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TVI/Media Capital com novos líderes

Maria Ana Borgues de Sousa
 

A Media Capital, dona da TVI, continua a reestruturar todo o seu corpo organizativo nas empresas do grupo. Novas caras, novas lideranças e contratações.

Queremos contar com uma estrutura muito ágil e adaptada aos novos tempos". É assim que Miguel Gil, administrador executivo da Media Capital, dona da TVI, justifica as novas contratações do canal e as recentes mudanças internas, uma das mais representativas desde a saída de José Eduardo Moniz da TVI, no Verão de 2009. 

José Fragoso
Dois anos volvidos, a TVI parece querer recuperar esse modelo de liderança e contrata José Fragoso, que vai coordenar a informação e a programação do canal. Para isso vai-se apoiar em José Alberto Carvalho e em Bruno Santos, respectivamente.

Agora, outro nome surge para coordenar as duas áreas das quais depende a TVI. "Queremos fazer uma boa oferta televisiva. Quer na informação, quer no entretenimento, e isso passa pelos excelentes profissionais que hoje integram as nossas equipas", acrescenta à Correio TV o administrador. É neste contexto que, a par das novas contratações, se redesenharam competências nas empresas do grupo da Media Capital (MC): a TVI e a Plural.
Rosa Muniesa
Rosa Cullell Muniesa, jornalista, empresária e gestora catalã, ocupa o lugar deixado vago por Bernardo Bairrão e entra como administradora delegada da Media Capital na empresa TVI.
 Miguel Pais do Amaral, um dos accionista do grupo, tece os melhores elogios: "A Rosa tem várias qualidades em simultâneo. Possui um currículo muito importante nas áreas da TV e do jornalismo, além de ter um conhecimento profundo no domínio da administração", diz o presidente da Media Capital. Também Miguel Gil enaltece o currículo da espanhola: "A Rosa é uma executiva com provas dadas na televisão da Catalu-nha e como administradora de empresas como a La Caixa e a Telefónica".
Já Maria Ana Borges de Sousa, a única que é prata da casa, é gestora e passou pela direcção de marketing e relações exteriores, com provas dadas nas áreas de novos negócios. Até à data era directora-geral da Castello Lopes Media Capital (CLMC) Multimédia desde 2009, sendo agora promovida a administradora da Media Capital num dos pilares da estação de Queluz: a produtora Plural Entretenimento.
Maria Ana Borgues de Sousa
e o marido Bernardo Bairrão
Maria Ana Borgues de Sousa, é mulher de Bernardo Bairrão, ex-administrador delegado da MC. Maria Ana é das profissionais que mais saudades deixa nos departamentos por onde passou. "É uma excelente profissional e pessoa", conta à Correio TV fonte do departamento de marketing.

Mas as competências da gestora de 40 anos não são indiferentes às mais altas instâncias. "É uma das pessoas-chave da TVI e da Plural. Conheço-a há seis anos e desde então sempre revelou qualidades inigualáveis de excepcionais competências de gestão. Conhece bem a empresa e os seus objectivos. Estou extremamente confiante. A Maria Ana é uma mais-valia", revela Miguel Gil. Também o presidente do conselho de administração da MC não poupa nos elogios. "A Maria Ana é um dos maiores talentos que a Media Capital tem. Conhece em profundidade o meio televisivo e é uma excelente escolha para a Plural", diz Miguel Pais do Amaral.

A transferência de Maria Ana Borges de Sousa pretende dar novo impulso à produtora da TVI. André Cerqueira, director-geral da Plural, continua com a responsabilidade das actividades no Brasil. O brasileiro enaltece as qualidades da nova administradora: "Acho muito bem a promoção da Maria Ana. É bom termos uma pessoa para nos apoiar e fico muito feliz por essa pessoa ser ela. É supercompetente. Tem tudo para tornar a Plural numa empresa ainda melhor. Trabalhamos juntos há já algum tempo e conheço bem o percurso dela".

Apesar da queda nas audiências, os números continuam a dar "confiança à administração do canal, apesar do cenário de crise que se vive actualmente e da mudança de paradigma que representa a entrada da Televisão Digital Terrestre e o fim do sinal analógico".

Nem mesmo a ascensão dos canais cabo desmotiva Miguel Gil, que refere: "É com muito orgulho que posso dizer que na Media Capital somos mais de 1500 trabalhadores". O administrador enaltece, por isso, o forte contributo de sempre dos "rostos da TVI que não se vêem, mas que dão o seu melhor". Miguel Gil não admite, para já, um cenário de despedimentos, até porque as medidas de gestão da Media Capital se têm pautado pelo rigor. "Queremos contar com as pessoas que temos. Achamos que temos os melhores profissionais e por isso acreditamos que temos futuro num mercado cada vez mais competitivo".

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