
que já tinha entrado na série Shameless e repetiu o sucesso no elenco
fixo da terceira temporada da história de Narcos até então protagonizada
por Wagner Moura, no papel de José Santacruz Londoño, um barão da droga e
fundador do Cartel de Cáli. «Narcos permitiu-me trabalhar uma personagem como
nunca o tinha feito antes. Pelo tempo disponível para o fazer, pela viagem ao
centro da Colômbia, a Cali, mas à minha infância também», garantiu o ator
em declarações ao Fantastic.
A dar vida a um
homem que de facto existiu, a responsabilidade do papel não parece ter
assustado o ator, que deu corpo ao narcotraficante em nove episódios da
terceira season. «Tudo parece ter contribuído para entrar nesta personagem
maior que a vida que foi o Chepe Santacruz», contou-nos Pepê que já tem em
desenvolvimento dois novos projetos fora das fronteiras nacionais.
Narcos foi
uma coprodução foi desenvolvida pelos Estados Unidos e a Colômbia, e além do
ator português e do elenco maioritariamente brasileiro conta ainda com artistas
da Suécia e do Chile. Na carreira do artista nacional, depois de Narcos, seguiu-se
uma participação no spin-off Narcos: México um ano depois, fazendo de
Pepê o ator português com mais participações em produções originais da Netflix.
PEDRO CARMO e
BENEDITA PEREIRA em BLACKLIST
A vida Raymond
Reddington é uma roda viva de emoções em Blacklist. O plot da
trama acompanha a vida de um criminoso procurado em todo o mundo que decide
render-se ao FBI. A partir daí começa uma trama carregada de espionagem e drama
policial que é uma autêntica corrida entre a autoridade e o mundo do crime.
Da parceria
entre Raymond e a novata Elizabeth Keen surgem algumas das maiores detenções do
FBI, que podemos acompanhar ao longo dos capítulos das sete temporadas,
disponíveis até agora. Original do canal americano NBC, Blacklist reúne
um elenco de luxo, com o qual contracenam dois atores nacionais.
Benedita Pereira
foi uma das artistas do nosso país a embarcar nesta aventura, e apesar de ter
sido «uma coisa mais pequena», a intérprete não deixa passar a sua
experiência em branco. «Foi gratificante por contracenar com o maravilhoso
James Spader e poder usar outro sotaque (francês)», refere ao Fantastic
a atriz que integrou o elenco adicional do episódio 19 da quarta temporada da
série.
Mas além da
contracena com o protagonista da série, Benedita também destaca o impacto
financeiro que este tipo de produções tem. «Deu para perceber muita
diferenças, muitas delas relacionadas com budget, entre as nossas produções
televisivas e as americanas», garante Benedita que recentemente somou mais
uma internacionalização ao seu currículo no filme I Hate The Man In My
Basement, escrito e dirigido pelo americano Dustin Cook.
Pedro Carmo
também marcou presença na série. Na pele de Rossi, um italiano especialista em
fragrâncias, o ator integrou o episódio 14 da season que está atualmente em
exibição nos Estados Unidos. Ao nosso site o interprete que atualmente não vive
no nosso país destaca que no mercado estrangeiro «não é nada fácil ser
selecionado para séries desta projeção».
Tal como
Benedita, o ator destaca James Spader revelando-nos alguns pormenores da
contracena de ambos. «Foi surpreendente pois ele é um profissional bastante
aberto ao momento que se esta a trabalhar permitindo uma interação real com a
contracena. Algo raro a este nível». Mas não deixa de fora a equipa de
produção deste projeto: «O personagem que interpretei deu-me a liberdade
para criar algo que normalmente não faço - um personagem mais excêntrico - como
também e de alguma forma a composição física do personagem passou pelas minhas
sugestões concertadas com o guarda-roupa. E este aspeto raramente acontece em
produções desta dimensão com personagens cuja participação não é contínua na
serie. Deste modo, foi de facto muito especial para mim», confirma-nos
Pedro Carmo que já tem no seu percurso séries de sucesso como Evil ou Person
of Interest, e por cá foi um dos cabeças de cartaz de Teorias da
Conspiração da RTP.
Apesar de não se
tratar de um original da Netflix, o serviço de streaming assegurou a
distribuição nacional da série, lançando os novos episódios com poucos dias de
diferença da sua emissão original pela NBC.
Para a semana
falamos sobre Marvel, com o primeiro português a integrar um projeto da marca
de super-heróis com maior número de seguidores do mundo. Vamos à época medieval
para saber mais sobre Vikings, paramos em França para contarmos como foi a
experiência de Benedita Pereira em Versailles e voltamos às estreias com uma
produção que vai contar com dois atores portugueses no elenco principal.
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