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Fantastic Entrevista | Joana Saahirah (Parte II)


Nesta edição do Fantastic Entrevista estamos à conversa com Joana Saahirah, uma portuguesa que partiu para o Egipto para seguir o seu sonho. Antes disso, estudou teatro, praticou bailado clássico, mas percebeu que a Dança Oriental era a sua linguagem. Atualmente, é um dos nomes mais bem sucedidos e respeitados do circuito da Dança Oriental.

A esmagadora maioria dos festivais de Dança Oriental comporta a vertente da formação mas também uma vertente ligada à competição, algo que para alguns artistas (não só da área da dança) é considerado profícuo e para outros nem por isso. Qual a tua opinião sobre os concursos e sobre a competição na tua área profissional? Consideras que pode acrescentar algo à dança ou aos seus praticantes?

Por princípio, a competição é contrária à Dança Egípcia. Ou vice-versa. Se a dança é pró-originalidade, individualidade, amor e vulnerabilidade, não pode ser pró-competição que parte, temos de admiti-lo, da COMPARAÇÃO.

-Quem é melhor? Eu ou ela? – Eis a pergunta que está na cabeça de uma bailarina que entre numa competição, a energia que coloca, automaticamente, uma espada e uma armadura sob o corpo de quem dança.
Essa comparação, e a agressividade que é necessária para vencer, colocam as pessoas fora da frequência que a Dança Egípcia propõe: o amor, a liberdade, a originalidade, o princípio da não comparação, aquilo que nos une (a Alma), não o que nos separa.

Tendo feito esta clarificação, é bom acrescentar que a competição pode ter alguns benefícios, se as pessoas os souberem usar:

1.   Pode funcionar como estímulo para o trabalho. Se uma pessoa sabe que vai competir/apresentar-se em público sob o olhar de um júri, no dia tal às tantas horas, vai trabalhar para dar o seu melhor. Isto é positivo.

2.  Quem compete pode pedir feed-back da sua prestação aos júris depois do encerramento da competição. Isto aconteceu-me várias vezes na Rússia, onde as competições são o centro dos eventos: encontrei-me com pessoas que tinham competido pouco depois de a competição ter sido dada como encerrada. As pessoas pedem feed-back, eu mostro-lhes a folha da sua pontuação e justifico aquilo que achar interessante para o seu desenvolvimento. Esses encontros pós-competição são maravilhosos e abrem portas, se as pessoas as quiserem usar.

Há também que referir a questão do marketing: ganhar competições pode ajudar a “vender” um/a bailarino/a em mercados pouco, ou nada, informados. Eu cheguei a julgar uma bailarina, em Moscovo, a quem, justificadamente, dei pontuação baixa e, uma semana mais tarde, vi publicidade dessa bailarina que a apresentava como a Grande Estrela vinda da Rússia. A pessoa a quem tinha julgado há uma semana atrás – pouco preparada, tensa e maquinal, emocionalmente estéril, sem noção do que é interpretar uma música -, estava a ser vendida para o mercado da América Latina como uma grande estrela. Tudo porque ganhou a competição (os júris que estavam comigo não concordaram com o meu julgamento).

Isto é de loucos! Mas é a realidade e há que lidar com ela. Não vale perder o meu tempo, maldizendo as competições e o bluff que vende a banha da cobra. Faço o que me parece interessante e nunca perco a oportunidade de conversar, pessoalmente, com as bailarinas que queiram evoluir. Dentro ou fora das competições.

     Há décadas que és convidada para entrevistas na televisão portuguesa onde falas sobre a origem da Dança Oriental e tentas esbater a ideia orientalista de que esta é uma dança erótica. Contudo, parece que desde o início da tua jornada – pelo menos em Portugal – pouco mudou. O que achas que pode e/ou deve ser feito para mudar esta realidade?

Décadas, ainda não. Lá chegarei, se Deus quiser.
Parecem séculos, na verdade, mas são apenas 16 anos. Comecei a trabalhar, profissionalmente, nesta área em 2001, em Portugal. Mudei-me para o Egipto em 2003. O tempo que passei em Portugal, implementando as bases de um mercado que já não reconheço, foi curto mas intenso. Estava a gravar, como actriz, na televisão e isso tornava a minha cara conhecida do grande público, algo que ajudou a divulgação da Dança Egípcia e do trabalho que já desenvolvia por cá, nessa altura.

