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COMING UP | Grey's Anatomy


Esta foi uma das maiores aventuras a que me desafiei no mundo das séries. Em um mês e meio assisti a 14 temporadas de Grey’s Anatomy. Mas muitos me perguntam: Porquê? A resposta é simples. Sou um fã super assíduo de How to get away with Murder, uma das séries da Shondaland, produtora da série médica mais longa da história e de outras. Nos intervalos entre temporadas comecei a ver Scandal, a “segunda filha” de Shonda Rhimes para o canal americano ABC, e na expectativa de perceber se todo aquele ambiente dramático e misterioso se mantinha em Grey’s decidi começar a aventura de ver mais de 300 episódios. 

Parti com bastantes preconceitos, devo confessar. A longevidade da série, as críticas ao enrolar dos vários plots e a velha história de que tudo se resumia ao envolvimento sexual entre os vários cirurgiões faziam com que perdesse vontade de sequer começar a assistir. Mas, o primeiro episódio agarra qualquer um, a maneira como as personagens conseguem garantir que ganhemos interesse em saber mais sobre eles faz com que quando dermos por isso já tenhamos passado metade da segunda temporada. Isso deve-se muito ao grupo carismático que se junta. O George está destinado a ser para sempre um dos queridos do público, a Izzie quebra muito bem estereótipos presentes à época e é a primeira a dar a entender que há ali muito por contar. A Christina é brilhante, o humor dela consegue carregar às costas até o episódio mais longo, e o Alex é o bad boy por quem demoramos mais a sentir apresso, mas que tem todo o mérito de virar completamente a opinião do espectador de temporada para temporada. 

A história é uma verdadeira "montanha russa", pelo menos nas primeiras 9 temporadas. Na minha opinião, tudo acontece de uma maneira muito encadeada e até as tão faladas mortes de personagens são meio de nos agarrar. Há algumas gralhas e repetições. Mas há muito mais de bom que de mau, e só a partir da 10 temporada chegamos ao momento em que perdemos o “fogo” de continuar a ver. 



Quando terminei a 14º Temporada, a maioria das pessoas perguntou-me qual foi o meu episódio favorito. Não consigo decidir entre alguns momentos altos da história, mas a queda do avião foi para mim o momento mais alto da série e também aquele em que agradeci mais por ter visto a série em maratona e não da forma natural. 

E já que falamos em maratonar, para mim esta foi uma vantagem. É inegável que a partir da 10ª Temporada o argumento começa a não aguentar o peso da idade e fica com algumas dificuldades em arranjar novas histórias para a vida de personagens como Alex Karev, Miranda Bailey, Richand Weber ou até da própria Meredith a quem já tinha acontecido um pouco de tudo. A introdução de novos personagens nestas temporadas também foi mais oco que nas anteriores em que a profundidade era um ponto alto. Contudo, como ainda tinha bem presente a fase de ouro de Grey’s Anatomy não me afetou tanto assim esta mudança repentina para um ritmo mais lento, visto que ainda continuava com muita vontade de ver onde tudo isto ia parar. 



Por fim, falar que tenho sim uma personagem favorita, a Miranda Bailey que consegue ser o ponto de equilíbrio entre a profissão e a vida pessoal fazendo com que a série não perca parte importante da sua premissa: Ser um drama médico. 

Esta é uma série de empatia, que consegue agarrar quem estiver predisposto a passar longas horas em frente ao ecrã, mas deixo um conselho: Não se foquem na história de Meredith, há personagens tão mais interessantes e histórias que vos vão apaixonar muito mais.