COMING UP | Detective Pikachu
Atenção! Este é
o filme para crianças que promete abraçar a nostalgia de qualquer adulto piegas
que tenha crescido nos anos 90 com as histórias de Ash Ketchum. Quem nunca quis
viver num mundo rodeado de Pokémons? Esta longa é o mais próximo que vamos ter
desse sonho e mais uma vez volta a mostrar que os franchises juvenis são o
lugar certo da Time Warner.
Vamos começar
pelo óbvio, Pikachu é o protagonista da história. O título já o adianta e esta
é a escolha mais lógica para mostrar conexão com a franquia original. O pequeno
monstro amarelo é a representação de toda a história que envolve Pokémon, e até
um leigo em matéria consegue perceber do que se trata só por encarar o
personagem. Contudo, diferente dos desenhos animados, Psyduck é o coadjuvante
da vez. Se no anime este bicho
aquático é apenas um número na Pokédex, no filme é um ativo que consegue
despertar gargalhadas. O corte com a história que já vimos tornou tudo bem mais
interessante, deixando as referências como
fan services e apontando as pokebolas para um novo universo.
Pallet Town cede
lugar a Nova York, mais especificamente à cidade de Ryme, onde o foco não são
as lutas nem as capturas e os humanos convivem e trabalham com os seus colegas “animais”
para manter a harmonia. Tim Goodman, um jovem que não tem nenhum parceiro,
chega àquele lugar para prestar homenagem ao seu pai que morreu ao serviço da
polícia no meio de uma investigação. E é aí que o plot se expande para lá do universo de Charmander, Squirtle,
Bulbasur e companhia. O jovem de 21 anos esbarra com uma jornalista estagiária
cheia de perguntas sobre a morte do seu progenitor e logo em seguida com um
Pikachu bem diferente do habitual. Além de ter um chapéu fora do vulgar, ele consegue
falar com Tim, levando o rapaz à loucura.
Ryan Reynolds
empresta a voz à criatura e com ele vem o humor característico do ator, com
piadas no ponto que conseguem atravessar o público do mais novo ao mais velho
sem se exceder. Não é evasivo, é o alívio certo para não deixar que todo o peso
da morte de um personagem afete a alegria de uma criança que vá ao cinema por
ser fã da franquia. Inicialmente é estranho encarar aquele tipo de atitudes no
Pikachu, mas é a própria narrativa obrigar-nos a repensar que aquilo não é a
história que já todos vimos na SIC vezes sem conta. É outro argumento, outro Pikachu,
outra realidade.
A produtora do projeto
é a mesma responsável pelo universo da DC nos cinemas, pela forma como nos
apaixonamos por Harry Potter, pelos old school Scooby-Doo ou da comédia The
Hangover. Com provas mais que dadas dentro dos vários géneros que a que produto
pretende chegar, Detective Pikachu é
mais um nome na lista de sucessos da Warner. Provavelmente este é uma das
melhores definições de Live Action,
excluindo, claro, a Disney da equação. Dentro do anime, a adaptação vem dar um novo sumo a uma marca que nunca parou
de conquistar seguidores com efeitos visuais bem apurados embrulhado num enredo
que é muito mais do que uma história de Pokémon, consegue manter um equilíbrio entre
a sua premissa principal e mostrar a interação que os fãs desejavam ver.
No final, o
saldo é bem positivo e surpreendente. Há Pokémons da primeira à quinta geração,
há uma narrativa bem trabalhada com plot
twists que convencem. Há uma moral por detrás de tudo. É um primeiro passo
bem positivo nesta aventura, venha o próximo!
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