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Segunda Opinião | Verão M



Verão M chegou à RTP com o objetivo de trazer ao público português uma série juvenil para toda a família. Com inspirações na famosa série espanhola Verão Azul", a produção portuguesa não chega a cumprir totalmente aquilo a que se propõe.

A produção resulta de uma parceria entre a RTP e a a TV Galiza om as empresas Skydreams e Santa Rita Filmes, a Câmara de Caminha e o Turismo Porto e Norte.  Com a praia de Moledo, em Caminha, como cenário real para a história Manuel (Graciano Dias), Filipa (Maya Booth) e companhia, Verão M destaca-se pela sua qualidade técnica. 

A realização de João Carvalho e Patrícia Sequeira é um dos grandes pontos-chave desta série. Filmada em 2,35:1, um formato que se aproxima da linguagem cinematográfica, a direção de fotografia e artística da série são também de destacar, fazendo com que Verão M se aproxime de muitas das produções que se fazem no nosso país, conseguiundo uma ligunagem estética superior ao que é habitual em produções do género.

A autoria é de Manuel Mora Marques e Pedro Lopes, com adaptação de Filipa Leal, Patrícia Sequeira e Vasco Monteiro. E é no argumento que Verão M se destaca, e muito, pela negativa. A história acaba por se concentrar na ideia de regresso ao passado, no revisitar de um lugar, sem grandes narrativas entusiasmantes, com diálogos previsíveis e até pouco realistas.

Destaque positivo para a maioria do elenco infantil, na sua maioria caras desconhecidas do grande público. Do elenco adulto fazem ainda parte nomes menos conhecidos dos portugueses, resultando num leque de atores mais ou menos heterogéneos, onde alguns se acabam por destacar. Para além dos dois protagonistas - Maya Booth e Graciano Dias - destaque positivo para Luís Magalhães, Carolina Marinho, Salvador Sobral, Nuno Nascimento, Pedro Almendra e Ana Cristina Oliveira.

Depois do final de Morangos com Açúcar, poucas foram as produções portuguesas pensadas diretamente para uma faixa etária mais nova - embora esta série se aproxime mais de Uma Aventura, Clube das Chaves ou Triângulo Jota, por exemplo.  À partida, poder-se-ia imaginar esta série nas manhãs da estação, mas o horário escolhido parece ser o acertado - a série vai para o ar às 21h de sábado.

No primeiro episódio, pouco mais de 375 mil espectadores seguiram a estreia desta série, um resultado abaixo do que a estação tem conseguido nas estreias de séries no mesmo horário. Ainda assim,  é de louvar o esforço heróico que a RTP faz em produzir uma série deste género, gravado na sua totalidade em exteriores, fora do centro do país, sendo ainda dedicada a um público juvenil.

Segunda Opinião - 124ª Edição
Uma rubrica em parceria com o
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