Fantastic Entrevista | Paulo Sousa
Nesta edição do Fantastic Entrevista, estamos à conversa com
Paulo Sousa, um cantor que começou por fazer covers para o Youtube, tendo mais
tarde passado pelo "Fator X" e pela 6ª edição do “Ídolos” da SIC,
onde foi finalista. Aos 25 anos, lançou o primeiro álbum de originais,
"Teu", que teve entrada direta no primeiro lugar do top de vendas
nacional.
Foi Youtuber no Ano na categoria de Música, deu voz ao hino do MEO Sudoeste e foi também nomeado para os Kid’s Choice Awards’17 da Nickelodeon. Natural de Viseu, viveu sempre no distrito de Coimbra, tendo começado com aulas de músicas desde os 4 anos. Tirou a Licenciatura em Educação Básica e o Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
Foi Youtuber no Ano na categoria de Música, deu voz ao hino do MEO Sudoeste e foi também nomeado para os Kid’s Choice Awards’17 da Nickelodeon. Natural de Viseu, viveu sempre no distrito de Coimbra, tendo começado com aulas de músicas desde os 4 anos. Tirou a Licenciatura em Educação Básica e o Mestrado em Educação Pré-Escolar e Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico.
És natural de Coimbra. Sentes que isso dificultou o teu
processo para te afirmares como cantor em Portugal?
Sou natural de Viseu mas vivo em Coimbra. Acho que hoje em dia já nada se deixa de
fazer por estarmos fora das metrópoles. É certo que os grande pólos da media
estão em Lisboa mas em 2h está-se lá e nada me tira o meu cantinho!
Participaste no Fator X e nos Ídolos, e foram de certeza
experiências diferentes para ti no sentido em que, no primeiro programa fazias
parte de um grupo, e no segundo cantavas a solo. Em qual dos dois sentes que
aprendeste mais?
Se, por um lado, o Factor X foi a minha primeira grande
experiência televisiva, onde aprendi e dei os primeiros passos nesse Mundo, por
outro, tinha outra maturidade e tive outro nível de projeção no Ídolos, por ter
estado a solo! Portanto... aprendi nos dois, sem dúvida, por diferentes razões!
Achas que o facto de teres participado em programas de
televisão facilitou ou dificultou o teu percurso na música?
Eu sinto que aproveitei bem a "onda" do programa
e, antes que me esquecessem, comecei logo a trabalhar. A única dificuldade -
que não é bem um problema, porque não acho os programas televisivos de talentos
menos meritórios ou dignos - foi desvincular-me do programa, isto é, deixar de
ser o "rapaz finalista do Ídolos" em vez de "Paulo Sousa".
Achas que o Youtube foi o teu grande impulsionador para conseguires
um lugar na música?
Totalmente! Devo tudo a esta plataforma. Comecei há quase 10
anos e foram as pessoas que me seguiam que me motivaram a dar passos que jamais
pensaria serem possíveis. Pensava que ia ser professor de 1.º ciclo para
sempre!
Já ganhaste algumas vezes alguns prémios no Youtube, como
por exemplo “Youtuber do Ano” na categoria de música. Que impacto teve para ti?
A categoria de música, mais propriamente dentro da categoria
dos covers, em Portugal, é muito difícil. Nem sempre as pessoas estão
disponíveis para ouvir uma música que não conhecem. Mas estão sempre
disponíveis para rir, por exemplo! Foi, de facto, uma honra receber esse
prémio. Acaba por ser um reconhecimento do nosso trabalho e um lembrete do
valor daquilo que fazemos.
Tens investido muito na música ultimamente. No entanto,
sabemos que tiraste o curso de Educação Básica. Porquê?
Desde que me lembro que quero ser professor, provavelmente
porque os meus pais também o são e tenho imensos familiares que são também! Acho
que a paixão passou para mim!
Como foi para ti ver grande parte dos teus singles a fazer
parte de bandas sonoras de telenovelas?
Surreal. Ainda hoje sinto ser especial e não me canso da
sensação de saber que a minha música entra na casa de centenas de milhares de
pessoas todos os dias.
Lançaste recentemente o “Sou Pra Ti”. Fala-me um pouco desse
trabalho.
Passou mais de um ano desde que lancei alguma coisa "cá
para fora". E, na realidade, tinha medo que se tivessem esquecido de mim.
Mas fui bem surpreendido! Está a correr super bem no Youtube e restantes
plataformas, entrou na RFM e o feedback está a ser ótimo!
O que é que pretendes que as pessoas sintam quando te estão
a ouvir a cantar esta música?
A música fala daqueles amores que não correram muito bem mas
que estão sempre a voltar à nossa cabeça, que nos estão sempre a deitar abaixo.
E o refrão acaba por ser quase como um hino aos nossos amigos, para nos
lembrarem de quem somos e daquilo que valemos, para não voltarmos a cair no
mesmo erro.
Quais são as tuas principais influências musicais?
Ui, imensas! Sinto que absorvo um bocadinho de cada um
deles! Jessie J, Beyonce, Sam Smith, Ed Sheeran, Shawn Mendes, Michael Bublé,
Billie Eilish, entre tantos outros!
Quais são as principais dificuldades que tens sentido em
afirmar-te no mundo da música em Portugal?
Não as vejo como dificuldades mas como prémios a serem
conquistados. E, aos poucos, trabalharei para os alcançar.
Que conselho dás a pessoas que queiram enveredar por uma
carreira na música?
Sigam em frente! Não desistam. Experimentem. Errem. Voltem a
tentar. A hora chegará.
Com que artista português gostarias de colaborar e porquê? E se pudesses abrir um concerto para um qualquer artista internacional, quem escolhias?
Diogo Piçarra e Carolina Deslandes seriam assim grandes sonhos concretizados, pelo percurso, talento, humildade e profissionalismo deles. Quanto à pergunta do concerto... já que é para escolher, escolho em grande: Beyoncé.
Se pudesses escolher apenas um livro, uma música e um filme,
quais escolherias? E porquê?
Não consigo escolher porque sempre li muito, amo música,
vejo centenas de filmes e julgo que ia estar a ser injusto com imensas
experiências e sensações que eles já me deram!
Até onde gostavas que a música te levasse?
O que gostava era que, se daqui a uns anos voltarmos a ter
esta entrevista, eu continue a dizer que é por causa e pela música.
Estás a preparar algum projeto novo que possas partilhar com
os nossos leitores?
Sim mas shhhhiiiu!
Fantastic Entrevista - Paulo Sousa
Por Joana Sousa
Agosto de 2019
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