Pensa Rápido - Nuno Nepomuceno
Nuno Nepomuceno dedicou-se aos números e à matemática para depois se tornar controlador de tráfego aéreo. Apesar de trabalhar por turnos, consegue sempre encontrar aquele sossego que lhe permite dedicar-se à escrita dos seus policiais. Em entrevista à Sábado, disse ser difícil viver só da escrita uma vez que é uma atividade que está muito dependente da aceitação do público. No seu caso, conquistar o público é uma tarefa ainda mais complicada. Qual a razão? O simples facto de a religião ser um tema bastante recorrente nos seus thrillers. A esta questão somam-se ainda as dificuldades com as editoras. Embora atualmente seja representado pela Agência das Letras, a publicação do seu primeiro livro, O Espião Português, foi algo desafiante. A obra foi recusada por 15 editoras. Só em 2012 é que a atribuição do Prémio Literário Note! lhe valeu a materialização d' O Espião Português. Neste momento com nove livros publicados, Nuno Nepomuceno já está a preparar o sucessor de A Noiva Judia.
Foto: Direitos Reservados |
Um local sossegado, sem muito barulho e onde me sinta confortável. É aí que prefiro escrever.
2. Se não escrevesses policiais, em que género literário gostavas de focar a tua carreira?
Talvez fantasia, mas não tenho a certeza. É algo sobre o qual nunca pensei a sério. O thriller é o género que melhor me assenta.
3. Preferes escrever à mão ou em computador?
Costumo tirar notas à mão. Os meus livros são escritos diretamente no processador de texto do computador.
4. Que livro já leste mais do que uma vez?
A Sibila, de Augustina Bessa-Luís, na altura por motivos académicos, embora tenha gostado muito do livro. Não tenho o hábito de fazer releituras. Se gosto muito de algum título, o que faço normalmente é continuar a ler as novas obras do autor. Já os meus livros, têm sido lidos várias vezes. Faz parte do processo de produção.
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