Cinema em Doses Curtas | O Mal e a Aldeia
O Mal e a Aldeia é
a sugestão que o Fantastic apresenta neste Cinema em Doses Curtas. Esta
tragicomédia realizada por Diogo Lima e David Serôdio, conta-nos a história de
Rosa (Júlia Belard) e Pedro (Miguel Nunes), um casal de apaixonados, cuja vida
é abalada pelos habitantes de Carrascos.
A história começa quando Pedro visita a sua amada Rosa e Pilar (Custódia
Gallego), uma das velhas coscuvilheiras da aldeia, lança o boato de que a jovem
está grávida. A partir daqui, os rumores vão passando de boca em boca, até
chegarem a José Fontes (Bruno Rossi), o pai de Rosa, que não reage bem a esta
informação.
Assiste à curta-metragem na íntegra:
O Mal e a Aldeia: Análise do Filme
Composta por um elenco que varia entre caras consagradas e jovens atores, O
Mal e a Aldeia é uma comédia portuguesa que pode ser considerada um
retrato caricaturado de muitas aldeias do nosso país. O trabalho de construção
das personagens e o ritmo dado à história são os dois pontos principais deste
filme.
A realização é competente, mas o trabalho de direção de arte de Joana Rocha ganha especial destaque, pela forma como todo o ambiente visual caracteriza tão bem as histórias e as gentes do nosso país. As cores quentes, o espaços decorados como nas festas típicas de aldeia e o contraste com as roupas escuras das velhas viúvas que julgam saber tudo sobre os vizinhos, fazem com que todos os pormenores de O Mal e a Aldeia sejam apreciados de uma forma cuidada.
Destaque
ainda para os planos em que alguns populares participam,
como não atores, trazendo à história o lado realista e natural da ideia
de
pequena aldeia. Aqui, a estrutura fílmica é desconstruída e a última
cena da curta termina, inclusivamente, com o “desmanchar” de Custódia
Gallego, quando vemos a
personagem Pilar a “regressar ao mundo dos vivos”.
Seria impossível não referir a banda sonora, tão característica em O Mal e a Aldeia e que, mais do que um complemento, acaba por se tornar num elemento da narrativa, introduzindo ainda mais ritmo à mesma - sobre tudo na sequência final.
Seria impossível não referir a banda sonora, tão característica em O Mal e a Aldeia e que, mais do que um complemento, acaba por se tornar num elemento da narrativa, introduzindo ainda mais ritmo à mesma - sobre tudo na sequência final.
Por André Pereira
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