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Fantastic Entrevista | João Paulo Sousa

Fotografia: Instagram (João Paulo Sousa)

Tem 31 anos e é uma cara bem conhecida do público português. Atualmente podemos vê-lo em vários formatos de entretenimento e ficção em televisão, ouvi-lo na Cidade FM e ainda seguir os seus projetos nas redes sociais.  O nosso convidado de hoje é o ator e apresentador João Paulo Sousa.

Desde junho és um dos apresentadores do Domingão, o programa de entretenimento mais visto nas tardes de domingo em Portugal. Como está a ser fazer parte deste projeto?

Estou a adorar. O programa e o impacto que tem. Numa altura como esta, poder viver um ambiente de festa com as regras de segurança obrigatórias é um privilégio. E sei que quem está em casa a cumprir as regras para que este vírus não se continue a espalhar está feliz de poder receber festa em sua casa. E depois ainda há a parte dos artistas que neste momento não têm palco para atuar e ali têm.
Sei o que isso custa porque este ano já tive mais de 40 datas canceladas com o meu espetáculo Insert Coin.

No “Insert Coin”, projeto do qual és responsável ao lado do Joel Rodrigues, vocês divertem-se tanto como passam para o público? Quais são as expectativas para este projeto, assim que for possível o seu regresso à estrada?

Há 5 anos que corro o país de norte a sul e ilhas (e até já atuamos em Espanha) com este espetáculo.
Está a ser duro ver tantas datas canceladas, até agora já foram mais de 40.  Não sabemos quando vamos regressar, mas quando acontecer vai duplicar a alegria que já existia de estar em palco e em frente a milhares de pessoas! Divirto-me muito porque este espetáculo tem tudo o que eu gosto: música, humor, um microfone, um palco e milhares de pessoas com vontade de fazer a festa à minha frente. Estamos a trabalhar numa versão diferente do espetáculo para poder apresentá-lo em salas até podermos voltar aos festivais e às multidões!
 
Fotografia: Instagram de João Paulo Sousa
Atualmente és também uma das caras mais presentes nos ecrãs da SIC e da SIC Radical. Como tens visto a tua evolução enquanto apresentador na estação?
 

Normalmente, é em entrevistas como esta que paro um minuto e olho para o que já consegui. Estou muito grato por tudo de bom que já consegui. Principalmente, sabendo que comecei do 0. Aos 17 anos vim para Lisboa sem nada, para fazer um casting e hoje faço o que mais gosto há 13 anos. Mas o meu foco continua a ser o que vem a seguir. Atualmente, vivo com estes dois lemas: o projeto que mais quero fazer é o próximo! E o que mais gosto de fazer é fazer tudo o que faço: TV, Rádio, Digital e espetáculos ao vivo! 

Nas redes sociais, tens tido uma presença cada vez mais forte. Um dos teus projetos mais recentes é a “Sentimento FM”, onde entrevistas personalidades online que admiras, num formato semanal. Como é que surgiu esta ideia?
 

Acho que precisamos mais do que nunca de espalhar amor! Convido semanalmente pessoas que admiro, pessoal e profissionalmente para lhes dizer “SOU TEU FÔ! Porque isso está em mim: dizer às pessoas que as admiro e que gosto delas.  Mas sinto que muitas vezes nos limitamos em expressar esses sentimentos. Quis pôr um ponto final nessas limitações! A quarentena foi a altura certa, porque estava a fazer Rádio e TV a partir de casa e sem espetáculos e, consequentemente, tive mais tempo para me dedicar às redes sociais.  E queria fazer alguma coisa que me desse prazer: conversar! Que é uma parte que eu adoro do meu trabalho.

Foto: Marco Oliveira

Se pudesses escolher um convidado – nacional ou internacional – para a “Sentimento FM”, qual seria? E que perguntas lhe farias?
 

Até agora recebi todas as pessoas que queria. Sei que o mais difícil será o Ricardo Araújo Pereira porque não tem Instagram! E mais do que perguntas, gostava de lhe agradecer por juntar a sua inteligência e humor a assuntos que interessam a todos, como a política, porque isso me motiva (a mim e a muitos) a não desistir de a tentar compreender. Porque não podemos não querer saber o que dizem e fazem aqueles que nos governa, assim como é importante desmascarar os que se disfarçam de salvadores da pátria, mas que só espalham ódio. É preciso estar atento e sermos “espertos” para elegermos os melhores para comandarem o nosso país!

Em “João Paulo SHOWsa” fazes um apanhado do melhor da semana em apenas 1 minuto. Se tivesses de resumir tudo o que já aconteceu nesta rubrica em poucas linhas, o que dirias?
Fácil. Aqui fica então o resumo do que falei até agora: “estamos em 2020. Será que não chega já de homofobia e racismo? Amem-se mais e odeiem-se menos. Nas redes sociais e na vida!”

Achas que o caminho para o entretenimento passará sobretudo pelo digital, num futuro próximo? Ou a televisão tradicional continuará a ter lugar nas nossas vidas?

Nada vai morrer enquanto se souber reinventar.  O digital continua tão forte como antes, talvez até mais depois da quarentena.  A TV continua a ter milhares de espectadores por dia, talvez até mais depois da quarentena.  A Rádio continua a ter milhares de ouvintes.  Não me parece que uma fatia grande da sociedade vá prescindir de algum destes meios de um dia para o outro! Desde sempre ouvi esse “boato” de que os meus tradicionais têm os dias contados e cada vez mais as audiências indicam que há mais pessoas ligados a eles. O que me deixa feliz porque eu trabalho em todos eles!

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Fotografia: Cidade FM


Na rádio, continuas a ser uma das principais vozes da Cidade FM. Achas que também a rádio se está a reinventar, ao aliar a componente visual e digital ao habitual áudio?

Claro. Já é assim há alguns anos. Quando comecei a fazer rádio nunca tive essa ideia de que a imagem não existe lá. O que é ótimo para chamar mais público para a nossa emissão.

Para além de apresentador, és também ator. Sabemos que em breve estarás nos ecrãs da RTP numa série. O que nos podes contar sobre este projeto?

Posso contar que é o projeto que já fiz até hoje que estou mais ansioso para ver. Tenho a certeza que está incrível. Regressar à representação com o Golpe de Sorte deu-me muita alegria, mas também aprendi muito com aquele elenco maravilhoso. E se me viram a ser um chef carinhoso em Golpe de Sorte, agora vão ver um agente da PIDE em 1937 a lidar com muita violência. Só quero poder sentar-me no sofá e ver a série. Chama-se “O Atentado”! Fiquem atentos.

Em 2015 tivemos oportunidade de te entrevistar no Fantastic e disseste-nos, na altura, que o teu grande objetivo pessoal era “ter uma casa com espaço para ter um cão, ter barba e ter filhos”. Já a nível profissional, querias “voltar a fazer cinema, voltar a fazer rádio, trabalhar fora do país e voltar à generalista como apresentador e ator”. Em 2020, alguns destes desejos cumpriram-se. O que é que ainda falta fazer?

Uau. Consegui quase tudo! Agora tive muitos sentimentos ao ler isto! Só faltam: filhos, trabalhar fora do país e ter uma barba decente! Agora tenho mais e diferentes planos, claro. Sou muito ambicioso.
Mas tenho aprendido a desfrutar mais do que vou conquistando e estar menos obcecado com o que ainda falta. Tenho 31 anos, já fiz muita coisa é verdade, mas tenho tempo para fazer mais e melhor. 

Fantastic Entrevista - João Paulo Sousa
Por André Pereira
Julho de 2020