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Segunda Opinião | Sociedade Recreativa


Passado mais de um ano de emissões, o balanço não parece muito positivo. O Sociedade Recreativa perdeu-se e passa agora despercebido pelo público.

No dia 1 de novembro de 2015, a estação pública estreou o seu novo magazine de domingo à tarde, que veio substituir o Só Visto!. O final do formato causou muita indignação na altura.

A nova direção do canal decidiu pôr fim ao Só Visto! para criar um magazine cujo o nome mostrasse mais o trabalho de equipa e a interação das pessoas. Com estes requisitos nasceu o Sociedade Recreativa, que simboliza o sitio onde antigamente todos se encontravam no final do trabalho.

Esta é a única razão que levou ao fim do Só Visto!, uma vez que o programa obtinha resultados bastantes positivos - que rondavam os 14% de share - e até se chegou a aproximar da liderança. Esta foi das primeiras decisões da nova equipa do canal público.

A alteração limitou-se a criar um novo nome para o formato, mudar dois repórteres e arranjar novos grafismos. Tudo o resto ficou igual. Sílvia Alberto continuou no comando, o conceito não se alterou e as rubricas mantiveram-se (apenas com mudanças nos nomes).

Os espectadores não gostaram das alterações, criticando o novo logotipo e o nome do programa. Muitos consideram até esta alteração um capricho de Daniel Deusdado, uma vez que o Só Visto! estava bem na grelha do canal e, como diz a expressão, "em equipa que ganha, não se mexe".

Envolto em muita polémica, lá estreou o Sociedade Recreativa. Passado mais de um ano de emissões, o balanço não parece muito positivo. O novo magazine não conseguiu manter os resultados de Só Visto! e os números desceram para baixo dos 10% de share. O programa perdeu-se e passa agora despercebido pelo público.

A mudança revelou-se desde logo falhada e até agora os espectadores não viram a RTP fazer nada para se redimir. Sociedade Recreativa não cumpre melhor o conceito de serviço público, apenas pelo nome. Nem sempre audiências é sinonimo de qualidade, mas neste caso esse fator indicava que o público queria o antigo programa de Daniel Oliveira no ar.

A permanência do Sociedade Recreativa no ecrã parece deixar de fazer sentido, mas da parte da estação pública não parecem estar agendadas alterações. Até lá, teremos no ar um formato que em vez de ligar os espectadores, não é (só) visto.

 Segunda Opinião -  83ª Edição
Por Filipe Vilhena
 
Uma rubrica em parceria com o
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