Sempre combati a ideia, mais que batida, da Dança Egípcia como uma linguagem erótica cujo objectivo é seduzir o outro. Essa imagem da odalisca que dança para o sultão, e todas as suas variantes, é fascinante e ainda predominante mas não corresponde à verdade. Embora ninguém possa, nem deva, definir em que contexto a dança é usada, a verdade é que o seu propósito inicial pouco, ou nada, tem a ver com uma mulher que revolve as ancas na tentativa de seduzir um homem. Esta dança nasceu de rituais religiosos – religião=religare=voltar a ligar – dedicados à Fertilidade, à Força Vital que cria e destrói, à Grande Mãe, a nossa Terra, que nos sustenta e nutre; à Vida.

Combati o mito que, ao longo do tempo, se foi criando em todas as entrevistas que dei, nos textos que escrevi, no trabalho que desenvolvi nessa altura, em Portugal, depois no Egipto e, mais recentemente, no mundo inteiro.

Não o faço porque tenha alguma coisa contra o erotismo. Pelo contrário. O erotismo é parte integrante, e bela, da existência humana e, consequentemente, da Dança Egípcia. Apenas desconstruo a ideia de que a tónica principal da Dança Egípcia é seduzir o outro. Não é.

Mesmo nos haréns, onde havia centenas, por vezes milhares, de odaliscas e um sultão, a dança desenvolvia-se, essencialmente, entre mulheres. Foi entre mulheres, numa fraternidade que ainda existe no Egipto e já se perdeu há muito, no Ocidente, que a dança cresceu.

Por outro lado, é importante referir que o erotismo existe na Dança Egípcia e não deve ser negado, como não deve ser negada a inteligência, o sentido de humor, a sensibilidade, a fisicalidade aliada à alma e por aí fora.
O erotismo está presente na Dança Egípcia como no Ballet Clássico, no Flamenco, na gastronomia, na pintura, na geometria, na literatura e em cada respiração. Ele é parte da natureza e da forma como nos expressamos. Mas não é o centro desta linguagem. É apenas uma das suas múltiplas dimensões.

O centro é a Alma, os movimentos que nascem da Alma e, consequentemente, tocam a Alma de quem assiste à dança. Esse, sim, é o centro. É claro que, depois, é preciso integrar a Alma. Ela não existe separada do corpo, nem da emoção, nem da mente, nem da sexualidade. A dança egípcia UNE essas dimensões – corpo, mente, coração e alma – e nessa união também se encontra o erotismo, apenas uma partícula de pó num areal repleto de jóias terrenas e etéreas.

Desconstruir esta ideia limitadora, e falsa, é um desafio constante. É também um dos maiores prazeres da minha vida. Adoro desconstruir mitos e parvoíces.

Quanto ao mercado actual português, tenho pouco a dizer porque não estou inserida nele. Embora tenha a minha casa/centro/ninho, por enquanto, cá em Portugal, o mercado existente não me estimula. É demasiado pequeno, mesquinho, fechado sobre si mesmo, dominado pelas tricas e pela inveja; com um nível técnico e humano pouco interessante.

Dá-me a sensação, pelo pouco que me é dado observar, que houve um retrocesso no nível de dança egípcia em Portugal e o meu nome desperta um sabor amargo na boca das pessoas do meio. Eu sou a Outra, a Medusa, a que conseguiu o sonho impossível; a que continua a subir, expandir, concretizar. Isso incomoda muita gente. Infelizmente, a inveja e a mesquinhez são realidades com as quais tenho de lidar. Desvalorizo-as mas sei que existem. Entristece-me mas, como já referi, foco-me sempre no que me interessa, no território onde posso fazer a diferença, nas pessoas que apreciam o meu trabalho e não se escondem por trás dele. Essas, sim, têm a minha atenção e amor.

Apresentarei, nos próximos dias 18,19 e 20 de Agosto, o primeiro Retiro “Magic Womb” (http://www.rotasinternas.com/retiro-magic-womb.html), uma parceria com As Rotas Internas, em Dornes, no coração de Portugal. Isto, sim, interessa-me. Algo de qualidade, feito com amor, no meu país. União entre dança egípcia, desenvolvimento pessoal e criatividade. Algo de que realmente me orgulho.

