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Pensa Rápido - Eva Evita

Desenhar é uma das paixões de Eva Evita. Sim, é um nome artístico. A sua origem? Está tudo explicado no Pensa Rápido desta quarta-feira. Divide-se entre a arquitetura e a ilustração, mas foi o seu talento e empenho nesta última atividade que lhe valeram o prémio na 13ª edição do Catálogo Ibero-América Ilustra, uma iniciativa da Fundación SM e da Feira Internacional do Livro de Guadalajara, no México. Sono do Sol foi considerada a melhor série de ilustrações, entre 700 concorrentes, e o júri justifica a sua decisão ao afirmar que "cada ilustração tem uma força e narrativa onírica potente, que comove o leitor". 

Foto: Ilustração da série Sono do Sol (Direitos Reservados)

1. Qual foi a tua primeira reação assim que soubeste que eras a grande vencedora do Catálogo Ibero-América Ilustra?

Ainda custa a acreditar, mas perguntei imensas vezes se tinham a certeza que era eu. Simplesmente não queria acreditar.

2. Eva Evita é um alter-ego de Eva Vieira. Como surgiu o teu nome artístico?

O meu nome artístico poderia ser para evitar algumas coisas, quem sabe. Mas, na verdade, surgiu porque trabalhei numa empresa com outra Eva e distinguiam-me assim. Nasceu dos outros!

3. Um ilustrador que admires.

Bruno Munari

4. Onde estavas quando surgiu a ideia para a série de ilustrações O Sono do Sol?

Ainda entre pandémicas surpresas, em casa.

5. Que tipo de música gostas de ouvir enquanto estás a desenhar?

Nesta série de ilustrações, em especial, inspirou-me sobretudo B Fachada, Rita Vian e Ana Moura.

Foto: Bruno Munari (Direitos Reservados)

Se conhecer uma pessoa é bom, duas nunca é demais. Falamos agora do artista italiano Bruno Munari, cujo trabalho é admirado por Eva Evita. Nasceu em Milão, corria o ano de 1907, e no fim da sua adolescência ganhou um especial interesse e entusiasmo pelo movimento futurista, no qual a arte e a cultura tiveram um lugar de destaque. Começou a traçar o seu percurso artístico ao participar em exposições locais com trabalhos que desenvolveu enquanto designer gráfico. Entre estudos e projetos, nos anos 40 dirigiu a secção artística da revista Tempo

O nascimento do filho, Alberto, assim como o seu crescimento foram também incentivos para Bruno Munari juntar a arte à escrita, pelo que a produção de livros infantis passou a fazer parte da sua vida. Não menos importante foi a fundação do movimento Arte Concreta, após a II Guerra Mundial, um projeto levado a cabo a par com os também artistas Atanasio Soldati, Gianni Monnet e Gillo Dorfles. Foi na cidade onde nasceu, que Bruno Munari morreu, em 1998. A arte está em constante mutação, mas o legado que o artista italiano deixou, continua a ser apreciado e respeitado.