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Espaço Aberto #4 | "A arte do M(a)estro André!"


Espaço Aberto
Edição 3 - A Arte do M(a)estro  André
Uma crónica de José da Xã

Nota prévia: a música é, quiçá, a única arte que todo o ser humano entende! A ideia é feliz! Criar uma orquestra para divertir o público parece-me um conceito diferente do que normalmente estamos habituados.

Uma orquestra sinfónica típica apresenta-se em grandes salas, dirigidas por maestros de renome, tocam umas músicas de forma fantástica, apresentam uns cantores líricos soberbos, o público aplaude e depois… Fica a sensação de ter sido só mais um concerto!


Com André Rieu as pessoas presentes divertem-se! Isso é uma constatação, um facto, uma realidade.
Ontem o antigo pavilhão Atlântico, hoje com outro nome bem diferente e menos apelativo, estava repleto… Diria mesmo que estaria esgotado.

Às 20 horas, 29 minutos e 50 segundos iniciou-se uma contagem decrescente nos painéis que ladeavam o palco. À hora prevista iniciou-se o espectáculo com o Maestro e respectiva orquestra a surgiram da plateia.

André Rieu é um mestre no charme e cativou a generalidade do público logo de início. Humor, simpatia e qualidade musical são as três componentes basilares para o sucesso que o holandês vai naturalmente apresentando pelos diversos palcos mundiais.


Muitos temas conhecidos, diversos instrumentistas, uma voz soprano muito potente, um coro à altura e um maestro sempre na vanguarda das palavras. Algumas mensagens (pena foi que a tradutora presente falhasse no sentido de algumas frases!) e um profissionalismo acima de qualquer suspeita.
Eram 23 e 20 quando o Maestro disse adeus a Lisboa por este ano, após uma série de “encores” onde tocou, entre outras, algumas músicas de Natal e a popular canção “Na loja do mestre André” associando os instrumentos respectivos.

Um espectáculo de boa música, miríades de cores, muita luz, humor a rodos e uma competência no trabalho apresentado. Nada fica ao acaso…

Referência especial para a média de idades dos espectadores presentes que assumidamente estaria muito acima do meio século. E agora… até para o ano!

Texto e fotos: José da Xã