Fantastic Entrevista - Faell Rabelo
1. Como se iniciou o teu percurso na Dança?
Iniciei no ano de 2004 praticando danças populares Brasileiras. Eu tinha treze anos de idade e tudo não passava de uma diversão, mal sabia que ali se iniciava uma trajetória de sonho.
2. Quando começaste a dançar Folclore Árabe?
Por intermédio das danças populares Brasileiras conheci uma escola de uma família Libanesa. Em uma ocasião por acaso, assisti um ensaio de mais ou menos dez homens dançando Dabke, fiquei extasiado vendo aqueles movimentos fortes e precisos, logo queria saber mais sobre aquela dança. Em poucos dias eu já estava ingressado na companhia e a cada dia mais interessado em me aprofundar nas pesquisas e estudos.
3. Para uma bailarina de Dança Oriental, qual é a importância de estudar o Folclore Árabe?
Para mim a ordem cronológica seria primeiro o estudo dos folclores e depois o bellydance, mas devido a meios de comunicação como divulgações, programas de Tv, telenovelas é mais natural que a pessoa se interesse pelo bellydance e não pelo folclore. Mas para uma melhor construção e compreensão dos movimentos é importante saber de onde vem, quais as características culturais e geográficas dos povos que executavam estes movimentos, e isso você só consegue com o estudo do folclore.
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4. Quais as tuas maiores influências artísticas?
A cada etapa da minha carreira eu tive influências dentro da dança e estas influências me ajudaram a crescer e a sempre querer mais. E além disso sou muito grato por ter grandes amigos artistas por perto que me inspiram diariamente com sua arte e respeito à cultura. No folclore, desde que comecei até os dias de hoje sempre me inspirei no gênio Mahmoud Reda, mas neste momento da minha carreira em especial me inspiro no grande bailarino Mohamed Kazafy pela sua dança, história e trajetória de vida.
5. Tens um grupo no Brasil, o Grupo 1001 Noites, que dança em vários eventos privados por todo o Brasil. Como começou este grupo?
O grupo 1001 Noites é um dos pioneiros em executar o tradicional cortejo em eventos sociais para a comunidade árabe aqui no Brasil, são anos dedicados a esta arte que é levada da forma mais séria e profissional possível. Em 2013 fui apresentado por um amigo ao Raymound Bourdoukan, criador do grupo 1001 Noites que me fez o convite, e até os dias de hoje tenho a honra de fazer parte.
6. Em 2017, o teu Grupo 1001 Noites venceu o World Lebanese Dabke Championship, no Líbano. Como surgiu a ideia de participar neste concurso e como foi esta experiência?
O convite foi feito diretamente para o Raymound e a partir da confirmação começamos a trabalhar duro para levar o melhor do nosso grupo ao Líbano. Foi uma experiência única e incrível, vencemos e este resultado foi graças ao esforço de cada um dos integrantes.
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7. Como bailarino que participou neste competição e que costuma ser jurado em alguns concursos, qual é a tua opinião sobre os concursos nos festivais de Dança Oriental?
Para mim o que vale mais a pena em uma competição é a dedicação e foco para conseguir mostrar um trabalho de primeira colocação. A competição te obriga a estudar mais, se cobrar mais e isso ajuda muito na construção d@ bailarin@ mesmo que de forma espontânea.
8. Em Julho irás estar em Portugal a ensinar Saidi, Melaya Laaf, Street Shaabi e Dabke em Guimarães e em Lisboa (organização da Catarina Nivalova e Cris Aysel, respectivamente). Como surgiu este convite?
Conheci estas duas incríveis bailarinas neste ano no grande festival Egipto en Barcelona, da minha querida Munique Neith. O convite foi feito logo após do festival e com certeza será uma experiência incrível.
9. Podes falar-nos um pouco sobre estes workshops que irás dar em Portugal?
São aulas onde abordo toda a parte histórica/cultural e movimentações de acordo com o tema proposto. Em minhas aulas tento unir o teórico e prático para um entendimento perfeito sobre o tema abordado.
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10. Qual é a tua opinião sobre Portugal?
Estou ansioso por estar pela primeira vez em Portugal, com certeza será uma experiência única estar e compartilhar um pouco da minha visão sobre o folclore árabe. Sempre tive muita vontade de conhecer este país e conhecer de perto o trabalho incrível dos artistas que ali vivem.
11. Que dicas dás às bailarinas que estão a surgir e que querem seguir a Dança Oriental de forma profissional?
Persistam, foquem em seus objetivos. Estudem, compartilhem e aproveitem cada momento desta carreira de sonho.
12. Se te pedisse para nomeares um livro, uma peça de dança e uma música que aches que toda a gente precise de ler, ver e ouvir, quais seriam? E porque é que os escolherias?
Qualquer peça ou filme da Reda Troupe ainda dirigida pelo gênio Mahmoud Reda. Quanto à música não consigo eleger uma.
13. O que é que ainda gostavas de alcançar na tua carreira?
13. O que é que ainda gostavas de alcançar na tua carreira?
Eu sempre tive o sonho de alcançar todas as pessoas deste mundo com a minha arte e estou trabalhando muito para que este dia chegue.
Fantastic Entrevista - Faell Rabelo
Por Rita Pereira
Julho 2019
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