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Fantastic elege os 10 melhores filmes de 2018


O ano de 2018 chegou ao fim e o Fantastic fez um balanço dos melhores filmes estreados nas salas de cinema em Portugal. Das várias películas que passaram pelo grande ecrã do nosso país, destacamos dez que consideramos serem as melhores do ano.

Sendo impossível reunir numa só lista todos os bons filmes estreados em 2018, esta foi a selecção da equipa do Fantastic. Conhece a nossa lista, sem ordem de preferências, da qual fazem parte obras cinematográficas vindas dos EUA, França e Portugal.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
Linha Fantasma, de Paul Thomas Anderson

Nomeado para seis Óscares, o filme de Paul Thomas Anderson acabou por levar para casa apenas um, o de Melhor Guarda-Roupa. Ainda assim, este filme de época sobre o mundo da alta-costura inglesa destaca-se pelo seu rigor técnico e narrativo.

A história passa-se em Londres, na década de 1950. Reynolds Woodcock é um estilista conceituado que trabalha em parceria com Cyril, sua irmã, a criar roupas para alguns membros da elite e realeza britânica. Apesar de habituado a viver rodeado por mulheres belíssimas, Reynolds nunca se entregou a ninguém. Mas a sua vida muda quando conhece Alma, uma jovem empregada de balcão que se torna sua amante e principal fonte de inspiração.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
Três Cartazes à Beira da Estrada, de Martin McDonagh

Aclamado pela crítica, o filme venceu dois Óscares, nas categorias de Melhor Actriz Principal (Frances McDormand) e Melhor Actor Secundário (Sam Rockwell,).  E é o elenco excepcional que se destaca em Três Cartazes à Beira da Estrada, uma comédia negra escrita também de forma sublime pelo próprio realizador, Martin McDonagh.

O filme começa sete meses depois do brutal assassinato de Angela, a filha adolescente de Mildred Hayes. Inconformada com a actuação das autoridades, que parecem pouco empenhadas em encontrar o culpado, Mildred resolve chamar a atenção para o caso alugando três cartazes à entrada da cidade de Ebbing, no estado norte-americano do Missuri. As frases que publica em cada um questionam directamente a competência de William Willoughby, o chefe de polícia. Essa atitude vai desencadear uma espiral de violência na cidade, com a polícia a querer demonstrar a falsidades das acusações e Mildred a tentar a todo o custo que seja feita justiça.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)

Chama-me Pelo Teu Nome, de Luca Guadagnino
Escrito por James Ivory e realizado po Luca Guadagnino, estefilme dramático sobre o amor e a 
descoberta da sexualidade é, sem dúvida, um dos grandes destaques do ano. Chama-me Pelo Teu Nome inspira-se na obra com o mesmo nome escrita pelo italiano André Aciman e estreou no Festival de Cinema de Sundance. Timothée Chalamet, Armie Hammer, Michael Stuhlbarg, Amira Casar, Esther Garrel e Victoire Du Bois dão vida às personagens principais.

A narrativa desenrola-se no Verão de 1983. Elio, de 17 anos, vive com a família em Itália, numa bela mansão do século XVII. O pai, um professor de arqueologia de renome, convida Oliver, um norte-americano de 24 anos, a passar alguns meses em sua casa, para o ajudar num projecto. Extraordinariamente inteligente, culto e educado, Elio é também um rapaz tímido e pouco preparado para a vida, que pouco tem em comum com a personalidade exuberante de Oliver. Apesar disso, à medida que o tempo vai passando e se vão conhecendo mais profundamente, uma atracção difícil de ignorar surge entre os dois.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
A Forma da Água, de Guillermo Del Toro

Nomeado para treze Óscares, o filme de Guillermo Del Toro levou para casa quatro, sendo dois deles os mais desejados: Melhor Filme e Melhor Realizador. A Forma da Água foi ainda distinguido com o Leão de Ouro no Festival de Cinema de Veneza e dois Globos de Ouros nas categorias de Melhor Filme e Banda Sonora, entre muitos outros prémios.

A narrativa desenrola-se no início da década de 1960. Elisa Esposito é uma rapariga muda que trabalha como funcionária de limpeza num laboratório de segurança máxima em Baltimore, EUA. A sua vida altera-se quando ali chega um humanóide anfíbio capturado nos mares da América do Sul que é mantido em cativeiro e usado em vários testes laboratoriais. Com o passar do tempo, Elisa começa a afeiçoar-se a ele e entre os dois surge algo muito parecido com amor. Quando os cientistas decidem usá-lo como cobaia num programa espacial, ela resolve salvá-lo. Para isso, terá a ajuda de Zelda e Giles, os seus mais fiéis amigos.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
Assim Nasce uma Estrela, de Bradley Cooper
Bradley Cooper estreia-se como realizador nesta que é o remake do filme homónimo de 1937. A quarta versão do original realizado por William A. Wellman surpreendeu o público e a crítica, destacando-se as interpretações do também realizador e de Lady Gaga. Para além da componente dramática, também a música é um dos pontos fortes de Assim Nasce Uma Estrela.

