Miúdos que já são Graúdos | Alexandre Jorge
Alexandre Jorge é o convidado desta edição de Miúdos Que Já São Graúdos. Junta-te à conversa com o ator que ficou conhecido pela sua participação em produções como Bem-Vindos a Beirais.
ENTREVISTA
Quando começaste a representar, ainda eras muito jovem. Como surgiu a oportunidade de ingressar na ficção?
Esta oportunidade surgiu quando entrei na minha agência. Fiz inicialmente trabalhos de
publicidade, depois decidiram apostar em mim para a representação e, no
primeiro casting que fiz, fui seleccionado. Sorte de principiante.
Em Bem-Vindos a Beirais interpretaste Gabriel Fontes Moita, um jovem com alguns problemas sociais. O que foi mais difícil neste papel?
O Gabriel era inicialmente um jovem com problemas sociais, mas com
a avançar da série tornou-se num bom menino, por isso todos os papéis
são um desafio, não lhe chamaria dificuldade.
Como é para ti ver que a série da estação pública na qual participaste foi bem recebida pelo público e conquistou vários prémios?
É um orgulho. Não só por ser na estação pública, mas também por saber
que foi uma série que chegou além-fronteiras e teve um enorme sucesso.
Bem-Vindos a Beirais esteve 3 anos nem exibição. Como olhas para o facto de hoje em dia as novelas e séries serem cada vez mais longas?
As séries podem ser mais longas, pois abordam assuntos diversos em
cada episódio, mantendo sempre um fio condutor da história. Já as novelas
deveriam ter uma duração mais certa e limitada, pois cansa o espetador e faz
com que o enredo deixe de ser tão credível.
Com que atores gostavas de contracenar? Quais as tuas maiores inspirações na área?
Não tenho ninguém em especial, mas talvez um dia com o Leonardo di Caprio ( risos). Mas tive a honra e o privilégio de ter conhecido, contracenado e ser
colega de série, durante três anos, do Zé Boavida, que já não se encontra
entre nós. São estes pequenos momentos que nos completam como atores e
enquanto seres humanos.
Já participaste em algumas peças de teatro. Sentes-te melhor em cima do palco ou atrás das câmaras? Que diferenças há entre fazer teatro e televisão?
O trabalho de ator em cima do palco tem que ser mais imediato e temos de ter a perceção daquilo que estamos a dar enquanto personagem. Em
televisão vamos construindo a personagem à medida que a ficção se desenrola. São ambos gratificantes, embora o palco nos dê outro tipo de
adrenalina e conteúdo.
Participaste na novela Anjo Meu, na TVI. Sendo uma novela passada nos anos 80, que trabalho tiveste de fazer para construir a personagem?
Primeiro deixei crescer o cabelo e o resto aconteceu. Foi uma
preparação igual a todas as outras, com a diferença, em termos temporal,
no guarda-roupa e decor.
Que papel gostavas de interpretar numa futura produção?
Não existem papéis preferidos, todos eles são desafiantes e todos eles serão uma mais valia para a minha carreira.
O que te imaginas a fazer daqui a 10 anos?
O mesmo que hoje, mas com mais experiência, valores e conteúdo. Sempre com a capacidade de aprender todos os dias da minha vida.
Que diferenças há entre Alexandre Jorge “miúdo” e o “graúdo”?
Algumas. A mais importante: ter certeza que quero ser ator.
Algumas. A mais importante: ter certeza que quero ser ator.
Miúdos que já são Graúdos
Convidado: Alexandre Jorge
Entrevista: Flávio Bártolo
Revisão: André Pereira
Entrevista realizada em julho de 2016
Revista e atualizada em junho de 2020
Entrevista realizada em julho de 2016
Revista e atualizada em junho de 2020
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