Fantastic Entrevista - Renato Júnior
Mais recentemente, compôs e dirigiu musicalmente "Simone – O Musical". Renato Júnior estreia-se agora em nome próprio, com o álbum "Uma Mulher Não Chora", que será editado a 1 de novembro, e conta com a participação de 15 cantoras. Para falar um pouco mais sobre si e este novo trabalho no qual se aventurou, aqui fica a entrevista.
Quem é o Renato Júnior, para além de compositor, músico e produtor?
Quem é o Renato Júnior, para além de compositor, músico e produtor?
Um homem que ama o que faz e o que o rodeia, um pai que tenta ser competente e um ser humano que tenta fazer o melhor todos dos dias, sabendo que já errou e que vai continuar a errar, sem medos.
Em que momento da sua vida surgiu a paixão pela música? Foi nesse momento que decidiu seguir esse caminho a nível profissional?
Desde miúdo. A minha mãe é cantora lírica e desde cedo me habituei a acordar com os vocalizos dela pela manhã. Aos 16 anos fiz o meu primeiro trabalho profissional e tudo se foi desenvolvendo até então.
Desde miúdo. A minha mãe é cantora lírica e desde cedo me habituei a acordar com os vocalizos dela pela manhã. Aos 16 anos fiz o meu primeiro trabalho profissional e tudo se foi desenvolvendo até então.
Enquanto produtor, o Renato trabalhou com diversos artistas, como UHF, Susana Félix, João Pedro Pais, Simone de Oliveira, Martinho da Vila, Ney Mattogrosso, entre muitos outros. É mais fácil trabalhar para outros artistas, ou para si mesmo?
Na realidade quando estou a trabalhar para os outros estou também a trabalhar para mim. Contudo quando se produz um disco para alguém, é a identidade desse alguém que devemos preservar, amplificando o que tem de bom e escondendo o que tem de menos bom. Nesse processo torna-se mais confortável produzir para outros, do que para nós próprios, pois não nos estamos a expor unicamente a nós.
Foi também produtor musical do programa Operação Triunfo, da RTP. Qual é a sua opinião relativamente a este tipo de programas, e ao real aproveitamento do talento dos concorrentes, que neles participam?
O aproveitamento tem de ser deles próprios, não de alguém exterior. Este tipo de programas pouco tem que ver com música, trata-se de entretenimento para televisão. Contudo há, em alguns deste formatos (como era o caso da OT), uma componente didática e pedagógica que é rica e válida para um jovem que participe. Agora desenganem-se os que pensam que por entrarem num talent show têm a carreira feita. Nada disso, é exatamente o contrário. Vão ter que provar e rapidamente vão perceber que as carreiras fazem-se com muita resiliência e deverão ser feitas sempre começando pelos alicerces, na origem, na verdade, no “eu” de cada um. Começar pelo telhado é um engano.
Na realidade quando estou a trabalhar para os outros estou também a trabalhar para mim. Contudo quando se produz um disco para alguém, é a identidade desse alguém que devemos preservar, amplificando o que tem de bom e escondendo o que tem de menos bom. Nesse processo torna-se mais confortável produzir para outros, do que para nós próprios, pois não nos estamos a expor unicamente a nós.
Foi também produtor musical do programa Operação Triunfo, da RTP. Qual é a sua opinião relativamente a este tipo de programas, e ao real aproveitamento do talento dos concorrentes, que neles participam?
O aproveitamento tem de ser deles próprios, não de alguém exterior. Este tipo de programas pouco tem que ver com música, trata-se de entretenimento para televisão. Contudo há, em alguns deste formatos (como era o caso da OT), uma componente didática e pedagógica que é rica e válida para um jovem que participe. Agora desenganem-se os que pensam que por entrarem num talent show têm a carreira feita. Nada disso, é exatamente o contrário. Vão ter que provar e rapidamente vão perceber que as carreiras fazem-se com muita resiliência e deverão ser feitas sempre começando pelos alicerces, na origem, na verdade, no “eu” de cada um. Começar pelo telhado é um engano.
Em conjunto com Nelly Furtado, o Renato foi o português escolhido pela UEFA para compor a banda Sonora oficial do Euro 2004. Costuma acompanhar o futebol em geral, e este tipo de competições, em particular?
Sou adepto de bom futebol, sigo as principais ligas europeias e agora também o brasileirão. De resto, joguei futebol federado até à idade de júnior, cheguei à seleção de juvenis. Aprendi também a estar no desporto, basta ser do Sporting e perceberão isso.
Sou adepto de bom futebol, sigo as principais ligas europeias e agora também o brasileirão. De resto, joguei futebol federado até à idade de júnior, cheguei à seleção de juvenis. Aprendi também a estar no desporto, basta ser do Sporting e perceberão isso.
