Saídos da Rádio | Amor Terror
Quem são os Amor Terror?
Amor Terror são compostos pela Raquel, Daniel, Bruno, Ricardo e Luís.
Como é que chegaram a este nome para a banda? Há alguma história por trás desta escolha?
Chegámos com muita pressa. Precisávamos de um nome e um amigo nosso teve a ideia. Com o passar do tempo temos percebido que não foi a nossa melhor decisão.
Na vossa opinião, o Amor pode ser aterrorizador?
Claro que sim. Cada vez mais e sem querer reforçar as tão actuais distopias; O medo é o inimigo. É incapacitante. Não existe nada mais triste que pessoa com medo de Amar.
Curiosamente, todos os membros da banda são do Cartaxo, ou têm alguma ligação a esta cidade. Foi também no Cartaxo que se conheceram, tiveram os primeiros ensaios e o primeiro concerto. Sentem que esta cidade foi o vosso “berço”, e será sempre o porto seguro onde querem voltar?
Essa ligação existe. Temos muitos e bons amigos na cidade e foi lá que tudo começou. Gostamos sempre muito de lá tocar.
Os Amor Terror surgiram em 2011, e desde então sofreram algumas mudanças na sua composição original. Essa saída de alguns membros mais antigos, e entrada de novos membros alterou, de alguma forma, a vossa forma de fazer música, ou mantiveram a mesma linha?
Alterou tudo. É completamente diferente. Só falta trocar de nome.
Como classificam o vosso estilo musical?
Não classificamos. Foi assim que nasceu o #Fofidão. Somos Fofidão. Vamos arranjar um termo para pararmos de levar com a conversa dos estilos. É uma parolice.
O vosso álbum de estreia “Lista Negra” foi misturado e masterizado na Suécia. Como é que surgiu esta oportunidade, e porquê a Suécia?
Na altura o Daniel não estava tão seguro a misturar e alguém sugeriu o Ulf Blomberg. Foi só falar com ele e tudo se resolveu. Os Suecos, nisto da musica, sabem o que fazem.
Em 2015 surge o EP “A Culpa É Tua”. Quais as principais diferenças entre estes dois trabalhos?
O EP foi um passo mais pensado. Mais cuidado. Com outro produtor e com algum propósito.
No final de 2016, apresentaram o single “Solta”, e este ano, o tema “Não Foi Por Falta de Amor”. Neste momento, estão a trabalhar num próximo trabalho?
Ainda não. Estamos em plena crise de identidade.
O videoclip do tema “Solta” foi produzido e realizado pela banda. Como foi essa experiência?
Nós adoramos fazer coisas juntos. Foi muito divertido. Ficamos com vontade de fazer mais.
Porquê cantar em português?
Porque gostamos mais da nossa língua do que qualquer outra.
A música que compõem reflete, de alguma forma, aquelas que consideram as vossas referências musicais?
Não sabemos responder a isso. Presumimos que sim, mas com referências tão diversas de membro para membro, nunca conseguimos encontrar uma linguagem ou estética, que faça ligação directa com as nossas principais referências.
Para além das atuações que têm vindo a fazer ao longo do ano, os Amor Terror participaram, em julho, no Gerês Rock’ Fest. Como correu esta experiência?
Foi muito estranho porque perdemos o Luís à ultima da hora. Houve um problema e ele não conseguiu fazer a viagem. Sendo assim não podemos fazer o concerto como tínhamos imaginado. Ficamos com aquela sensação de que podíamos ter feito muito mais e melhor.
Para além do Gerês Rock’Fest, onde pode o público ver e ouvir os Amor Terror?
Vamos andar por aí. Já no final de Setembro estamos em Lisboa. Voltamos ao norte em Novembro e as coisas vão surgindo. O melhor será mesmo acompanhar-nos nas redes sociais. E já sabem. Se nos querem ver por aí. chamem-nos que nós vamos.
Que projetos gostariam de ver concretizados num futuro próximo?
Somos uma banda supersticiosa. Não falamos sobre o futuro porque dá azar.
Saídos da Rádio - T4 | Edição 2
Setembro de 2017
Entrevista: Marta Segão
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