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Segunda Opinião - Cosido À Mão


Depois dos cantores, dos dançarinos, dos cozinheiros, dos pasteleiros, dos acrobatas ou dos mágicos, chegou a vez de encontrar os melhores costureiros de Portugal. Cosido à Mão estreou na RTP e é a nova aposta da estação aos sábados à noite.

Apresentado por Sónia Araújo, o concurso é produzido por Shine Iberia e aproxima-se de um formato internacionalmente conhecido – Project Runway. Mas, ao contrário do que acontece no concurso apresentado por Hedi Klum – e que teve uma versão portuguesa, na RTP1, em 2010 – os concorrentes não são aspirantes a designers de moda e sim a costureiros.

Este será, possivelmente, o primeiro grande desafio de Sónia Araújo na apresentação a solo. Depois de anos a dar a cara pela Praça da Alegria, ao lado de Jorge Gabriel, e com inúmeras participações em formatos da RTP, Sónia Araújo conduz agora Cosido à Mão de uma forma segura. A apresentadora prova porque é uma das caras mais populares da estação e é uma lufada de ar fresco vê-la num registo diferente do habitual.

Tal como é habitual em formatos do género, o carisma dos concorrentes é um dos pontos fortes do sucesso. E o lote de participantes do Cosido à Mão parece ter sido realmente bem escolhido. Os concorrentes são bastante diferentes, vêm de diversas localidades e as faixas etárias são também variadas. Uma mistura interessante, que promete dar muito que falar nas próximas semanas.

Os jurados do programa, Susana Agostinho e Paulo Battista, são uma surpresa. Se para ser um bom concorrente é preciso espírito competitivo e carisma, para ser jurado também é essencial ter uma presença forte num formato como este. Desconhecidos do grande público televisivo, Susana e Paulo mostraram-se à vontade, com as dicas e avaliações certas e uma postura adequada a cada situação.

A produção está também de parabéns. Numa altura em que a Shine Iberia é responsável por formatos pré-gravados como Masterchef, The Voice Portugal ou Best Bakery, o Cosido à Mão surge para provar a versatilidade desta produtora. Bom ritmo de montagem, realização também bem conseguida. Um formato que mistura a arte e o entretenimento, de uma forma dinâmica – com os seus pequenos momentos de humor muito bem conseguidos.

O primeiro programa conseguiu valores superiores ao antecessor Impossível e melhores do que as apostas anteriores no horário. Em média, 487 200 espetadores acompanharam o primeiro Cosido à Mão, atingindo 5.0% de audiência e 11.4% - curiosamente, não muito longe de Biggest Deal, emitido no mesmo dia, na RTP1. 

Embora sejam números modestos, o formato tem tudo para crescer um pouco e manter seguras as noites de sábado para a estação pública – que deverão continuar, ainda assim, a ser lideradas pelas novelas da concorrência.

Segunda Opinião - 103ª Edição 
Uma rubrica em parceria com o
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