Fantastic Entrevista - Francisca Marques: "Em Portugal, devíamos ter mais apoios e reconhecimento enquanto bailarinos"
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A dança surgiu por iniciativa da minha irmã, fazemos 12 anos
de diferença e desde sempre que a dança esteve presente na nossa vida. A minha
irmã começou a dançar muito nova, até hoje, e eu fui pelo mesmo caminho.
Em que momento sentiste que a dança era mais do que apenas um hobbie?
Percebi que realmente a dança era muito mais que um hobbie ,
quando comecei a competir e decidi ir para o balleteatro fazer o ensino
secundário.
A par da tua paixão pela dança, foste sempre investindo também em formação, tendo frequentado o Balleteatro no Porto e participado em vários workshops de dança. Que importância atribuis à formação nesta área?
A dança, como outra área qualquer, requer conhecimento,
investimento… a formação é super importante, para sermos mais e melhores. É um
trabalho contínuo , estamos sempre a aprender.
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Como encaraste o desafio de participar no Let’s Dance, na TVI, em 2017?
Em 2017 decidi participar no Let’s Dance na TVI, inscrevi-me
sem ninguém saber. Revelei a partir do momento em que passei aos castings
presenciais. Vi o programa como uma oportunidade de evoluir e mostrar o meu
trabalho.
Como foi para ti ser a vencedora de um programa que envolveu centenas de bailarinos? Que importância teve para ti, enquanto pessoa e enquanto dançarina, este programa?
Vencer nunca foi o principal objetivo, mas era algo que
queria muito. Acabou por acontecer, foram 13 semanas intensas de trabalho. Uma
experiência incrível. Foi uma grande porta para mim.
Depois desta tua vitória, tiveste oportunidade de participar enquanto dançarina em vários momentos televisivos, nomeadamente nos Globos de Ouro da SIC, no genérico da telenovela A Herdeira na TVI, no festival da Eurovisão, entre outros. Como encaraste estes desafios?
Todo o trabalho que surgiu depois do programa, agarrei-os e
agradeço muito por eles. Foram grandes experiências para mim, fizeram-me
evoluir! Era o grande objetivo de ter ido para o programa. Dar-me a conhecer.
Fizeste também parte do grupo de dançarinas da tour do cantor David Carreira. O que retiraste de melhor desta oportunidade?
Dançar com o David Carreira foi uma boa oportunidade! Sempre
quis experienciar uma Tour. O melhor, sem dúvida, para além da dança, foram as
pessoas, tive a sorte de trabalhar com pessoas que vou guardar sempre no meu
coração!
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Foram vários os prémios que foste vencendo ao longo dos últimos anos, quer a nível coletivo com o grupo RPDancers ou com a academia AM DANCE STUDIO, seja a nível individual. Que importância atribuis a este reconhecimento?
Ganhar competições é um grande objetivo. Faz com que exija mais de mim e dos meus alunos! O objetivo é sempre evoluir e superarmo-nos cada vez mais. Os prémios são o reconhecimento disso.
És também professora na academia de dança AMDance Studio e és também uma das dançarinas mais velhas do grupo que se apresentou no Got Talent Portugal. Que valores pretendes passar às camadas mais jovens?
O que passo aos meus alunos é, para além de serem bons
bailarinos, tem de ser bons seres humanos! Os valores que lhes passo, são como
se fossem meus filhos. Temos de pensar em superarmo-nos a nós e não ao parceiro do
lado. Se pensarmos todos assim, chegaremos muito mais longe. Temos de saber
ganhar e perder, faz parte do processo!
Como foi para vocês, depois de receber um botão dourado, ficar de fora da edição de 2020 do Got Talent por razões que vos foram completamente alheias? E como receberam a oportunidade de regressar na edição de 2021?
Depois de termos recebido o botão dourado no Got Talent, na
edição de 2020, tivemos de “abandonar” o programa devido ao COVID, com a
certeza que tínhamos lugar garantido na edição seguinte. Esse tempo serviu
para, cada um, individualmente, evoluir e para treinarmos dentro do possível. O
objetivo era voltarmos mais fortes. Foi isso que aconteceu!
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A dança em Portugal vai ser sempre uma “batalha” . Devíamos ter mais apoios e reconhecimento! A dança ainda é vista como um divertimento ou hobbie, não como um trabalho! Há muito talento e bons bailarinos em Portugal.
Quais são as tuas maiores inspirações nacionais e internacionais?
A nível nacional tenho várias inspirações, mas em dúvida, para além de bailarina, a minha irmã como ser humano, Mulher, mãe, irmã, empresária… é a minha maior inspiração. A nível internacional, no geral, é a Beyonce, sou muito fã! Bailarinas, Jade Chynoweth, Jojo Gomez, Paris Goebe, Briar Nolet…
Se te voltássemos a entrevistar daqui a 10 anos, o que gostarias de estar a fazer nessa altura?
Se esta entrevista fosse daqui a 10 anos, gostaria de
estar com o meu nome bem vincado em Portugal, gostaria de marcar uma posição na
Dança. Provavelmente ter um conservatório…. E voar! O céu é o limite!
Fantastic Entrevista - Francisca Marques
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