De todos os projetos em que já trabalhou, nomeadamente, bandas sonoras para séries e telenovelas, musicais e publicidades, entre outros, houve algum de que tivesse gostado particularmente, e que gostasse de destacar?
Foram vários os que amei fazer, mas destaco a banda sonora oficial do Euro 2004, por ser algo que far-se-á eventualmente uma vez na vida. Foi muito prazeroso, ligar dois mundos tão distintos e estar em sintonia com tantas áreas e sentir que a nossa música vai ser ouvida por milhões de pessoas em todo o Mundo.
Foram vários os que amei fazer, mas destaco a banda sonora oficial do Euro 2004, por ser algo que far-se-á eventualmente uma vez na vida. Foi muito prazeroso, ligar dois mundos tão distintos e estar em sintonia com tantas áreas e sentir que a nossa música vai ser ouvida por milhões de pessoas em todo o Mundo.
O Renato é licenciado em Relações Públicas, Marketing e Publicidade, e bacharel em Jornalismo. São atividades que tem desenvolvido e conjugado com a música, ou têm ficado para segundo plano?
Houve uma altura em que o fiz em simultâneo, mais concretamente entre 1989 e 1998. Fui jornalista/ editor de rádio e ao mesmo tempo tinha imensos concertos e gravações, depois fiz uma opção. Hoje em dia, de vez em quando, mato saudades da rádio com um programa ou outro em antena.
"Uma Mulher Não Chora" é o seu primeiro álbum em nome próprio. O que o levou a editar este trabalho?Houve uma altura em que o fiz em simultâneo, mais concretamente entre 1989 e 1998. Fui jornalista/ editor de rádio e ao mesmo tempo tinha imensos concertos e gravações, depois fiz uma opção. Hoje em dia, de vez em quando, mato saudades da rádio com um programa ou outro em antena.
Basicamente olhar um bocadinho por mim e para mim. Apeteceu-me reunir uma coleção de canções e dar-lhe vida ao lado de pessoas de quem gosto, expondo-me na totalidade e não me escondendo atrás do tal conforto de estar na retaguarda que falava atrás , coisa que fiz durante cerca de 30 anos e que sublinho continuo a gostar muito.
O álbum conta com a participação de 15 cantoras. Como foi feita essa escolha?
Só pessoas que gosto e que admiro, profissional e pessoalmente.
Pode-se dizer que este disco é uma homenagem a todas as mulheres?
É, sem dúvida, um disco dedicado à Mulher. A todas em geral, e às da minha vida, em particular.
Só pessoas que gosto e que admiro, profissional e pessoalmente.
Pode-se dizer que este disco é uma homenagem a todas as mulheres?
É, sem dúvida, um disco dedicado à Mulher. A todas em geral, e às da minha vida, em particular.
"Vou", interpretado por Rita Redshoes, é o single de avanço. Sobre o que nos fala este tema?
Quem é que já não quis ir, mas não sabe se vá? Quem é que nunca quis voltar, mas não sabe se quer?
Quem é que já não quis ir, mas não sabe se vá? Quem é que nunca quis voltar, mas não sabe se quer?
Este “vou não vou” será o de cada um, a sua história!
Depois do lançamento do álbum, disponível desde 1 de novembro em todas as lojas e plataformas digitais, que objetivos gostaria de concretizar a nível musical?
Com este disco gostaria de conseguir voltar a juntar todas as cantoras e fazer-mos pelo menos um ou dois concertos. Até lá todos os meses vão ser lançados videoclips e singles dos temas que integram álbum
Com este disco gostaria de conseguir voltar a juntar todas as cantoras e fazer-mos pelo menos um ou dois concertos. Até lá todos os meses vão ser lançados videoclips e singles dos temas que integram álbum
De que forma é que o público pode acompanhar o Renato e o seu trabalho?
Espero que ouçam as minha canções na rádio, que as possam ver e ouvir em concertos e poderão com certeza escutar estes e outros temas meus nas vozes, nos discos e nos concertos de outros colegas artistas para quem componho. Para além disso há as séries, o cinema e o teatro, áreas para as quais componho regularmente.
Espero que ouçam as minha canções na rádio, que as possam ver e ouvir em concertos e poderão com certeza escutar estes e outros temas meus nas vozes, nos discos e nos concertos de outros colegas artistas para quem componho. Para além disso há as séries, o cinema e o teatro, áreas para as quais componho regularmente.
Fantastic Entrevista - Renato Júnior
por Marta Segão
Outubro de 2019
Nota: Esta entrevista teve o apoio de P&C - Assessoria de Imprensa, que estabeleceu a ponte entre o Fantastic e o convidado Renato Júnior, facultando as imagens e o vídeo.
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