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Fantastic Entrevista - Francisca Marques: "Em Portugal, devíamos ter mais apoios e reconhecimento enquanto bailarinos"

Foto: Direitos Reservados

Francisca Marques tem apenas 22 anos e é natural da Póvoa de Varzim. Tornou-se conhecida do grande público quando, com apenas 18 anos, participou no programa Let's Dance da TVI, no qual se sagrou vencedora. Estudou contemporâneo na escola Balleteatro no Porto e, além dos vários workshops que fez, somou também vários prémios em diversas competições. Depois de ter feito parte da tour do artista David Carreira, encontra-se de momento a lecionar na academia AM DANCE STUDIO, que participou na última edição do Got Talent Portugal, tendo conquistado um botão dourado e alcançado o top 3. 

Antes de falarmos de tudo o que foste conquistando, é importante percebermos uma coisa: como surgiu a dança na tua vida?

A dança surgiu por iniciativa da minha irmã, fazemos 12 anos de diferença e desde sempre que a dança esteve presente na nossa vida. A minha irmã começou a dançar muito nova, até hoje, e eu fui pelo mesmo caminho.

Em que momento sentiste que a dança era mais do que apenas um hobbie?

Percebi que realmente a dança era muito mais que um hobbie , quando comecei a competir e decidi ir para o balleteatro fazer o ensino secundário.

A par da tua paixão pela dança, foste sempre investindo também em formação, tendo frequentado o Balleteatro no Porto e participado em vários workshops de dança. Que importância atribuis à formação nesta área?

A dança, como outra área qualquer, requer conhecimento, investimento… a formação é super importante, para sermos mais e melhores. É um trabalho contínuo , estamos sempre a aprender.

Foto: Direitos Reservados

 Como encaraste o desafio de participar no Let’s Dance, na TVI, em 2017?

Em 2017 decidi participar no Let’s Dance na TVI, inscrevi-me sem ninguém saber. Revelei a partir do momento em que passei aos castings presenciais. Vi o programa como uma oportunidade de evoluir e mostrar o meu trabalho.

Como foi para ti ser a vencedora de um programa que envolveu centenas de bailarinos? Que importância teve para ti, enquanto pessoa e enquanto dançarina, este programa?

Vencer nunca foi o principal objetivo, mas era algo que queria muito. Acabou por acontecer, foram 13 semanas intensas de trabalho. Uma experiência incrível. Foi uma grande porta para mim.

Depois desta tua vitória, tiveste oportunidade de participar enquanto dançarina em vários momentos televisivos, nomeadamente nos Globos de Ouro da SIC, no genérico da telenovela A Herdeira na TVI, no festival da Eurovisão, entre outros. Como encaraste estes desafios?

Todo o trabalho que surgiu depois do programa, agarrei-os e agradeço muito por eles. Foram grandes experiências para mim, fizeram-me evoluir! Era o grande objetivo de ter ido para o programa. Dar-me a conhecer.

Fizeste também parte do grupo de dançarinas da tour do cantor David Carreira. O que retiraste de melhor desta oportunidade?

Dançar com o David Carreira foi uma boa oportunidade! Sempre quis experienciar uma Tour. O melhor, sem dúvida, para além da dança, foram as pessoas, tive a sorte de trabalhar com pessoas que vou guardar sempre no meu coração!

Foto: Direitos Reservados

Foram vários os prémios que foste vencendo ao longo dos últimos anos, quer a nível coletivo com o grupo RPDancers ou com a academia AM DANCE STUDIO, seja a nível individual. Que importância atribuis a este reconhecimento?

Ganhar competições é um grande objetivo. Faz com que exija mais de mim e dos meus alunos! O objetivo é sempre evoluir e superarmo-nos cada vez mais. Os prémios são o reconhecimento disso.

És também professora na academia de dança AMDance Studio e és também uma das dançarinas mais velhas do grupo que se apresentou no Got Talent Portugal. Que valores pretendes passar às camadas mais jovens?

O que passo aos meus alunos é, para além de serem bons bailarinos, tem de ser bons seres humanos! Os valores que lhes passo, são como se fossem meus filhos. Temos de pensar em superarmo-nos a nós e não ao parceiro do lado. Se pensarmos todos assim, chegaremos muito mais longe. Temos de saber ganhar e perder, faz parte do processo!

Como foi para vocês, depois de receber um botão dourado, ficar de fora da edição de 2020 do Got Talent por razões que vos foram completamente alheias? E como receberam a oportunidade de regressar na edição de 2021?

Depois de termos recebido o botão dourado no Got Talent, na edição de 2020, tivemos de “abandonar” o programa devido ao COVID, com a certeza que tínhamos lugar garantido na edição seguinte. Esse tempo serviu para, cada um, individualmente, evoluir e para treinarmos dentro do possível. O objetivo era voltarmos mais fortes. Foi isso que aconteceu!

Foto: Direitos Reservados
Qual é a tua opinião acerca da importância atribuída à dança em Portugal? Sentes que há muita coisa que poderia ser melhorada?

A dança em Portugal vai ser sempre uma “batalha” . Devíamos ter mais apoios e reconhecimento! A dança ainda é vista como um divertimento ou hobbie, não como um trabalho! Há muito talento e bons bailarinos em Portugal.

Quais são as tuas maiores inspirações nacionais e internacionais?

A nível nacional tenho várias inspirações, mas em dúvida, para além de bailarina, a minha irmã como ser humano, Mulher, mãe, irmã, empresária… é a minha maior inspiração. A nível internacional, no geral, é a Beyonce, sou muito fã! Bailarinas, Jade Chynoweth, Jojo Gomez, Paris Goebe, Briar Nolet…

Se te voltássemos a entrevistar daqui a 10 anos, o que gostarias de estar a fazer nessa altura?

Se esta entrevista fosse daqui a 10 anos, gostaria de estar com o meu nome bem vincado em Portugal, gostaria de marcar uma posição na Dança. Provavelmente ter um conservatório…. E voar! O céu é o limite!

Fantastic Entrevista - Francisca Marques

Por Joana Sousa
dezembro de 2021