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Fantastic Entrevista... Eduardo Frazão

 
 FANTASTIC ENTREVISTA 
TEMPORADA 7 / EDIÇÃO 4 / NOVEMBRO DE 2014

1 - A tua primeira experiência enquanto ator acontece em 1994, altura em que tiveste aulas de representação com António Feio. Sempre sonhaste ser ator?
Nem sempre sonhei ser actor, foi uma coisa que descobri na adolescência. Sempre gostei de chamar a atenção e de divertir os outros. Mas quando era pequeno sonhava ser polícia, bombeiro, skater, jogador de futebol, etc.

2- Como recordas estes primeiros tempos?
Os tempos de Benfica foram muito bons. Trabalhar e conhecer o António Feio e todas as pessoa que faziam parte daquele grupo. Pessoas que me marcaram para a vida, como o David, a Raquel, a Benilde, a Carla, o Telmo, a Mariana, a Flávia, o Martim, o Nuno, etc.  

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3 - Seguem-se inúmeras formações e a Licenciatura em Estudos Teatrais. Consideras fundamental para um ator a formação?
Considero a formação essencial para qualquer profissional que tenha a ambição e o desejo de ser cada vez melhor. Qualquer profissional que procure estar constantemente a pôr-se à prova e a superar os seus limites será com certeza melhor ator. Quando não conseguir evoluir mais, seja por incapacidade minha ou por impossibilidade externa acho que mudo de rumo.

4 - Depois de aluno, tornas-te professor e dás aulas de Expressão Dramática, Música, entre outros, a alunos mais jovens. Esta é uma vertente que gostarias de explorar mais?
O ensino é uma das áreas da minha formação, até porque segui uma licenciatura em Estudos Teatrais - ramo ensino. Dar Aulas dá –me mesmo muito prazer, até porque nos põe constantemente em causa. 

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5 - A música continua a ter um papel importante na tua vida?
A música continua a ter um papel muito importante na minha vida.

6 - Participaste no programa "Caça ao Cómico" do Canal Q, onde pudeste mostrar uma outra faceta enquanto ator. Consideras importante a versatilidade de um ator? Qual o género que mais gostas de representar?
Os actores são por definição e à partida versáteis, têm que ser! Um actor pode ter afinidades com certo tipo de personagens ou histórias, mas se ama o que faz, se gosta de "brincar ao faz de conta", gosta de se transformar. Assim qualquer personagem será um desafio. Gosto de trabalhar todos os "géneros".  

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7- Foste o 'Garrafa' na série da RTP1 "Os Filhos do Rock". Consideras que este foi o projeto mais importante da tua carreira televisiva? Porquê?
Considero. Por tudo. Pelo projecto fantástico que é, provavelmente, um dos melhores feitos em televisão nos últimos anos . Pela equipa fantástica, por todos os momentos que vivi durante a rodagem e pelo carinho que me tem trazido,  sobretudo das pessoas que seguiam a série. Muito bom!

8 - A série distanciou-se de outras produções do género pelo cuidado de produção e a realização muito próxima do género cinematográfico. Como viste este facto?
 Foi algo essencial. Conhecendo o director do projecto, o Pedro Varela, é algo com o qual eu já contava. Havia uma preocupação muito grande, não só com a fotografia e com a arte, mas também com o trabalho dos actores, com a caracterização das personagens (cabelos e maquilhagem), com o guarda roupa e com a forma como tudo se cosia no fim. Criando a cena pretendida. 

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9 - Graças a esse cuidado, a série foi um enorme sucesso nas redes sociais e marcou uma geração que se reviu na história. Contudo, em televisão, as audiências não foram as melhores, pois a série acabou por ser emitida à meia-noite de sábado. Achas que foi a melhor opção?
O meu trabalho é ser ator e interpretar a personagem que me foi atribuída o melhor que sei e posso. Não ligo muito as audiências por isso não serei a melhor pessoa para comentar isso. Claro que estar num projecto onde as audiências são boas é muito bom. A única coisa de que tenho a certeza é que “Os Filhos do Rock” vão ficar para a história e para as gerações futuras e a RTP foi muito feliz por ser o canal que investiu  e o transmitiu. Para mim  ter feito parte deste projecto  é um orgulho.

10 - Na série, a tua personagem fazia parte d'Os Barões. A série chegou ao fim, a banda já deu alguns concertos. É para continuar? Qual o futuro da banda?
Os Barões foram uma banda da série, que fora isso deram um concerto durante a exibição da mesma na RTP,  mas agora não há nada. Mais nada.

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11 - Ganhaste o Prémio Lumen na Gala dos 57 Anos da RTP, como Ator Revelação pela participação em "Os Filhos do Rock". Quão importante é este prémio para ti?
É sempre importante sentirmos que o nosso trabalho é reconhecido, seja pelo público para quem nós trabalhamos, seja pelos colegas com quem trabalhamos, seja por quem nos contrata.  Na Minha opinião o mais importante é estarmos confiantes de termos dado o nosso melhor, e embora não sejam os prémios que nos dão trabalho é sempre agradável recebê-los.

12  - Achas que graças à série és agora mais reconhecido pelo público em geral?
Concordo e sinto com toda a certeza que com este trabalho cheguei a muita gente que ainda não me conhecia. 
 
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13 - Em cinema, foste o protagonista do filme "O Capacete Dourado" que te valeu algumas nomeações e ainda o Prémio de Melhor Ator no Festival de Cinema Luso-Brasileiro. Como recordas este projeto?
O Capacete Dourado é um projecto muito importante para mim. É o meu primeiro filme. Para além da importância que isso tem para um actor, surge numa altura em que acabava de regressar a Lisboa, onde ninguém me conhecia no meio. É o projecto de Cinema que me é mais caro.

14 - O teatro é o teu "grande palco", é a vertente da representação na qual te sentes mais à vontade. Porque é que assim acontece? O que te faz preferir o teatro?
Não posso dizer que prefiro o Teatro. O Teatro é área em que mais trabalho, e por isso se calhar aquela em que me sinto mais à vontade. Trabalha-se muito antes, durante o processo, mas depois quando chega o momento da partilha de tudo isso com o público é o aqui e agora. Não há segundos takes, não há segundas oportunidades de fazer bem. Só há uma oportunidade porque o "momentum" é efémero. «Não se pode percorrer duas vezes o mesmo rio e não se pode tocar duas vezes uma substância mortal no mesmo estado» -  Heráclito. O Teatro é como a vida, irrepetível nas suas repetições.

15 - Como vês o estado do cultura em Portugal, atualmente?
Vejo uma cultura viva, a respirar todos os dias e a lutar, lutar muito!

16 - O que te imaginas a fazer daqui a 10 anos?
Tudo o que me apetecer…

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EM POUCAS PALAVRAS...
Uma referência: Fernando Pessoa
Um ator: Carlos Malvarez
Um filme: O Capacete Dourado
Um programa de TV: Os Filhos do Rock
Uma companhia: A minha mulher
Uma música: Fade to Black
Um destino: Desconhecido
Um sonho: Por sonhar
O Eduardo Frazão é...um ser humano