Quem sinta o chamamento, é muito bem-vindo. Garanto que não se vai arrepender. Será um evento mágico e totalmente fora da caixa, mesmo para mim.

Além disso, estou quase sempre a viajar, em trabalho, e, quando não estou, dedico-me às minhas aulas privadas online, à escrita dos meus livros e, mais recentemente, à minha escola Joana Saahirah´s Online Dance School (http://www.powhow.com/classes/joana-saahirahs-dance-studio).
Quem tenha interesse em aprender comigo, seja em Portugal, nos Estados Unidos ou na China, sabe como encontrar-me.

    Para além de bailarina, és também vlogger. Porque é que começaste a fazer vlogs e qual o teu objectivo com dos mesmos?

Esta pergunta é interessante porque eu descobri o que um “vlogger” significa há muito pouco tempo.

Tenho blogues há imenso tempo. O mais recente é Joana Saahirah Magical World (www.joanasaahirahworld.com). A criação desses blogues sempre nasceu da vontade de comunicar o que ia aprendendo com uma audiência que pudesse estar interessada. Nunca houve uma estratégia por trás disso, como não há em nada do que faço.

É curioso como as pessoas me vêm como uma estrategista, alguém que sabe “vender o seu peixe” e eu não me vejo assim. De todo. Acho até que sou péssima em marketing. Não sou diplomática, não faço fretes nem troco cromos (tu dás-me isto e eu dou-te aquilo); os conteúdos e a linguagem que uso não são, na minha opinião, acessíveis à maioria; não vou ao encontro do que acho que as pessoas querem. Faço o que sinto, simplesmente. E, no entanto, as pessoas surpreendem-se quando afirmo que não faço planos, nem estratégias – sigo a minha intuição, o que me faz sentir viva.
A criação dos vídeos com as Messages from The Womb ( https://joanasaahirahworld.com/messages-from-the-womb/ ) ou, mais recentemente as Notes for Dancers ( https://joanasaahirahworld.com/notes-for-dancers-by-joana-saahirah/ ), surgiram espontaneamente, de coração, a partir de circunstâncias que me inspiraram. Nunca houve um plano por trás desses vídeos.
Nasci com o Mercúrio em Caranguejo (nota para os amantes da astrologia), o que, traduzido em linguagem acessível, significa: tudo o que comunico é filtrado pela água do caranguejo, ou seja, pela emoção, memória, sensibilidade, sonho, ponte entre o passado e o futuro, o rasteiro e o elevado.
Nada do que comunico, seja nos vídeos, nos livros, nos artigos, onde for, vem do meu lado racional. É sempre, incondicionalmente, um produto do que sinto no momento presente.

As Messages from The Womb, por exemplo, nasceram de uma conversa de café com a minha melhor amiga. Comentei que tinha escrito algo sobre o Tarab e o Princípio Feminino e de como esse artigo despoletou, sem eu perceber porquê, uma enorme polémica. Desenvolvi um pouco o tema, falando-lhe do que significa, para mim, o Tarab e o Princípio Feminino. Ela escutou-me e mandou vir mais um café. Depois calou-se. Olhou-me nos olhos e declarou: tens de gravar isto que acabaste de dizer-me.  

-Mas toda a gente sabe isto! – Respondi.

Ela insistiu que não, as pessoas não sabem o que ela acabara de escutar e seria importante que o soubessem.

Cheguei a casa e gravei a primeira Message from The Womb, impulsionada pela conversa com a minha amiga, mensagem que se transformou numa colecção de vídeos agora a serem transformados em livro (é um dos projectos em que estou, actualmente, a trabalhar).

Por isso, aquilo que as pessoas presumem que é estratégia é, na verdade, um impulso emocional, intuitivo, de fazer o que o meu coração me sugere.
Sou assim em tudo. Acredito que possa ser confuso, ou misterioso, para quem está de fora.

Lançaste agora uma escola online, a Joana Saahirah’s Online Dance School. O que é e quais os teus objectivos com este projecto?

