Espaço Aberto #2 | "Errol Flynn 'o Diabo' no cinema!"
Passam hoje (dia 14 de outubro), precisamente 60 anos sobre a morte de um dos actores mais icónicos de Hollywood. Trata-se de Errol Flynn nascido na Tasmânia no dealbar do século XX. Falar de Flynn acaba por ser um exercício duro e triste.
Conta a sua vida que foi sempre um desordeiro nato tendo sido expulso de diversos colégios por onde passou, quase sempre pelas constantes zaragatas em que se envolveu e até por ter mantido relações sexuais com uma empregada de um colégio.
Parte muito jovem para Inglaterra como empregado numa companhia de navegação, mas depressa regressa ao seu país onde adquire uma embarcação na qual zarpa para a Nova–Guiné numa viagem que duraria sete meses e da qual escreveria o seu primeiro livro.
Aos 23 anos participa a primeira vez num filme que nunca chegou a ser comercializado. Todavia terá sido o suficiente para incutir em Flynn o desejo de se tornar actor. Viaja por isso, uma vez mais, para Inglaterra entrando na “Northampton Repertory Company” e onde ganha experiência teatral.
Mais tarde é contratado pela Warner Brothers, obrigando-o, deste modo, a ir para os Estados Unidos tendo breves participações em dois outros filmes.
Entretanto Michael Curtiz, um realizador americano de origem magiar, aposta em Flynn para substituir Robert Donat na longa-metragem “Capitão Blood”.
Neste filme Errol contracena a primeira vez com outra enorme estrela de Hollywood e com qual trabalharia em oitos filmes: Olivia de Havilland.
Com o sucesso cinematográfico “As Aventuras de Robin Hood”, Flynn passou a ser adorado e idolatrado, especialmente pelo eterno feminino. O que o levou sem dificuldade a abraçar uma vida de boémio, tornando-se rapidamente alcoólico.
Por isso a sua carreira como actor daria um enorme trambolhão acabando por fazer filmes menores. No entanto a sua última grande metragem seria “The Roots of Heaven” realizada pelo grande mestre do cinema John Huston.
Casou três vezes dos quais nasceram quatro filhos.
Numa lista dos 50 melhores actores de Hollywood, a actor da Oceania encontra-se classificado em 10º lugar à frente de grandes nomes do cinema como John Wayne, Robert de Niro ou Dustin Hoffman entre muitos outros.
Errol Flynn dramaticamente conhecido como o “O Diabo da Tasmânia” morreria neste mesmo dia de 1959 no Canadá aos 50 anos.
O médico legista acabaria mais tarde por confessar que Flynn apresentava o corpo de um homem de 80 anos, tal fora a sua vida desregrada.
Espaço Aberto
Edição 2 - Errol Flynn 'o Diabo' no cinema!
Uma crónica de José da Xã
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