Relatório preliminar à GFK aponta várias falhas
O relatório preliminar da Pricewaterhouse aponta algumas falhas à medição das audiências televisivas. O documento, apresentado segunda-feira à CAEM - Comissão de Análise dos Estudos de Mercado, é muito exaustivo na exposição de aspetos relacionados com o sistema de audimetria, mas não encerra uma conclusão peremtória.
A consultora PwC enuncia um vasto conjunto de questões, desde o establishment survey, ponto de partida para a criação da amostra de telespetadores, até às condições de segurança das instalações onde os dados são guardados.
O relatório preliminar, a que o DN.pt teve acesso, enumera vários erros da GfK, quer na constituição do painel, quer em falhas técnicas, quer em procedimentos no apuramento dos resultados. Desde a presença de espectadores não portugueses no painel, à segmentação social diferente da contratada inicialmente, passando por longos períodos de emissão sem qualquer espectador, são várias as deficiências apontadas pelos auditores.
O relatório preliminar valida ainda os aspetos metodológicos relacionados com a instalação do painel e analisa a infraestrutura técnica do sistema, nomeadamente testando o limiar da perda de som e da falta de matching, aspectos suscitados publicamente nas primeiras semanas de funcionamento do novo sistema.
A auditoria foi encomendada pela Comissão de Análise de Estudos de Meios (CAEM), depois da polémica criada em redor dos resultados, desde 1 de março, quando a GfK substituiu a Marktest na medição do consumo televisivo.
As duas estações de televisão privadas “entendem ser prematuro tirar conclusões sobre o mesmo, pelo que farão uma análise detalhada do relatório final da auditoria para decidir as medidas a tomar”. Já a RTP, que não está presente neste comunicado, tinha ontem afirmado ao CM, através de fonte oficial, que “tomará oportunamente posição sobre o relatório”.
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