A Joana Saahirah´s Online Dance School ( http://www.powhow.com/classes/joana-saahirahs-dance-studio ) é o meu bebé mais recente e não tem parado de crescer, diariamente, desde que abrimos a nossa primeira aula no dia 13 de Maio, um dia mágico e auspicioso.
O objectivo inicial era criar uma plataforma de aulas de grupo que incluíssem o ensino dos vários estilos de dança oriental e folclórica egípcia para que alunos de todo o mundo pudessem estudar, consistentemente, comigo a partir das suas casas.

A questão da brevidade das formações que dou pelo mundo fora, e o facto de que os alunos estão comigo apenas um fim-de-semana, ou uma semana, e depois só me vêm, eventualmente, daí a um ano, tem sido trazida para a minha mesa constantemente.

Já dou aulas privadas online, via skype, há três anos. O meu tempo e energia são limitados, tendo-se tornado impossível continuar a aceitar mais alunos, além de que as aulas privadas são, necessariamente, dispendiosas e nem toda a gente as pode custear.

A escola online, com aulas de grupo ao vivo e gravadas, com preços acessíveis a toda a gente, veio responder aos pedidos de todos os alunos que expressam o desejo de aprender comigo de forma continuada, próxima e acessível. Mesmo quem não pode comparecer às aulas ao vivo, pode sempre usufruir das gravações dessas aulas. É um instrumento de trabalho, para mim, e de aprendizagem, para os alunos, fabuloso.

Senti resistência, inicialmente, porque não sou uma pessoa tecnológica. Não tenho talento para lidar com máquinas, ou tecnologia, e, portanto, uma escola online construída e gerida por mim (como é o caso da Joana Saahirah´s Online Dance School) assustava-me. Até que senti – mais uma vez, o sentir – que a hora tinha chegado.

Saí completamente da minha zona de conforto e construí a escola, de raiz, sozinha. A Teresa Cotrim, querida aluna e amiga, editou o primeiro vídeo de apresentação da escola e ofereceu-me algumas dicas de funcionamento da mesma (a Teresa já era aluna da plataforma). Fora essa ajuda – preciosa -, todo o trabalho, luta e descoberta esteve exclusivamente nas minhas mãos.

Dois meses depois, a escola está ao rubro, com cursos gravados e ao vivo disponíveis para alunos de todos os níveis e países. Mais do que ensinar dança egípcia autêntica, a escola tem como propósito educar as pessoas para a auto-descoberta e empoderamento. Faço questão de incluir uma vertente de Desenvolvimento Pessoal em todas as aulas. Quero que a escola crie uma comunidade de pessoas de mente e coração abertos que se inspiram e fortalecem mutuamente; que seja um espaço de partilha, e não de competição; um templo de resgate da Alma da Dança Egípcia e da Alma de cada um de nós. Estou totalmente apaixonada pela escola como estou, de resto, por tudo o que faço.

És o maior nome da Dança Oriental em Portugal e um dos maiores nomes da Dança Oriental internacional. O que é que ainda te falta conquistar?

Embora tenha uma (vaga) noção de que é assim que as pessoas me vêm, não é essa a minha perspectiva. Eu sou como o relojoeiro: concentrada nos detalhes, naquela peça que ainda não consegui montar.

Sinto imenso orgulho por tudo o que realizei, e conquistei, até aqui. Sei, mais do que ninguém, o valor e dignidade envolvidos nessa conquista. Mas o meu foco está sempre no AGORA, nunca no passado. Ao mesmo tempo, sinto-me uma aprendiz. Sempre, incondicionalmente. Não me vejo como a grande perita mas como a aprendiz apaixonada que partilha o que sabe, aberta ao que ainda não sabe, movida pela curiosidade de criança.

Há três anos, fui fazer um curso de Literatura Inglesa e Escrita Criativa a uma das mais prestigiadas universidades do mundo (Oxford). Fiz questão de não mencionar o meu nome artístico, nem o que fazia. Queria que o meu Verão fosse dedicado ao estudo, à escrita, ao desafio de ser desafiada por mentes brilhantes que acreditam no meu potencial (é assim que funcionam os professores, e alunos, em Oxford). Tínhamos exames de escrita todos os dias – sentia-me a crescer constantemente, dentro do meu anonimato, e nunca me senti tão feliz. Isto para dizer que o reconhecimento exterior é maravilhoso, uma consequência natural e merecidíssima de tudo o que tenho conquistado e continuo a fazer, mas não é o que me move. Nunca foi.