O filme segue a história de Ally e Jackson, protagonistas da trama. Apesar de sobreviver à custa de um ordenado miserável como empregada de mesa, Ally nunca abandonou o sonho de se tornar uma estrela. Um dia, conhece Jackson Maine, um cantor consagrado com tendências autodestrutivas que reconhece o seu talento musical e resolve ajudá-la. Os dois apaixonam-se e vivem uma grande história de amor. Mas, ao mesmo tempo que ela começa a atingir o estrelato e a emocionar multidões, Maine torna-se vítima da implacável máquina que tem o poder de criar e destruir vedetas. Dominado pelo vício do álcool e drogas, Jackson inicia uma verdadeira descida aos infernos, deixando marcas profundas no seu relacionamento com Ally.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
Roma, de Alfonso Cuarón

Foi  o vencedor do Leão de Ouro na 75.ª edição do Festival de cinema de Veneza e trata-se de um filme autobiográfico filmado a preto e branco que recria uma época conturbada da História do México e uma fase importante da infância de Alfonso Cuarón. O realizador de Roma acumula, ainda, a fotografia e montagem. Num dos filmes mais surpreedentes do ano, a produção da Netflix chegou às salas de cinema e conta com um elenco composto por Yalitza Aparicio, Marina de Tavira, Diego Cortina Autrey, Carlos Peralta, Nancy García García , Marco Graf, Daniela Demesa e Jorge Antonio Guerrero.

Na história, que decorre na década de 1970, Cleo, de origem indígena, é empregada em casa de António e da sua esposa Sofia. Para além da responsabilidades domésticas, ela tem a seu cargo as quatro crianças do casal. Cleo é a primeira a levantar-se para acordar as crianças, alimentá-las e levá-las à escola e também a última a deitar-se depois de deixar tudo em ordem para o novo dia. Enquanto isso, o casamento está em ruptura e o país em mudança.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
Pedro e Inês, de António Ferreira

Realizada por António Ferreira, esta é uma nova versão da intemporal história de amor de Pedro e Inês. Diogo Amaral, Joana De Verona e Vera Kolodzig são os protagonistas deste filme que resulta da adaptação do romance "A Trança de Inês", de Rosa Lobato de Faria, que, por sua vez, se inspira na trágica história de amor entre o rei D. Pedro (1320-1367) e Inês de Castro, rainha póstuma de Portugal. 

O filme foi selecionado para competir no Festival Internacional de Cinema de Montreal (Canadá) e apresentado na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo (Brasil). Esta conhecida história de amor é, agora, contada em três versões e séculos distintos: no passado, no presente e no futuro. Pedro e Inês reencontram-se através dos tempos, uma e outra vez. Mas, quaisquer que sejam as circunstâncias e a época em que vivam, o seu amor é impossível.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
The Florida Project, de Sean Baker

Estreado no Festival de Cinema de Cannes, este filme dramático escrito e realizado por Sean Baker conta com Brooklynn Prince, Christopher Rivera, Valeria Cotto, Aiden Malik, Bria Vinaite e Willem Dafoe nos papéis principais. The Florida Project destaca-se pela dureza e verdade que conseguimos ver, numa história onde as crianças protagonistas estão magistralmente bem dirigidas.

No filme, Moonee tem seis anos e vive com Halley, a mãe, num motel de beira de estrada próximo do parque da Walt Disney. Ela é alegre e inteligente e os seus dias são passados a brincar com as crianças que ali habitam; já Halley é uma jovem inconsequente que sobrevive graças a subsídios estatais e alguns biscates mais ou menos legais. Mas é Bobby, o gerente, quem vai garantindo a segurança necessária àquele pequeno grupo de crianças, que o olham como se de um verdadeiro pai se tratasse.

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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
Bohemian Rhapsody, de Bryan Singer 

Embora a crítica não seja unânime, Bohemian Rapsody acabou por se destacar como um dos filmes mais bem conseguidos do ano. A realização é de Bryan Singer - embora o realizador tenha abandonado o projeto a meio das rodagens,  sendo substituído pelo não-creditado Dexter Fletcher. Rami Malek é o protagonista e é o grande destaque do elenco, um papel que certamente lhe valerá uma série de nomeações para os principais prémios de cinema do ano.

Este é um filme autobiográfico sobre os Queen, uma das maiores bandas de rock de sempre. Apesar de ter Freddie Mercury como foco principal, é mostrada a amizade entre os seus elementos e as circunstâncias que os tornaram verdadeiros ícones do panorama musical da época. Um desses momentos cruciais acontece no concerto Live Aid, realizado no Estádio de Wembley (Londres), a 13 de Julho de 1985, onde Mercury - recebendo a ovação de uma plateia de quase 80 mil pessoas e vários milhões de espectadores em mais de 100 países -, abriu o espectáculo com "Bohemian Rhapsody". 


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Foto: Divulgação (Direitos Reservados)
Não Deixeis Cair Em Tentação, de Cedric Kahn

Com realização do francês Cédric Kahn, Não Deixeis Cair em Tentação é um drama forte e, possivelmente, um dos grandes destaques do cinema francês contemporâneo. Segundo um argumento seu, de Fanny Burdino, Samuel Doux e Aude Walker, este filme conta com interpretações de Anthony Bajon, Damien Chapelle, Alex Brendemühl, Louise Grinberg e Hanna Schygulla. 

Depois de quase morrer de "overdose", Thomas percebe que é chegado o momento de mudar de vida. É assim que concorda em participar num programa de reabilitação para jovens toxicodependentes localizado numa zona isolada nas montanhas. Ali, sem qualquer medicação ou tratamento médico que o ajude a enfrentar a abstinência, tem de seguir três regras fundamentais: disciplina, trabalho e oração. Apesar de, a princípio, se sentir revoltado com as estritas normas da instituição, Thomas acaba por encontrar naquele lugar a tranquilidade e pacificação de que necessitava.