Se o meu motor tivesse sido a fama, teria feito escolhas muito diferentes. Tive oportunidades de fama popular a grande escala, no Egipto e fora dele, e recusei-as porque não faziam parte do que sentia ser o meu caminho; não me dignificavam, nem a mim, nem à dança que conheço, amo e respeito. Repito: só faço o que sinto. Se as pessoas o apreciam, óptimo. Mas faço-o para mim, por mim, pelo meu coração, primeiro que tudo.

Quanto ao que me falta conquistar, eu diria muito. Vai depender do meu “sentir” (mais uma vez, o sentimento).
Estou a terminar o livro Messages from The Womb e focada na solidificação da escola online; recomeço as viagens d trabalho em Setembro e estarei “on the road” até ao final do ano. Depois quero voltar ao meu Monstro Sagrado, um livro de vários volumes em que tenha trabalho, com longas interrupções, nos últimos anos. O Monstro conta a história, de forma ficcionada, da Joana que chega ao Egipto para ficar até à Joana que se encontra no meio da Revolução de 2011, também conhecida como Primavera Árabe. 

É um projecto enorme, em tamanho e desafios, que me exige silêncio, imobilidade e concentração; leva tempo porque se trata de um enorme volume de texto e porque só posso escrever nos intervalos, quase inexistentes, entre viagens e compromissos diários na área da dança.

Quero continuar a viajar pelo mundo, como tenho feito até aqui, dando-me ao luxo de escolher os eventos onde me interessa participar, os colaboradores com quem quero de trabalhar.
Existem outros projectos, pessoais e profissionais, que não partilho publicamente. Acredito no poder da comunicação; também acredito no poder do Silêncio.

Há ideias/sonhos que devemos guardar para nós. Quando estiverem prontos a germinar, ouvir-me-ão falar sobre eles.

Se te pedisse para nomeares um livro, um filme e uma música que aches que toda a gente precise de ler, ver e ouvir, quais seriam? E porque é que os escolherias?

Muito difícil e, necessariamente, injusto porque existem inúmeros livros e filmes que considero essenciais. Presumo que te refiras a filmes e livros relevantes para quem estuda Dança Egípcia. Nesse sentido, e assumindo a injustiça, aqui vão:

Filme: Dunia de Jocelyn Saab. Filme com actores egípcios dirigido por uma realizadora Libanesa. Essencial.

Livro: “The Velveteen Rabbit” da Margery Williams, o meu livro favorito e uma escolha pouco ortodoxa no que concerne a Dança Egípcia. Quem o ler, e souber o que é a Dança Egípcia, compreenderá porque o seleccionei.

Música: Enta Omri de Om Kolthoum, composta por Mohamed Abdel Wahab. Razões óbvias: a maior cantora de todos os tempos, Om Kolthoum, unida ao Pai da Música Egípcia Moderna. Tradição e Visão de futuro aliadas à Alma do Egipto. Não existe melhor.

 Podes referenciar-nos nomes de bailarinos de Dança Oriental da actualidade que representem o espírito desta arte milenar e que consideres que os nossos leitores devam conhecer?

As minhas referências são Shokry Mohamed, Mahmoud Reda, Souhair Zaki, Nagwa Fouad, Azza Sherif, Mona el Said e vários anónimos que, no Egipto como pelo mundo fora, me relembraram, uma e outra vez, o que é a Dança Egípcia. Estas são as referências que recomendo, ainda que nem todas se encontrem acessíveis.
Procurem, sintam, filtrem a informação; vão à fonte. Cada um aprende à sua maneira; cada um deve construir o seu caminho. Único, incomparável, potencialmente mágico. Tal como a Dança Egípcia.

Convidada: Joana Saahirah | Entrevista: Rita Pereira
Julho de 2017

Website Oficial Joana Saahirah: https://joanasaahirahworld.wordpress.com/sobre/


Página de Facebook Joana Saahirah´s Online Dance School: https://www.facebook.com/JoanaSaahirahOnlineDanceSchool/

Canal de Youtube Oficial Joana Saahirah:  https://www.youtube.com/user/joanabellydance/videos